30.3.10
Perguntas e Respostas - parte 3
Anônimo disse...
Partindo da lógica apresentada na dinâmica do crime, me parece estranho não ter sido identificado nenhum vestígio entre o carro e o apartamento, (maior trajeto percorrido com a menina ferida). Somente quando entram no apartamento é que o sangue é identificado.Se Isabella foi ferida com brutalidade no carro, como percorrer o trajeto garagem-apartamento sem emitir choro ou uma gota de sangue sequer?
Partindo da lógica apresentada na dinâmica do crime, me parece estranho não ter sido identificado nenhum vestígio entre o carro e o apartamento, (maior trajeto percorrido com a menina ferida). Somente quando entram no apartamento é que o sangue é identificado.Se Isabella foi ferida com brutalidade no carro, como percorrer o trajeto garagem-apartamento sem emitir choro ou uma gota de sangue sequer?
A dinâmica do crime não pode ser totalmente explicada quando não há confissão, porém, o que se concluiu foi que a fralda encontrada de molho foi usada pra estancar o sangue da testa e que um dos dois tapou a boca de Isa com a mão, de forma a causar várias lesões no interior da bochecha dela.
Renata disse...
Olá pessoal.Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar vocês pelo blog. Eu acompanhei tudo através de vocês.A minha pergunta pode ser absurda, mas vou fazer mesmo assim e gostaria que vocês consultassem pessoas especializadas na área jurídica.É verdade que a lei permite que outra pessoa cumpra a pena no lugar do réu?Ouvi um jornalista aqui da minha cidade dizendo isso e achei um absurdo, por isso tive a idéia de perguntar a vocês.Esse mesmo jornalista disse que a família estava querendo entrar com pedido para que outras pessoas da família se apresentassem para cumprir a pena no lugar dele.Achei um absurdo isso, totalmente descabido, pois assim fica fácil cometer crime né?É só mandar alguém ajudar a cumprir a pena.Era só o que faltava no Brasil.Abraço e parabéns mais uma vez.
Renata, isto é totalmente absurdo. O cumprimento da pena é personalíssimo e intransferível.
Márcia Espíndola disse...
Parabéns pelo trabalho de vocês! Acompanho sempre. Sobre a camiseta que o Alexandre usava na noite do crime, lembro do advogado de defesa ter dito que não havia marcas de sangue nela, e que isso "provava" não ter sido ele o autor. Foi argumentado sobre isso na audiência? Grata pela atenção! Mais uma vez, parabéns pelo trabalho!
Márcia, o que foi dito é que não seria obrigatório que houvesse sangue na roupa de Alexandre. A prova inequívoca que existia na camiseta dele é a marca da tela de proteção que, de acordo com a perita, é uma verdadeira impressão digital.
Marcela disse...
Olá. Primeiramente quero parabenizá-los pela iniciativa de criar este blog e lutarem para que a justiça fosse feita por Isabella. É uma atitude muito nobre da parte de vocês. Eu soube pela imprensa que no momento em que o juiz dava a sentença, o Alexandre e a Anna Carolina manifestaram reações de quase choro. Isso realmente é verdade ou eles permaneceram sem reação até nesse momento? Eu também gostaria de saber se é possível de me ser passado algum contato com a Ana Oliveira, pois quero muito demonstrar á ela diretamente a minha solidariedade e prometo que não usarei este contato para nenhum outro fim que não seja esse. Agradeço a oportunidade deste contato e mais uma vez os parabenizo.
Marcela, eles não esboçaram reação. Sobre o contato com Ana Oliveira, colocamos aqui no blog o email da Vovó Rosa. Ela com certeza pode passar seu recado pra filha dela.
Alex Lima disse...
Eu tenho uma pergunta,sim. Sera que o pai de Alexandre vai ser processado, e se um dia vai pagar legalmente por ter limpado o local do crime?
Alex, talvez se houverem provas de que ele realmente fez isto ele possa ser processado. Não ouvi nenhum comentário neste sentido.
Anônimo disse...
