Rosângela Monteiro é uma das palestrantes do 2º Encontro Nacional de Química Forense, que está sendo realizado no Centro de Convenções de Ribeirão Preto até sábado (11)
Perita do caso Isabella Nardoni, Rosângela Monteiro diz que a preservação da cena do crime foi vital para que o caso fosse desvendado. Ela é uma das palestrantes do 2º Encontro Nacional de Química Forense, que está sendo realizado no Centro de Convenções de Ribeirão Preto até sábado (11). Ela diz que isso possibilitou a análise das manchas de sangue. "Encontramos manchas dentro do veículo com a ajuda de reagentes químicos e de luzes forenses (lanternas especiais)", conta.
Mas ela alerta que um processo como o da Isabella Nardoni, não termina com a entrega do laudo, mas se inicia ali. "É uma tese que o perito vai defender e o estágio final é o julgamento, então é preciso estar preparado", revela. Ela diz que é preciso ter habilidade, espontaneidade, facilidade para se comunicar, pois no julgamento o perito estará falando com o júri e isso é um trabalho de convencimento.
"Comigo, em 30 anos de trabalho, nunca aconteceu das provas técnicas apontarem para um lado e o júri pender para outro lado porque eu tenho um poder de convencimento, mas o júri está livre para apreciar as provas como achar melhor", ressalta.
Ela diz que os jurados não precisam ficar restritos às provas periciais, então pode acontecer do júri apontar para outro lado. Rosângela diz que infelizmente o caso dos Nardoni é só um dos 15 mil casos que o núcleo de São Paulo resolve por ano. "São quase um milhão de peças que examinamos nesse período e o nosso maior problema é a falta de recursos humanos", revela. Ela diz que, no total, para fazer todo esse trabalho, o núcleo paulistano possui 24 peritos. "É um número bem reduzido, precisamos contratar mais gente".
Rosângela revela que é bem comum o pessoal do interior de São Paulo pedir apoio em alguns casos em função do número de ocorrências que são atendidas na Capital. "Nós temos núcleos especializados, então você acaba adquirindo um conhecimento diferenciado enquanto no interior o pessoal trabalha, como nós dizemos no meio, com clínica geral, pois atende todas as ocorrências", explica.
A perita diz que o fato de Ribeirão Preto ter o único curso de Química forense é muito interessante porque divulga o trabalho de perícia. "E nós precisamos de gente trabalhando nessa área", conta.
http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2010/12/09/preservar-a-cena-do-crime-foi-vital-diz-perita-do-caso-isabella.html
Perita do caso Isabella Nardoni, Rosângela Monteiro diz que a preservação da cena do crime foi vital para que o caso fosse desvendado. Ela é uma das palestrantes do 2º Encontro Nacional de Química Forense, que está sendo realizado no Centro de Convenções de Ribeirão Preto até sábado (11). Ela diz que isso possibilitou a análise das manchas de sangue. "Encontramos manchas dentro do veículo com a ajuda de reagentes químicos e de luzes forenses (lanternas especiais)", conta.
Mas ela alerta que um processo como o da Isabella Nardoni, não termina com a entrega do laudo, mas se inicia ali. "É uma tese que o perito vai defender e o estágio final é o julgamento, então é preciso estar preparado", revela. Ela diz que é preciso ter habilidade, espontaneidade, facilidade para se comunicar, pois no julgamento o perito estará falando com o júri e isso é um trabalho de convencimento.
"Comigo, em 30 anos de trabalho, nunca aconteceu das provas técnicas apontarem para um lado e o júri pender para outro lado porque eu tenho um poder de convencimento, mas o júri está livre para apreciar as provas como achar melhor", ressalta.
Ela diz que os jurados não precisam ficar restritos às provas periciais, então pode acontecer do júri apontar para outro lado. Rosângela diz que infelizmente o caso dos Nardoni é só um dos 15 mil casos que o núcleo de São Paulo resolve por ano. "São quase um milhão de peças que examinamos nesse período e o nosso maior problema é a falta de recursos humanos", revela. Ela diz que, no total, para fazer todo esse trabalho, o núcleo paulistano possui 24 peritos. "É um número bem reduzido, precisamos contratar mais gente".
Rosângela revela que é bem comum o pessoal do interior de São Paulo pedir apoio em alguns casos em função do número de ocorrências que são atendidas na Capital. "Nós temos núcleos especializados, então você acaba adquirindo um conhecimento diferenciado enquanto no interior o pessoal trabalha, como nós dizemos no meio, com clínica geral, pois atende todas as ocorrências", explica.
A perita diz que o fato de Ribeirão Preto ter o único curso de Química forense é muito interessante porque divulga o trabalho de perícia. "E nós precisamos de gente trabalhando nessa área", conta.
http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2010/12/09/preservar-a-cena-do-crime-foi-vital-diz-perita-do-caso-isabella.html
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