Na palestra, Dra Rosângela Monteiro exibiu fotos exclusivas do laudo apresentado ao Ministério Público e da vítima, exibiu um filme em 3D com simulações do que teria acontecido na noite do crime e disse que desde o início tinha a certeza de que não havia uma terceira pessoa envolvida.
Hoje dia 15, o crime que mobilizou o Brasil em 2008, o assassinato da garota Isabella Nardonni, em São Paulo , foi apresentado em detalhes pela perita criminal Dra Rosangela Monteiro, na Interseg – Feira Internacioanl de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública, que acontece em Florianópolis.
O painel “Caso Isabella Nardoni: A visão dos peritos” foi apresentado na 8ª IACP (Conferência Executiva de Segurança Pública para a América do Sul da Associação Internacional de Chefes de Polícia) para uma plateia de delegados, peritos forenses e demais profissionais envolvidos com Segurança Pública.
Segundo Dra Rosangela, a preservação do local foi o ponto alto da investigação. “Quem disse que o local foi invadido antes da perícia está errado. Para eu ter acesso ao apartamento dos Nardoni, tinha que buscar a chave na delegacia de políca. O local foi totalmente preservado e esse fator foi determinante para concluirmos um laudo consistente”, declara a perita.
A palestrante ainda citou o caso que aconteceu em São Paulo recentemente, quando uma advogada foi seqüestrada e seu carro e corpo encontrados próximo à capital paulista. “Todo mundo colocou a mão no carro. Quando algum perito tiver que verificar o automóvel, haverá sinais de muita gente, o que dificulta a investigação policial”.
Os equipamentos utilizados no Caso Nardoni foram essenciais para a condenação do casal.
Através de slides do primeiro laudo apresentado à polícia de São Paulo, a perita mostrou que além da tecnologia empregada, a perspicácia e preparação dos peritos envolvidos são fundamentais.
“Por que existia uma fralda dentro de um balde com água e sabão, se no apartamento encontramos tantas outras fraldas por lavar? O que tinha naquele elemento de tão importante?”, destacou a especialista.
Depois da análise humana, com a ajuda da tecnologia, viu-se que havia sangue no tecido.
Embora muitos achem que o trabalho do perito é feito apenas baseado em sua percepção, Dra Rosangela destacou que é preciso ter aplicação de metodologia científica e só depois apresentar explicações às autoridades.
“Horas antes do julgamento do casal Nardoni, que aconteceu quase dois anos depois, eu ainda estava respondendo aos quesitos. Respondemos a 130 quesitos sobre o caso”, declarou.
Durante a apresentação dos slides, os presentes puderam acompanhar todos os procedimentos utilizados e a linha de pensamento dos peritos envolvidos. A cada gota de sangue localizada no apartamento, ou vestimentas encontradas, a médica legista sinalizava o que aquilo estava dizendo aos especialistas, como de qual altura caiu, em qual velocidade, entre outras informações.
Aos peritos presentes, Dra Rosangela ainda destacou algumas normas de conduta perante o Ministério Público, inclusive para apresentar o material produzido depois da análise dos fatos. Como por exemplo, jamais utilizar expressões como “veja bem”, “poderia”, “não sei”, “o delegado não pediu” ou “estou nervoso”. E destacou: “não trabalhamos para defesa ou acusação, mas sim para esclarecer o que de fato aconteceu”.
No final da palestra, foi exibido um filme feito pela equipe (o mesmo que foi enviado aos promotores, advogados e juiz do caso), com simulações em 3D, mesclando fotos reais das gotas de sangue e até da vítima com os ferimentos encontrados pelos legistas.
Apesar do filme não contar com o áudio, a audiência manteve-se em total silêncio, atentos a todos os detalhes mostrados e explicados.
Esta foi a primeira vez que a IACP abriu espaço para peritos criminais e foi muito bem recebido pelo público da Interseg. “Acho que esta palestra mostrou um ótimo trabalho feito pela perícia de São Paulo, independente e com total autonomia. E espero que o IGP (Instituto Geral de Perícia) de Santa Catarina possa reproduzir esse trabalho sempre que a sociedade precisar”, declara Rodinei Tenório, perito e médico legista de Santa Catarina.
Na plateia também estava o perito criminal Rômulo Silva, para ele a palestra foi excelente e bem focada em pontos importantes, como a preservação do local do crime.