Alguém saberia me dizer o que significa que o intuito da pena é so de ressociabilizar... o que significa isso?
A pena tem algumas finalidades e a ressociabilização é uma delas. Significa que a intenção é preparar o individuo delinquente pra sua reinserção na sociedade, uma vez que é certo que um dia ele sairá da prisão e voltará ao nosso convívio.
Vanessa disse...
Oi! Parabens pelo Blog!!! Vcs foram brilhantes!Gostaria de saber qual foi a reacao do casal e das pessoas que estavam no plenario. Teve alguma reacao? Dava pra ouvir aquela bagunca que estava fora do forum???Conte-nos por favor, e se possivel, com detalhes.
A reaçao da pessoas foi de respeito pelo momento que estavam presenciando, porem, do plenário podia-se ouvir o barulho nas ruas e os fogos sim.
Anônimo disse...
Boa tarde, eu queria tirar uma duvida, eu ouvi dizer que A. N. era mto severo com a Isabela, e que no sabado eles estavam numa festa e ele puxou ela pelo braço porq ela corria e brincava!! Eh vdd isso, que eles estiveram numa festa naquele dia? Ele falou sobre isso no depoimento dele?
Boa tarde, eu queria tirar uma duvida, eu ouvi dizer que A. N. era mto severo com a Isabela, e que no sabado eles estavam numa festa e ele puxou ela pelo braço porq ela corria e brincava!! Eh vdd isso, que eles estiveram numa festa naquele dia? Ele falou sobre isso no depoimento dele?
Esta historia da festa não foi confirmada em nenhum depoimento.
Perguntas e Respostas - parte 2
Carvalho disse...
Qual será o proximo projeto de vcs? Abraços.
Carvalho, ainda não temos ideia. Precisamos retomar nossas vidas antes pra depois conversar sobre um possível novo projeto. Nos envolvemos no caso Isabella de maneira espontânea. Nos conhecemos através da nossa comunidade no orkut, depois da noite do crime e hj nos tornamos amigas de verdade. Tive a honra de conhecer estas pessoas tão especiais e espero que elas possam estar sempre presentes na minha vida.
Qual será o proximo projeto de vcs? Abraços.
Carvalho, ainda não temos ideia. Precisamos retomar nossas vidas antes pra depois conversar sobre um possível novo projeto. Nos envolvemos no caso Isabella de maneira espontânea. Nos conhecemos através da nossa comunidade no orkut, depois da noite do crime e hj nos tornamos amigas de verdade. Tive a honra de conhecer estas pessoas tão especiais e espero que elas possam estar sempre presentes na minha vida.
Rejane disse...
Eu segui vocês no Twitter a semana toda do julgamento e agora sempre leio o blog de vocês. Parabéns pelo excelente trabalho !!! Uma curiosidade alguma de vocês perdeu algum filho tragicamente?Um abraço,Rejane
Rejane, graças a Deus nenhuma de nós passou por uma experiencia tão dramática. O nosso sentimento em relação a Ana Oliveira foi por pura solidariedade mesmo.
Anna Thiciane disse...
o que acharam sobre a reação do casal durante o julgamento? e qual a reação deles quando a Ana Carolina Oliveira estava falando?
Durante o depoimento de Ana, Alexandre se mostrou inerte, assim como durante todo o julgamento. Já Jatobá teve momentos de emoção sim. Ela chorou por diversas vezes, principalmente enquanto Ana Oliveira falava de Isabella.
Anônimo disse...
lembro me que à época do assassinato a irmaã do assassino recebeu um telefonema num bar, na noite do crime e logo em seguida afirmou " meu irmão fez @!!1!!" Isso ficou provado?
Estas testemunhas depuseram quando do inquérito penal. Um funcionário e o dono do bar atestaram que Cristiane realmente disse isto.
Anônimo disse...
Gostaria de saber, se é possível invalidar este julgamento realizado para haver novo julgamento? Li agora pouco que o pai do Alexandre, disse que vai pedir anulação do julgamento, para que o filho possa ser melhor defendido. Isto é possível?Parabéns pelo seu trabalho. Acompanhei o blog e a todo momento, senti como se estivesse no fórum.
