Depoimento da Dra Renata 2 parte arguida pela defesa
Podval pergunta se a Dra Renata sabe dizer quantos policiais estiveram no apartamento antes da perícia chegar.
Ela diz que quando chegou tinha um policial militar lá embaixo que subiu com ela e outro na porta do apartamento
Podval diz que segundo informações foram de 6 a 8 policiais
Ela diz que sabe que esteve lá a polícia militar, procurando se havia alguém estranho dentro do apartamento
Ele pergunta como é feita a preservação do local e ela diz que segue a portaria 22 de 2006 de local de crime , determinações da Delegacia Geral de Polícia
Ele pergunta se ela viu Isabella despida e quantos ferimentos ela tinha
Dra Renata diz que dois ferimentos, um na testa e uma escoriação na perna.
Quais exames foram pedidos quando Alexandre e Jatobá chegaram a Delegacia, pergunta o Podval.
Ela responde, Corpo delito, Toxicológico de sangue e urina e DNA
Ele pergunta como a vítima tem que fazer exame toxicológico?
O juíz intervém dizendo que a vítima estava falecida
Ele reformula a pergunta e ela responde que é de praxe pedir exame toxicológico para que depois não digam que estavam alcoolizados
Ele pergunta se ela já desconfiava deles
Ela responde que todas as pessoas ligadas diretamente a vítima precisam fazer exame e citou alguns casos dando exemplo até de mulheres feridas acompanhada do marido, o marido tem que fazer.
Perguntou sobre os depoimentos de Alexandre, quem estava na sala na hora em que foi ouvido
Ela responde que ela e o Alexandre, e que foi ouvido informalmente contando o que havia ocorrido, nesse momento Alexandre ri no plenário.
Podval pergunta se o pai sempre acompanhava o acusado, e Dra Renata diz que sempre.
Pergunta com quem Jatobá foi ao apartamento
Ela responde que foi lá para relatar o ocorrido porque estava havendo discrepâncias no depoimento e tinham algumas dúvidas do acontecido.
Ele pergunta quais os investigadores
Ela responde Walmir, Jair, Theo e Jairo
Podval pergunta se quando ela foi ao apartamento, retiraram o telefone dela e impediram que ela ligasse para família.
Dra Renata nega que isso tivesse ocorrido.
Pergunta quem estava no apartamento na hora em que ela chegou lá
Ela responde” Dr. Calixto, Jatobá, João Rosa e outro investigador.
Como ela foi transportada? Ela responde que numa viatura.
Se quando ela esteve com o legista ao meio-dia ele já sabia que Isabella havia sido asfixiada. Ela disse que já havia sido feito a necropsia.
Ele pergunta quando liberaram o apartamento para a família? Ela falou quando finalizou a perícia no domingo de manhã.
Ele perguntou se houve ligação do Sr. Nardoni informando e pedindo informação para irem ao apartamento pegar roupas para o casal.
Ela responde que no dia do enterro ele foi acompanhado com dois investigadores para buscar roupas.
Quando a sra. requisitou as chaves?
Ela responde que todas as vezes que precisava pedia as chaves. O Dr. Rogério Martins foi à Delegacia, e entregou as chaves para facilitar, evitando ir toda hora à delegacia.
A Sra. Chegou à conclusão que o ferimento foi feito pela chave?
Ela responde que não tem como tirar uma conclusão de que objeto foi. Diz que a chave foi apenas um exemplo como poderia ter sido causado por um anel.
Então ele pergunta se tivesse colocado o bluestar e tivesse sangue se não reagiria.
Ela disse que até poderia reagir, mas isso seria inútil , por que a chave estava dentro do apartamento , onde tinha o sangue de Isabella, poderia encostar, seria inconsistente e inútil esse exame até pq não tem como afirmar que a chave foi o objeto da lesão.
É apenas um exemplo de um objeto contundente.
Ele insiste e o juíz é obrigado a intervir novamente
Dizendo que ela já respondeu.
Perguntou tb se fez exame em quina de mesa ?
Ela diz que não, pois o ferimento não era compativel com quina de mesa
Perguntou se alguém fez café no apartamento do casal.
