Esta versão, por si só fantasiosa, já seria facilmente rechaçada pela acusação.
Mas, o que dizer quando os peritos descobriram sangue de Isabella no Ford Ka usado pelo casal na noite do crime?
"O sangue (...) na lateral esquerda da cadeirinha de transporte do bebê, que se encontrava no interior do veículo, tem o perfil genético de Isabella", escreveu a delegada-assistente Renata Helena da Silva Pontes no documento, entregue ao juiz Maurício Fossen e ao Promotor Francisco Cembranelli.
A informação sobre o sangue, que tem base no laudo anexado na página 783 do inquérito, é considerada pela polícia como uma das principais provas contra o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Isso porque, na visão da polícia, a constatação do sangue desmonta a versão apresentada pelo casal, que em seu depoimento afirmou que o pai da menina a levou dormindo nos braços para o apartamento, sem ferimento algum.
O relatório final da Polícia Civil sobre o assassinato de Isabella Nardoni, afirma de modo taxativo que o sangue encontrado no Ford ka da família é mesmo da menina:
Sangue no encosto do banco do motorista:
Sangue na cadeirinha de transporte:
A perita Rosangela Monteiro disse que havia sangue humano na cadeirinha de bebê no carro de Alexandre Nardoni. "Eu sei que é sangue humano e é sangue de Isabella".
Rosângela Monteiro explicou que foi usada uma tabela norte-americana de probabilidades, cujo resultado levou à conclusão que o sangue no carro é de Isabella.
Vejamos agora a foto feita quando as partes do carro sob suspeita foram submetidas ao produto químico que reage quando em contato com sangue:
Os pontos em azul revelam a existência de sangue humano no carro. Este sangue, conforme disse a perita, foi submetido a um método americano onde foi revelado que pertencia à Isabella.
VISTORIA NO CARRO
Nos primeiros momentos após o crime, a policia não lacrou o carro do casal, facilitando, desta forma, a tentativa de limpeza dele.
"De acordo com o policial, entre 20 e 30 homens vistoriaram o prédio e também a redondeza na noite de 29 de março. Segundo ele, seis ou oito homens fizeram a vistoria do apartamento do casal Nardoni. Ele ainda informou que chegou a perguntar ao porteiro se havia visto pessoa estranha no prédio, mas teve a informação de que ninguém tinha entrado. Em depoimento, o policial também negou que tivesse feito uma vistoria nos carros do casal . "
Fonte: http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/06/18/policial_detalha_operacao_da_pm_no_predio_do_pai_de_isabella-546869080.asp .
Este dado é de extrema importância, pois revela que o casal teve acesso ao carro para lavar durante algum tempo.
Quando os fatos são tão terríveis, é melhor mesmo encontrar uma outra possibilidade que justifique tal ato. Penso que nesse sentido, até a própria defesa do casal revela a sua indredulidade frente ao horror do caso, optando por desenvolver a teoria de uma terceria pessoa na cena do crime. Acreditar nisso é melhor do que aceitar a culpa do casal.
ResponderExcluirCostumo ler e pesquisar sobre crimes e ha em outras situações semelhantes, esse mesmo c omportamento por parte dos envolvidos.
Na verdade, ao defender essa teoria da terceira pessoa, o que faz a defesa, de forma subliminar é dizer: " para esse crime tão bábaro, partindo de pessoas " educadas" de classe media alta, somente podemos acrditar numa terceira pessoa! è bárbaro demais."
É isso, sem dúvida! Espero que o corpo de jurados perceba isso, frente ao trabalho de Francisco Cembranelli