O que todos os doutrinadores dizem é que muito dificilmente a defesa conseguiria anular este julgamento. Tudo foi feito com observância de todos os princípios e procedimentos necessários. Esta é, inclusive, a opinião do Prof Luís Flávio Gomes que acompanhou conosco todo o julgamento de dentro do Plenário.
Vc ouviu algum argumento do Promotor sobra a pegada na cama? Estive pensando...Se havia uma terceira pessoa no apto, entao p q so aparece a pegada do Nardoni??
Ouvi o promotor perguntar para o Alexandre se a terceira pessoa teria calçado seu chinelo emprestado uma vez que apenas a marca do chinelo dele estava na cama.
Tatiane Lima disse...
Querida,Tenho uma dúvida muito grande a postei várias vezes, mas até agora não tive retorno. Vocês saberiam informar o porque que a Mãe do Alexandre Nardonni, não convocada para depor por parte da defesa ou acusação? Tendo em vistas boatos que a mesma não era conivente com o filho de tal forma como o pai é?Obrigada...
Sobre a opinião dela a respeito do filho eu não sei e o Dr Cembranelli procurou poupar os envolvidos, arrolando apenas testemunhas que poderiam falar sobre as provas técnicas do processo.
Marianny disse...
Gostaria de saber como foi a reação de Alexandre e Anna Jatobá na hora da leitura da sentença.
Marianny, eles permanecem impassíveis, não esboçaram qqr reação, por mais incrível que pareça.
Qual era o perfil dos jurados?Eram jovens, velhos? Pelo que vocês viram, qual era o nível social deles? E o grau de instruçao?
Os jurados eram bastante novos. Dois dos 3 homens pareciam ter entre 20 e 25 anos no máximo. As mulheres tinham entre 30 e 40 anos e aparentavam bom grau de instrução. Se mantiveram atentos durante todos os dias de julgamento.
ROSEANE disse...
Adorei o blog por aqui consegui acompanhar todo o processo passo a passo...gostaria de saber se o Pietro foi interrogado??parece que no depoimento do Dr, Podval ele relata que o menino não diz nada, lembro que ha 2 anos quando o crime aconteceu estava sendo estudada a hipotese da criança ser ouvida por uma psicologa isso aconteceu??e hj quantos anos o Pietro tem?? ele frequenta escola????
Roseane, Dr Cembranelli se recusou a pedir interrogatório de Pietro, mesmo que feito por psicóloga preparada para isto. Ele e o irmãozinho frequentam a escola sim e tem hj por volta de 5 e 3 aninhos.
Anônimo disse...
Vocês que estavam lá conseguiram entender em qual conclusão a promotoria chegou de onde Isa teria sido asfixiada? No carro, ou no apto?Isso para mim ñ ficou claro.
Pela dinâmica apresentada, Isabella teria sido asfixia dentro do apto. O médico-legista baseou esta afirmativa em detalhes que eles puderam observar quando da necrópsia.
Mais um detahe essencial sobre o caso
"Isabella não foi colocada na cama pelo réu”
Uma dos pontos que foram fundamentais usados pelo promotor Francisco Cembranelli para convencer os jurados de que o casal Nardoni é culpado pela morte de Isabella foi mostrar fotos do quarto da menina no dia seguinte ao crime.
No telão, todos os presentes no salão do júri puderam ver um quarto desarrumado, com bonecas e folhas de caderno espalhadas em cima da cama e a janela aberta.
“Nada foi mexido neste quarto desde sábado (29 de março de 2008). Em meio a essa bagunça, fica claro que nada nele foi preparado pelo acusado para a chegada da filha (como afirmou Alexandre Nardoni)”, explicou a promotoria.
Dessa forma, o promotor tem a intenção de desmentir o depoimento do réu, que afirma ter colocado Isabella na cama, fechado a janela e descido para a garagem para buscar Anna Carolina Jatobá e seus outros dois filhos.