Hoje dia 15, o crime que mobilizou o Brasil em 2008, o assassinato da garota Isabella Nardonni, em São Paulo , foi apresentado em detalhes pela perita criminal Dra Rosangela Monteiro, na Interseg – Feira Internacioanl de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública, que acontece em Florianópolis.
O painel “Caso Isabella Nardoni: A visão dos peritos” foi apresentado na 8ª IACP (Conferência Executiva de Segurança Pública para a América do Sul da Associação Internacional de Chefes de Polícia) para uma plateia de delegados, peritos forenses e demais profissionais envolvidos com Segurança Pública.
Segundo Dra Rosangela, a preservação do local foi o ponto alto da investigação. “Quem disse que o local foi invadido antes da perícia está errado. Para eu ter acesso ao apartamento dos Nardoni, tinha que buscar a chave na delegacia de políca. O local foi totalmente preservado e esse fator foi determinante para concluirmos um laudo consistente”, declara a perita.
A palestrante ainda citou o caso que aconteceu em São Paulo recentemente, quando uma advogada foi seqüestrada e seu carro e corpo encontrados próximo à capital paulista. “Todo mundo colocou a mão no carro. Quando algum perito tiver que verificar o automóvel, haverá sinais de muita gente, o que dificulta a investigação policial”.
Os equipamentos utilizados no Caso Nardoni foram essenciais para a condenação do casal.
Através de slides do primeiro laudo apresentado à polícia de São Paulo, a perita mostrou que além da tecnologia empregada, a perspicácia e preparação dos peritos envolvidos são fundamentais.
“Por que existia uma fralda dentro de um balde com água e sabão, se no apartamento encontramos tantas outras fraldas por lavar? O que tinha naquele elemento de tão importante?”, destacou a especialista.
Depois da análise humana, com a ajuda da tecnologia, viu-se que havia sangue no tecido.
Embora muitos achem que o trabalho do perito é feito apenas baseado em sua percepção, Dra Rosangela destacou que é preciso ter aplicação de metodologia científica e só depois apresentar explicações às autoridades.
“Horas antes do julgamento do casal Nardoni, que aconteceu quase dois anos depois, eu ainda estava respondendo aos quesitos. Respondemos a 130 quesitos sobre o caso”, declarou.
Durante a apresentação dos slides, os presentes puderam acompanhar todos os procedimentos utilizados e a linha de pensamento dos peritos envolvidos. A cada gota de sangue localizada no apartamento, ou vestimentas encontradas, a médica legista sinalizava o que aquilo estava dizendo aos especialistas, como de qual altura caiu, em qual velocidade, entre outras informações.
Aos peritos presentes, Dra Rosangela ainda destacou algumas normas de conduta perante o Ministério Público, inclusive para apresentar o material produzido depois da análise dos fatos. Como por exemplo, jamais utilizar expressões como “veja bem”, “poderia”, “não sei”, “o delegado não pediu” ou “estou nervoso”. E destacou: “não trabalhamos para defesa ou acusação, mas sim para esclarecer o que de fato aconteceu”.
No final da palestra, foi exibido um filme feito pela equipe (o mesmo que foi enviado aos promotores, advogados e juiz do caso), com simulações em 3D, mesclando fotos reais das gotas de sangue e até da vítima com os ferimentos encontrados pelos legistas.
Apesar do filme não contar com o áudio, a audiência manteve-se em total silêncio, atentos a todos os detalhes mostrados e explicados.
Esta foi a primeira vez que a IACP abriu espaço para peritos criminais e foi muito bem recebido pelo público da Interseg. “Acho que esta palestra mostrou um ótimo trabalho feito pela perícia de São Paulo, independente e com total autonomia. E espero que o IGP (Instituto Geral de Perícia) de Santa Catarina possa reproduzir esse trabalho sempre que a sociedade precisar”, declara Rodinei Tenório, perito e médico legista de Santa Catarina.
Na plateia também estava o perito criminal Rômulo Silva, para ele a palestra foi excelente e bem focada em pontos importantes, como a preservação do local do crime.
Bom dia!
ResponderExcluirSou estudante do 3º semetre de Direito, e gostaria de saber se não há possibilidade de vocês conseguirem parte, (nem que fosse pequena) do material que foi apresentado. E disponibilzar aqui no blog.
O trabalho dos peritos é muito interessante, e muito inteligente.
Parabéns mais uma vez pelo trabalho de vocês.
Adriana
UM abraço a ANA CAROLINA mãe da pequena ISABELLA que DEUS tê dê muita força
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