Ela diz que não, mas que houve uma vizinha que ofereceu café num dia que passaram longas horas trabalhando.
Ele pergunta se usaram a cozinha do apartamento
Ela responde que não.
Ele pergunta se o café foi tomado dentro do apartamento .
Ela diz que sim já que estavam trabalhando na investigação lá dentro
Ele pergunta se sentaram, ficaram de pé.
Ela diz que pode ser que alguém tenha sentado.
Perguntou se ligaram a TV
Ela responde que não
Perguntou se tinha ovos comidos, ela falou que viu os ovos no armário de Isabella quando o Promotor procurava o laptop para ver se haviam roubado , mas não sabe.
Ele pergunta se ela comeu
Ela responde que jamais faria isso, não tem esse hábito de pegar ou usar coisas de terceiros seja local do crime ou não.
Ele pergunta se foram tiradas digitais
Ela diz que sim, atravéz de Luz Forense.
Sobre a tesoura, ele pergunta em que momento ela visualizou e onde estava
Ela diz que quando entrou na cozinha , em cima da mesa
Ele pergunta se alguém mexeu nela antes.
O juíz interrompe falando que ela já disse que viu a tesoura na hora em que chegou
Ele fez a maior parte das perguntas, questionamentos técnicos, que não fazia parte da competência da Dra Renata o que a obrigava a falar que não sabia pois era de conhecimento da perícia
Ele pediu a ela várias conclusões que são parte da perícia, conclusões exclusivamente periciais.
Inclusive o juíz adverte e diz:
O senhor quer que ela tenha respostas de peritos?
Podval pergunta a ela o que são gotas estáticas?
Segundo ela os peritos explicaram que através do estudo da morfologia da gota , é possível afirmar diante do desenho do pingo se a pessoa estava se debatendo ou estática.
Questionada se havia levado em consideração o depoimento de uma vizinha que afirma ter ouvido o barulho de uma porta batendo?
Ela afirma que o prédio foi todo revistado e que o barulho relatado pela vizinha provavelmente tenha sido da queda do corpo, assim como o porteiro relatou ter escutado como uma batida de carro, cada um buscou um barulho semelhante ao escutado.
Podval insiste e questiona se ela verificou se a porta bateu, ela afirma que foi revistado e que ninguém conhece o barulho da queda de um corpo ( murmúrio no plenário, um misto de concordância com a Dra.Renata e ironia em relação a insistência de Podval ) visto que felizmente não é comum esse tipo de barulho.
Houveram outras perguntas , todas elas baseadas em dados periciais o que não é pertinente a delegada e sim aos peritos que elaboraram o laudo.
Interrogada pela promotoria se foram desenvolvidas várias frentes de investigação , ela relata que sim, que inicialmente descartou o acidente, fizeram levantamento sobre a terceira pessoa, sinais, pegadas , motivos e etc.. nada se confirmando , dessa forma a investigação foi se afunilando.
O promotor questionou se teriam sido ouvidos todos os citados por Alexandre em depoimento , o que ela afirma incluindo porteiro, pedreiro, gesseiro e toda equipe inclusive.
Foram colhidos depoimentos de moradores do edifício London, prédios vizinhos , policiais , familiares .
Indagada sobre a reconstituição do crime, ela informa que os acusados e a defesa foram devidamente intimados , conforme consta nos autos e que os mesmos responderam formalmente ( também incluso aos autos ) que não compareceriam pois os réus não eram obrigados a produzirem provas contra si mesmo.
O promotor ainda questionou sobre o telex enviado pela escrivã requisitando a perícia, a mesma informa que o teor do documento é de solicitação de perícia em local com tentativa de roubo seguido de homicídio, com criança jogada do apartamento, portanto o documento confirma que estavam verificando de acordo com a versão dos acusados.
Ela confirma que os advogados estavam presentes e cientes de toda investigação, inclusive tendo acesso a todas as peças do inquérito. Durante o interrogatório dos réus estavam presentes advogados, Promotor e o delegado Calixto. Nesse interrogatório constavam ofícios de GPS, ligações telefônicas e etc, questionados sobre o teor , como horário de chegada os réus responderam que não se recordavam ou não sabiam responder.