29.3.10
Contato com a familia Oliveira
Conversei com a Vóvó Rosa e ela me autorizou a passar pra vcs um email que ela disponibilizou pra falar conosco.
Ela nunca fez nada parecido com outro blog ou comunidade, portanto peço parcimonia. Tenham bom-senso, ok?
O email é: rosacoliver@hotmail.com (corrigido)
Ela nunca fez nada parecido com outro blog ou comunidade, portanto peço parcimonia. Tenham bom-senso, ok?
O email é: rosacoliver@hotmail.com (corrigido)
Perguntas e Respostas
Mais uma vez quero agradecer o apoio de todos que deixaram comentarios, criticas ou que simplesmente acompanham o blog.
Poder assistir a este julgamento foi uma experiencia única, inesquecivel.
Por termos tido esta chance foi que decidimos entrar naquela roda viva, na tentativa de passar pra quem nao teve a mesma oportunidade tudo o que estava acontecendo lá dentro.
Nao sei se em algum momento a nossa mensagem pareceu equivocada. Alguns comentários criticam a nossa "parcialidade". Bem, nunca nos propusemos a ser imparciais. Desde quando montamos o blog, sempre tivemos certeza da culpa do casal.
Quando decidimos transcrever depoimentos, aí sim, o fizemos de forma isenta, apenas transcrevendo o que estava sendo dito.
Agora, achamos que pode ser interessante fazer uma serie de perguntas que nao tenham ficado esclarecidas pra vcs com nossas respostas.
Por isto, peço pra quem tiver qq duvida que deixe a pergunta de forma objetiva como comentario.
Vamos tentar responder tudo o que tiver ao nosso alcance.
Beijos e boa semana a todos.
Poder assistir a este julgamento foi uma experiencia única, inesquecivel.
Por termos tido esta chance foi que decidimos entrar naquela roda viva, na tentativa de passar pra quem nao teve a mesma oportunidade tudo o que estava acontecendo lá dentro.
Nao sei se em algum momento a nossa mensagem pareceu equivocada. Alguns comentários criticam a nossa "parcialidade". Bem, nunca nos propusemos a ser imparciais. Desde quando montamos o blog, sempre tivemos certeza da culpa do casal.
Quando decidimos transcrever depoimentos, aí sim, o fizemos de forma isenta, apenas transcrevendo o que estava sendo dito.
Agora, achamos que pode ser interessante fazer uma serie de perguntas que nao tenham ficado esclarecidas pra vcs com nossas respostas.
Por isto, peço pra quem tiver qq duvida que deixe a pergunta de forma objetiva como comentario.
Vamos tentar responder tudo o que tiver ao nosso alcance.
Beijos e boa semana a todos.
aline disse...
Qual foi o momento mais chocante do julgamento? Foram as fotos? Muita gente falou delas, que a D. Rosa até saiu da sala...que fotos exatamente foram exibidas da Isa? Nós conhecemos a da nuca com as marcas e da testa com o ferimento somente.
Durante o depoimento do médico legista eu estava presente e foi realmente mto chocante. Mostraram várias fotos de Isabella no IML, da boquinha dela pra detalhar como foi que o odonto-legista atuou, de algumas lesões, foi um momento mto triste sim.
Anônimo disse...
Boa tarde, gostaria muito de saber oque disse o sr. promotor na réplica ao Dr.Podval?
Vou tentar postar a réplica ainda hj.
Anônimo disse...
Primeiro gostaria de dizer que este caso me emocionou muito e fiquei satisfeita com a condenação dos réus. Tenho algumas curiosidades em relação ao processo de investigação:
1. Foi possível constatar quanto tempo havia marcas de sangue no apartamento, isto é, foi possível comprovar que as marcas de sangue encontradas eram recentes, eram daquela noite?
Quanto tempo havias as marcas não teria como comprovar, mas se identificou sangue de Isabella em vários pontos do apto. Alem disto, o casal havia se mudado praquele apto há menos de 3 meses.
