Depoimento em juizo dia 17/06/2008
Depois de explicar sobre o método de trabalho no IML, o legista contou que teve um primeiro contato com o corpo da criança por volta das 5h15m de 30 de março. Ele afirmou que foi verificar se o corpo tinha ferimentos com sangramento, à pedido de um investigador de polícia.
Ele disse que o exame propriamente dito só começou às 9h da manhã e que ao meio dia ele e outro legista foram ao local do crime porque perceberam que as lesões de Isabella não eram características da queda, como asfixia e poucos ferimentos externos. Ele disse que a questão foi discutida com outros legistas do Instituto e confirmadas por exames radiológicos.
Alves afirmou que a fratura constatada no punho de Isabella Nardoni é mais comum em movimentos de defesa da criança. O ferimento, segundo ele, não condiz com a queda do sexto andar.
O especialista ainda acrescentou que se a fratura fosse provocada pela queda do 6° andar, a lesão seria mais severa. Segundo ele, foram encontradas ao todo, quatro lesões provocadas por queda em que a criança bateu no solo sentada.
Segundo ele, o laudo sobre a morte da criança foi feito com base na experiência dos legistas, consultas a outros especialistas e na literatura médico legal. Contestando informações dos peritos contratados pela defesa do casal, Alves afirmou que não existem duas mortes, mas causas que contribuem para a morte. Ele ainda informou que foram encontradas secreções de vômito nas narinas internas de Isabella, nas vestes e no exame microscópicos dos pulmões.
Questionado pelo Promotor do caso Dr. Francisco Cembranelli se uma morte poderia ter mais de uma causa. Uma vez que George Sanguinetti defende que "não se morre duas vezes", ao ironizar o fato de o laudo do IML apontar duas causas para a morte (asfixia mecânica e politraumatismo), o médico legista, respondeu que mais de uma causa podem contribuir para a morte.
O legista do Instituto Médico Legal (IML) Paulo Sérgio Alves disse no seu depoimento sobre a morte da menina Isabella Nardoni, que a conclusão dos peritos do órgão sobre o caso foi unânime. A declaração foi uma resposta ao questionamento da defesa do casal acusado pelo crime, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, sobre se era comum haver divergência entre os peritos.
O médico legista Paulo Sérgio Tieppo Alves voltou a afirmar, em seu depoimento ao juiz, que o corpo da menina tinha sinais de asfixia
O legista também afirmou que a perícia descartou a possibilidade de a asfixia na criança ter sido causada pela queda do sexto andar do Edifício London, como afirmou o médico-legista contratado pela defesa do casal George Sanguinetti, após reconstituição do crime, na quinta-feira. Alves disse no depoimento que é possível, ao contrário do que afirmou Sanguinetti, não haver lesões internas e externas em caso de esganadura.
Ao juiz, Alves ainda contestou a hipótese levantada por Sanguinetti de que algumas lesões no corpo de Isabella teriam sido causadas pela equipe de resgate quando tentou reanimar a menina, após a queda. Segundo o legista do IML, a criança já estava morta quando o resgate chegou.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Dr. Paulo Alves, é um profissional renomado, tenho certeza, ele está compromitido com a verdade!!!
ResponderExcluirAdmiro muito o trabalho do Dr. Paulo Alves,e acompanho seu trabalho..
ResponderExcluir