O promotor inquiriu se depois da prisão dos réus as investigações prosseguiram o que foi confirmado por ela.
O promotor solicitou que a mesma levantasse para explicar a todos o que presenciou na cena do crime diante da maquete do apartamento. Ela relata que viu o pingo de sangue logo na entrada do apto , olhou a cozinha, sala aonde havia muitos objetos e papéis sobre a mesa da sala, pingos indo em direção ao corredor , sangue no lençol e tela de proteção, abajur do quarto da Isabella apagado ( contradizendo a versão do casal) , abajur do quarto dos meninos aceso, luzes acesas. Não visualizou sangue ao lado do sofá .
Ela relata sobre a perícia com o uso do bluestar , informando que após a aplicação os peritos puderam concluir que havia sangue no carro e na lateral do canto do sofá da sala, sangue esse que não tinha sido visto a olho nu.
Os primeiros objetos apreendidos pela perícia foram, lençol, tesoura , faca e fralda. Sobre esses objetos, ela atesta que a faca e a tesoura estavam sobre a pia porém em desacordo com as demais louças encontradas sujas, estava separada como se tivesse sido a última coisa a ser utilizada, assim como a fralda que destoava das demais roupas sujas, visto que era a única peça dentre tantas outras que estava num balde.
Sobre os objetos encontrados na cozinha , ressalta que a tesoura foi analisada microscopicamente pela pericia , tendo sido encontrado um fio da tela totalmente compatível com a de proteção que foi cortada.
Acompanhando o promotor até a maquete do edifício ela salienta que ao lado do prédio ficava a corregedoria de policia, o que seria um mini quartel de acordo com o promotor e confirmado por ela, relata nesse instante que os primeiros policiais a chegarem ao local do crime foram desse mini quartel e vieram a pé.
Ela explicou que durante a reconstituição foram feitos testes de medição da distancia do apto ao lado e que o 4 andar seria correspondente ao 6 andar do London em função de desnível de construções. O apartamento da testemunha Luciana ficava no mesmo nível do casal e a mesma relatou que ouviu voz de mulher falando muitos palavrões poucos minutos antes do crime .
Ela atesta que os muros que circundam o prédio são altos e que tudo foi verificado.
Informa que nunca havia tido contato anterior com nenhum dos envolvidos e seus familiares, que após o inquérito nunca mais teve contato com Ana Oliveira, a quem apenas se comunicou durante o inquérito para tratar e pegar informações necessárias sobre a Isabella e o caso.
Questionada pela assistente de acusação ela informa que investigou a vida pregressa do casal , ouvindo depoimentos de ex vizinhos do casal , que atestaram que as brigas eram constantes , normalmente aos finais de semana, sendo a maior deles em janeiro do ano de 2008 , aonde num domingo a noite a mesma quebrou uma janela com os braços, tendo ferido ambos e sendo necessário atendimento no Hospital São Camilo.
Relata também o depoimento do vizinho Paulo Colombo aonde ele afirma ter ouvido que Jatobá em uma briga com Alexandre disse que ele teria ferrado com a vida dela e que ela estava mal casada.
Questionada novamente sobre o abajur do quarto de Isabella, ela afirma que tem certeza absoluta que o mesmo encontrava-se apagado.
Nesse momento Jatobá suspira...
Intervalo no júri e em seguida foi dada a palavra a defesa para argüir a testemunha.
24.3.10
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Esse IPod-vai tá se achando, não é? ele pensa que IPod considerar seus clientes, dois criminosos cruéis, são "vítimas" (Nardoninho foi vítima da Isabella e a Jatogaga foi vítima de um péssimo casamento... pq ela não casou com o Eike Batista, né? - Talvez pq nunca teve cacife pra tanto...) e ser igualmente cruel com a Ana, que não podemos esquecer, é uma garota com menos de 30 anos que perdeu a filha graças a instabilidade emocional, falta de moral e arrogância de dois monstros.