2. O objeto utilizado para cortar a rede (não lembro se foi tesoura ou faca) foi encontrado na gaveta da cozinha ou próximo à janela?
Foi encontrado na cozinha, em cima da pia.
3. Caso o réu tenha passado pelo buraco, com os braços posicionados da mesma forma que a utilizada para o defenestramento da vítima, porém, sem estar com a vítima, e tivesse feito pressão com o próprio peso do corpo para visualizar o chão, as marcas encontradas na camisa seriam diferentes?
Sim, os peritos afirmam que aquela marca é como uma impressão digital. Só ficaria daquele jeito se ele tivesse com os dois braços pra fora e segurando um peso de mais de 20 kg.
Detalhe: em seu depoimento Alexandre disse que nem chegou a encostar na tela, pois qdo se aproximou pra ver se Isabella tinha caído, estava com Pietro no colo.
4. Gostaria de saber exatamente como a linha do tempo apresentada foi crucial para a condenação, pois da forma que eu li em alguns sites elas indicam que o carro chegou às 23:36, a vítima caiu às 23:49:00 e a ligação da ré para o pai ou sogro foi às 23:50:32. Como essa linha indica que eles estavam no apartamento no momento da queda?
Com apenas um minuto e meio pra fazer tudo o que eles descreveram em seus depoimentos o casal se incrimina, por eles pontuam uma série de ações executadas por eles antes que percebessem que Isabella tinha caído. Aqui no blog temos todas estas informações mais detalhadas, no tópico Provas.
Lilian Viveros Hawkinson disse...
da para saber qual foi a contagem de votos condenando o casal? Em algum lugar li q os 7 jurados votaram condenando o casal. Isso eh verdade? Tb li trechos da defesa e me irrita essa comparacao com o que acontece nos EUA. Moro nos EUA. So pelo fato de Alexandre ter deixado uma crianca com menos de 5 anos sozinha num apartamento ja seria considerado aqui abandono de incapaz. Nao se pode deixar nenhuma crianca sozinha em casa (dormindo ou nao) nem no carro nem que seja por 2 minutos. Quanto mais 10 minutos! Se ele alega inocencia, seria o caso de dizer: Viu so no que deu deixar a crianca sozinha por 10 minutos?
Desculpa a franqueza, mas eh ridiculo alguem acreditar na inocencia deste casal. Gracas a Deus a justica foi feita. Ao menos, foram condenados.
Não é permitido divulgar os números da votação dos jurados por causa do sigilo das votações, mas eles podem declarar seus votos se quiserem e o que se comentava no fórum naquele dia é que o casal foi condenado por unanimidade
Regiane disse...
Olá tudo bem ?
Gostaria de saber o que aconteceu com a família da Anna Jatobá. Porque não ouvimos em momento algum qualquer referências a eles. Nem no julgamento, nem nas matérias de sites, jornais e programas.
Eles 'abandonaram' a filha ?
Obrigada, Regiane.
O pai dela esteve no julgamento sim, principalmente nos últimos dias. Já a mãe sempre evitou exposição pq é ela quem tem a guarda dos filhos do casal. Ela evita exposição pra preservar as crianças.
Anônimo disse...
Foi identificado realmente sangue no tênis da Jatobá? Se sim, foi identificado que pertencia a Isabella?
Sim, foi identificado sangue. Tem a foto no tópico Provas aqui do Blog, mas não se pode concluir que pertencia a Isa.
Fran disse...
O que vocês acham da pena ?
10 +/- anos ... é o que vão cumprir na real , certo !!! JUSTO ... eles saem se mudam do PAIS e pronto FIM DA HISTORIA ...
JUSTO?
Se formos pensar na pena como uma compensação pela morte de uma criança claro que não seria justo. Mas a pena não pode ser vista mais com este carater. O intuito da pena é ressociabilizar. Vale lembrar tb que a Suzane não conseguiu sair mesmo depois de ter cumprido o mínimo necessário da pena dela. Quer dizer, parece que os juízes estão deixando de aplicar a progressão de regime de forma automática. Portanto, nada garante que o casal sairá em 11 ou 9 anos. Pode ser que não.
