19.3.10

Testemunha do casal Nardoni não é localizada e julgamento pode ser adiado

Defesa decidirá sobre pedido no dia 22.
Pedreiro que deu entrevista a jornal sobre invasão a edifício não é achado.

Faltando apenas três dias para o julgamento do casal Nardoni, acusado de matar a menina Isabella em 2008, uma das testemunhas arroladas pela defesa dos réus ainda não foi localizada e o júri corre o risco de ser adiado. Trata-se do pedreiro Gabriel Santos Neto, que teve entrevista publicada no jornal 'Folha de S. Paulo' afirmando que um ladrão arrombou uma obra vizinha ao prédio onde a menina caiu. Essa versão se encaixa com a defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. O casal alega inocência e sustenta que uma terceira pessoa matou Isabella. Mas, em 2009, o trabalhador negou a história à Justiça.

Caso o pedreiro não compareça na próxima segunda-feira (22) ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, o júri poderá ser adiado, segundo especialista ouvido pelo G1. Para isso, aos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá terão de entrar com um recurso alegando cerceamento de defesa e o juiz Maurício Fossen concordar com esse pedido.

Procurado na quarta-feira (17), o advogado Roberto Podval, que defende os Nardoni, confirmou que o pedreiro ainda não foi localizado por um oficial de justiça. Apesar disso, ele não quis adiantar se vai entrar ou não com um novo pedido de adiamento do júri por esse motivo. “Vamos resolver isso só no dia do júri”, disse Podval por telefone.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, nenhum pedido foi encaminhado ao TJ pedindo o adiamento do julgamento por causa da ausência de testemunha até esta quinta-feira (18). O promotor Francisco Cembranelli, responsável por denunciar o casal à Justiça, também não foi localizado para comentar o assunto.


Especialista

Para o advogado Ademar Gomes, presidente da Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo), o advogado do casal Nardoni pode até pedir o adiamento, mas ele dependerá da decisão do juiz.

“Ele tem direito de requerer em recurso de cerceamento de defesa e pedir o adiamento porque não encontraram o pedreiro, mas a Justiça não tem culpa. Caso a testemunha não compareça, o juiz irá chamar o advogado para saber se a defesa quer substituir a testemunha, se quer mantê-la ou indicar onde está testemunha e se quer uma diligência”, disse o presidente da Acrimesp. “O juiz poderá então adiar o júri até achar a testemunha ou começar o júri sem a testemunha. Caberá a ele decidir.”

De acordo com Gomes, se essa testemunha não for achada até a data da sentença do juiz e o casal acabar condenado, o advogado de defesa também poderá entrar com um pedido solicitando a anulação do julgamento. "Ele poderia alegar que uma testemunha importante para o processo não foi localizada mas precisa ser ouvida", disse Gomes.

Além da ausência do pedreiro Gabriel dos Santos Neto, a defesa do casal Nardoni também não deverá contar com o ex-advogado de Alexandre e Jatobá, Rogério Neres. Ele havia sido arrolado como uma das testemunhas da defesa, mas pediu dispensa do júri. O pedido foi aceito por Podval e falta ser acolhido pelo juiz.


http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1535017-5605,00-TESTEMUNHA+DO+CASAL+NARDONI+NAO+E+LOCALIZADA+E+JULGAMENTO+PODE+SER+ADIADO.html

3 comentários:

  1. Todo mundo tirando corpo fora...isso significa q ñ são tdos q se cercam de covardia,mentira e falsidade.Condenação maxima...e esse Pandoval é digno de repugnancia!!!

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  2. Quem quer ser execrado em público. Se os dois já foram condenados há dois anos atrás. A gente tem medo até de morrer. Não é cair fora por sacanagem não, é temendo por nossas vidas e de filhos.
    O casal já está condenado, quem vai se meter mais com a mídia, a polícia? Só se for maluco.

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  3. Vocês nem publicam as mensagens com as indagações que existem em que quer ver tudo bem esclarecido. Imaginem o resto. Não há imparcialidade neste caso. Há só um lado e há odio, muito ódio de todos contra os Nardoni. Não se isentam de ódio e avaliam cada ponto sem deixar se levar por ódios, dos advogados, da polícia e de todos.
    Condenar uma pessoa não devria ser assim tão fácil. O julgamento parecia o de Jesus Cristo há 2010 anos atrás. Agora vejo o que aquele Homem sofreu. Já entrou diante dos romanos condenado e pelos seus, os judeus. Ir contra a multidão. Preferiram lavar as mãos. Foi melhor senão era capaz de matar o romano Pôncio Pilatos.

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