ResponderExcluirQuero que ele queime no fogo do inferno, esse maldito advogado e todos os outros que defendem ferrenhamente bandidos cruéis!!!
postei uma mensagem aqui...
ResponderExcluire ela sumiu...
postei hoje uma cronica minha sobre Isabella em meu blog. Caso queiram, podem publicar aqui.
ResponderExcluirGrande abraço do
Roberto.
Inicialmente cabe salientar que: se a defesa não consegue colocar um terceiro indivíduo na cena do crime, só resta entender que quem cometeu o homicídio está entre as pessoas presentes no apartamento. De sequência, a estratégia da Defesa de pleitear e conseguir a incomunicabilidade de Ana Oliveira resvalou em Renata Pontes. A delegada acabou retida no fórum, a fim de que a Defesa tente justificar sua atitude ao punir a mãe, suprimindo de suas vistas o júri que apura o homicídio da filha. Legal, mas imoral. De outra banda, é cristalino que seria um desastre (para a defesa e réus) fazer uma acareação entre Ana Oliveira e o casal acusado pelo crime, por motivos óbvios de conhecimento público. Agora uma segunda mudança de estratégia faz pensar que a Defesa está confusa em meio à estabilidade das provas técnicas, ao que parece, contundentes e aptas a levar à condenação. Resta aguardar para saber como será o deslinde do feito e a reação que a provas causará nos jurados.
ResponderExcluirOi Meninas! To acompanhando vocês aqui no blog e no twitter tbm! SEMPRE retweetando tudo que vocês vão postando aqui! É muito importante pra nós que moramos longe, que nao podemos estar ai pelo forum, mesmo que pelo lado de fora, pra sabermos noticia do julgamento. E vcs tem sido esse canal de informação mais instantaneo para a população! Valeu mesmo! Força à Ana Oliveira e a D. Rosa! Beijos
ResponderExcluirParabéns pelo empenho em nos manter informadas.
ResponderExcluirCEMBRA NESSES ASSASSINOS COVARDES
Pessoal, sou totalmente a favor da condenação, visto que as provas não mentem. Podval, apesar de ser advogado de defesa, está apenas fazendo o seu trabalho (ainda que mal feito rsrs); se ele não tivesse pegado este caso, outro pegaria, visto que o julgamento teria de ser anulado e o casal libertado, pois a Lei garante um julgamento justo a todos, sejam inocentes ou culpados. Beijos a todos e JUSTIÇA A ISABELLA!
ResponderExcluirSensacional o trabalho de vcs. Parabéns!
ResponderExcluirÉ nó mínimo estranho o casal se recusar a comparecer no apartamento para a reconstituição do crime. Tudo bem que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, mas essa conduta vinda de um pai e madrasta que se dizem inocentes e, portanto, que teriam todo o interesse de desvendar o crime da pequena Isabella é muito suspeita.
ResponderExcluirOs relatos de voces, tem sido tão precisos, que me sinto na cena do julgamento, ou lendo um romance policial. Triste a constataçao que iso ocorreu na realidade e que está sendo julgado neste momento. Mas os detalhes da cobertura de vcs sao os melhores, daria um livro....
ResponderExcluirSou estudante de Direito, estagiei no 1º Tribunal do Júri da minha cidade,João Pessoa, lendo o depoimento, maioria das perguntas feitas pel o advogado Dr Podval, elas são pertinentes a prática de tornar o processo confuso, afim de tentar causar respostas falhas aqueles que ele tem perguntado, no caso a delegada, afim de que, na hora dos debates, ele use como exemplos a citar de discordância no interrogatório, ou falta de informações precisas pelos interrogandos...afim de tornar "a coisa" duvidosa...
ResponderExcluirEm pormenores...esse advogado NÃO tem argumentos para querer e convencer os jurados, que Ana Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni SÃO INOCENTES...
Espero que justiça seja feita...Cadeia neles!
O fato também, de terem se negado a um exame de sangue,(mandando apenas uma amostra de saliva e cabelo), é pelo simples fato de suposta comparações do dna do sangue deles, aos encontrados no apartamento.. (local do crime).
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