28.3.10
Debate Podval - parte 2
Chamam dois meninos que não estavam preparados pra isto. O interrogatorio deles foi marcado para o dia do aniversário de Isabella. Pergunta-se se o caso era diferente pra ela e ela diz que não, mas marcou o interrogatório no dia do aniversario de Isabella.
E esse caso é normal? Em cima da mesa dela tinha uma foto da filha dele.
Cembranelli interrompe e dia que o dia do aniversário de Isabella não tem nada a ver, não foi marcado por isto.
Jamais imaginaria que o Dr Cembranelli faria uma coisa destas, mas a autoridade policial…
Aí chega a culta, a doutora, a única no Brasil com conhecimento pra fazer uso dos reagentes. Chegou aqui e disse que eles não sabem mexer. Sabe o que eu fiz? Eu, igual bobo, fui lá ver como funcionava o reagente. Furei o dedo, e fui ver, com nabo, banana. Qual é a especialidade dela? È isto. O brilho . “Sou capaz de olhar o brilho e ver que é sangue, ”. Mas o produto não diz que é sangue humano.
Chamam ela pra ver se fecha o caso. O caso é estranho. Precisamos fechar. Ela vem e diz que passando o produto consegue ver 3 gotas na entrada, mais no lençol, na grade. Eles foram honestos. Onde não viam? Onde não dava pra ver.
Lembram quantas pessoas entraram? Consta de 6 a 8. Tinham que subir na cama
Cembranelli: em nenhum momento ele disse que subiu na cama
Policia não ia mexer? Não pra alterar a cena do crime, mas pra olhar, não sei, mas algo aconteceu. Vamos dizer o que está nos autos. O fato é que de 6 a 8 entraram.
Perita diz que chegou nas manchas. Foi trabalhar em cima disto. Me mostra qual a dinamica pra esta loucura? (mostra a maquete)
Aí pergunto: não teria uma mancha no quarto de Isabella? Mas aqui não tem! (mostra maquete). Pq a sra não colocou aqui? A sra, a melhor do Brasil. Pq não dava pa por sem estragar nada? To aqui parado, olhando pra maquete. Embaixo do acrilico vi que colocaram uma indicação e aqui não. Ah, é só uma manchinha!
Qual conclusao a sra chegou pelas manchas? (descreve atos mostrados na simulação)
O quarto das crianças é encostado na janela, estranho. Olhem a dinamica. Lembro da manchinha, aqui não colocaram.
Esqueceram tambem de colocar sangue nesta dinamica. Pq esqueceram? Pedi pra explicarem a dinamica com aquela manchinha. Ela diz que como não consegue encaixar a mancha na dinamica, tirou a mancha.
Entao, esta dinamica não pode estar certa. (mostra foto aos jurados). Posso dizer que se compara a uma investigação dos EUA onde 2 pessoas podem ficar presas pela vida inteira?
Eu não tenho laudo, não tenho como explicar, entao vou trabalhar com a pericia deles. O que me parece é que mudaram cenario pra encaixar.
Ela diz, Dr, no corredor, a ultima mancha é aqui, entao esta mancha não significa nada pra mim.
Tudo começou no carro, na cadeirinha. Como em todo caminho não tem uma gota de sangue? Pq vale pra um e não vale pra outro? Explica isso. E ela não me deu explicação. A delegada diz que o perfil biologico de Isabella tava na cadeirinha, na pagina 1020.
Isso quer dizer que o sangue é dela? Aí ela mostrou aquela tabela e explicou que nos EUA, de acordo com a dinamica, pode ser de Isabella. Perfil genetico de quem? E ela diz que é de um da familia.
Mtas vezes laboratorio diz que não é sangue, mas ela diz que passou o Bluestar e ela concluiu que sim. E diz que usou Hexagon pq aponta que é sangue humano, mas não tem este produto aqui no Brasil. Verificamos e o estado nunca comprou. Agora ela aparece dizendo que usou este produto.
