Depoimento Alexandre Nardoni - Parte 4

Ele falou que entrou alguém no prédio. A Jatobá ficou no hall depois do vidro, com os dois filhos, o Pietro veio para perto dele e alguém retirou

Disse que nunca falou de porta arrombada e nem de homem de preto, ele disse que pedia o socorro, pedia a alguém para chamar o socorro, olhou para Jatobá e pediu para ela ligar para a mãe de Isabella ( obs: nessa hora pensei que ele iria dizer que pediu a Jatobá para chamar o resgate, mas não era para o resgate).
Disse que tinha muito tumulto, muita gente entrando e saindo. E fala novamente que queria resgatá-la mas ninguém deixava

Chegou a Samu, levaram para ambulância, entubaram Isabella na presença dele e da Carol Oliveira e do irmão dela Leonardo, mas só uma pessoa poderia acompanhar e foi o irmão da Ana Carolina Oliveira.

Nessa hora ele diz que perdeu tudo na vida e faz voz de choro, diz que não acreditava nisso, porque ela tinha ensinado o irmão a nadar, que tinha lutado muito para ela nascer, contra tudo e todos, disse que a avó materna de Isabella , não queria que ela nascesse.

Juiz pergunta se ele conversou com a mãe de Isabella

Ele diz que não, só quando a médica chegou e deu a roupa para ele, que entregou para ela

Juiz pergunta se lá no London presenciou briga entre Jatobá e Oliveira. Ele disse que não viu , pq estava preocupado em socorrer Isabella.

Juiz pergunta, quanto tempo se passou desde o momento que ele foi até Isabella até o momento em que Pietro se aproximou dele.

Alexandre diz que não lembra.

Juiz pergunta , sem precisar foi muito o pouco tempo? Alexandre responde: foi logo.

Em que momento sua esposa saiu do hall? Ele não entende e depois do juiz insistir ele fala;

Foi quando pedi para ela ligar para Oliveira.

Quando o senhor viu novamente a mãe, pergunta o juiz:

Ele fala que quando foram fazer o reconhecimento

Depois, qual o próximo contato?Pergunta o juiz

Ele responde que não teve.

Juiz pergunta , algum outro lugar, no enterro?

Ele fala que não teve, no velório apenas ficou em cima do caixão, porque estava muito esgotado
da delegacia. Ele lembra que em algum momento sentou e comeu e disseram que ele cochilou.

VOLTANDO AO LONDON.
Depois do IML,voltou para casa, diz que chegou no London estava lá a Dra Renata, na portaria e ele foi logo perguntando:

Se tinha visto alguém, digital de alguém.

Ela falou para ele ir à delegacia e pegou o telefone do pai dele.

Juíz pergunta se ele viu os policiais fazendo a busca.

Ele responde que não sabe diferenciar policiais pela cor da boina, mas tinham alguns que diziam que tinham que fazer a busca e outros não. Que havia uma divergência entre eles.

Disse que a esposa veio de Guarulhos junto com os pais dela, e ele com os pais dele,foram para delegacia durante a madrugada.

Disse que chegou lá, “jogaram” cada um em uma sala.

O juiz pergunta: como jogaram?

Ele diz que com excesso de força.

Juiz pergunta: algemaram o senhor? Ele diz que não, mas diz que o delegado fez um interrogatório, depois levaram para outra sala, onde havia uns 8 delegados e lá xingaram ele, ameaçaram, jogaram papel e garrafa nas costas dele, bateram na mesa e tentaram bater nele.

Que a Dra Renata Pontes mandou algemar e o outro investigador disse que ira moê-lo de pancada.

Juiz pergunta, a que horas voltou a ter contato com o pai.

Ele responde que só no dia seguinte, que quando o pai ouviu a gritaria, tentou ligar para um advogado mas não conhecia nenhum, então o Sr Alexandre Jatobá chamou o Dr Ricardo Martins.

Só no domingo as 5:30 é que o advogado chegou e eles tomaram o depoimento dele oficialmente.

Juiz pergunta se ele leu antes de assinar, ele diz que não lembra se leu.

Juiz pergunta se teve contradições nos depoimentos que ele deu na delegacia.

Ele responde que sim, mas não se recorda

Juiz pergunta se depois que advogado chegou ele leu.

Novamente diz que não se recorda.

Juiz pergunta a que horas ele teve contato com a Jatobá

Ele diz que só na hora em que foram para o IML

Alexandre diz que quem chamou a imprensa foi o Delegado Calixto

Juiz pergunta : O senhor viu?

Ele responde, vi sim inclusive o Delegado falou que tinha que chamar a imprensa para comprar um terno novo.

Deram a ele um pote e mandaram ele coletar urina, perguntaram se iriam tirar sangue , e ele disseram que não tinha seringa, para voltar depois.

Disse que só o liberaram de domingo para segunda.

Juiz pede que ele descreva exatamente como subiu na cama para olhar o buraco da tela .

Ele responde que segurava Pietro no colo, e subiu na cama, ficou de joelho para olhar e ainda com
Pietro no colo colocou o rosto no buraco mas que nem deu para enfiar braços ou cabeça , porque a cabeça dele não cabia, pelo buraco ser muito pequeno.

Juiz pergunta como era o relacionamento dele com Carol Oliveira

Ele diz que era normal, se tratavam bem

Juiz pergunta como era com Jatobá, se tinham brigas.

Ele disse que muito bom, e tinham brigas normais

Juiz pergunta o que ele chama de brigas “normais”

Ele diz que brigas porque foi ao futebol e outras coisas.

Juiz pergunta se tinha xingamentos? Ele disse que não, que não falava palavrões

E sua esposa?

Ele responde. Não, só as vezes.

Juiz pergunta se ele tinha bom relacionamento com os vizinhos.

Ele disse que trabalhava e quase não via vizinhos

Juiz pergunta se houve brigas com alguém, prestador de serviço?

Ele diz que com zelador e um pedreiro

Dr Cembranelli pergunta

Qual o nome da professora de Isabella.
Ele responde que é Fernanda.

Dr Cembranelli, diz :
O senhor foi ouvido 18 dias depois e não lembrava
Alexandre fala que dia 18 de abril, estava o promotor a Dra Renata, o Dr Calixto e quiseram que ele assinasse um acordo de homicídio culposo, e que o Dr Calixto queria saber se ele sabia o que era homicídio doloso e culposo, que eles só queria ajudar mas queriam que ele assinasse um acordo

Cembranelli diz, eu só perguntei o nome da professora e o senhor relata uma outra situação.

O Dr Cembraneli pergunta:

Ah, eu estava presente nessa “negociação” também?

Alexandre diz que sim.


O Dr Cembraneli pergunta se os advogados dele também estavam presentes.
Ele diz que sim
Cembranelli pergunta:
Ah então, o Dr Levorim e o Dr Neres e O Dr Ricardo Martins estavam, participando dessa “negociação”?
Ele diz sim.