Cembranelli: ela falou sim que o haxegon foi usado. Falou na presença dos 3 advogados da defesa.
Eu tenho a cadeirinha que pode ter algum material da familia.
Uma chave que sumiu.
Cembranelli: o laudo não fala em chave, foi apenas um exemplo.
Aí a chave não é periciada. Havia uma possibilidade e tava na mao da delegada e pq não fez o exame? Aí a gente pergunta pra perita, pra entendida e ela diz que até 10 anos depois pode se fazer o exame. Fez?
Isto poderia exclui-los assim como a unha. Mas não foi. Aí Anna diz que perdeu a chave. Falou com porteiro, zelador? (Lê trecho de depo de uma decoradora que confirmou a perda da chave)
Cembranelli: nos 2 primeiros depos da Anna Jatoba, em nenhum momento ela diz isto. Bem depois aparece e aí vem esta decoradora e diz isto. Agora como se critica a delegada por não investigar algo que não tinha conhecimento?
É possivel que ela não tenha falado? Sim, claro. Ontem ela falou por 6h. Se vc perguntar hj se ela deixou de falar alguma coisa que queria, ela vai dizer que sim.
Pq os autores já estavam apontados no primeiro dia?
Quando entrei no processo disse que queria ver tudo o que tinha. Fui até o IC. Vejo alguem anotando lacres. Abre saco, quebra lacre, fotografa. Qdo peguei os numeros e fui fazer uma retrospectiva tinha que ter uma sequencia, mas estava tudo uma bagunça.
No saco onde tava a rede foi encontrado um fio de cabelo que não é de ninguem pq não se fez o DNA. Imagina se fosse de alguem que não estava na casa. Mas não foi feito.
Não fez na unha, sangue, cabelo. Agora sou maluco. Pq? Pq critiquei a genia que é a uncia do Brasil que sabe olhar a luminosidade. Não sei se nos EUA poderiamos ter as conclusoes que tivemos neste caso. Se refizermos a dinamica, a deles não bate. O que temos na realidade? Só estou falando de fatos.
1º tem chegada. Sabemos que horas o carro chegou. Ele disse que tinha GPS.
2º Hora da queda. Como se chegou lá? Ah, o sr Lucio. Quantos minutos? 12:58”
3º Anna diz que enquanto esperava Alexandre com as crianças no estacionamento entra um carro.
Policia chama morador pra depor. (lê depo de morador). Ele descreveu o que ela fala exatamente. Presumo que ela deveria estar ainda no carro. Aì esta a prova que ela estava na garagem.
Cembranelli: Ah, agora o tempo vai né? Agora o Dr quer bater o tempo, mas mesmo assim não bate.
E esse caso é normal? Em cima da mesa dela tinha uma foto da filha dele.
Cembranelli interrompe e dia que o dia do aniversário de Isabella não tem nada a ver, não foi marcado por isto.
Jamais imaginaria que o Dr Cembranelli faria uma coisa destas, mas a autoridade policial…
Aí chega a culta, a doutora, a única no Brasil com conhecimento pra fazer uso dos reagentes. Chegou aqui e disse que eles não sabem mexer. Sabe o que eu fiz? Eu, igual bobo, fui lá ver como funcionava o reagente. Furei o dedo, e fui ver, com nabo, banana. Qual é a especialidade dela? È isto. O brilho . “Sou capaz de olhar o brilho e ver que é sangue, ”. Mas o produto não diz que é sangue humano.
Chamam ela pra ver se fecha o caso. O caso é estranho. Precisamos fechar. Ela vem e diz que passando o produto consegue ver 3 gotas na entrada, mais no lençol, na grade. Eles foram honestos. Onde não viam? Onde não dava pra ver.
Lembram quantas pessoas entraram? Consta de 6 a 8. Tinham que subir na cama
Cembranelli: em nenhum momento ele disse que subiu na cama
Policia não ia mexer? Não pra alterar a cena do crime, mas pra olhar, não sei, mas algo aconteceu. Vamos dizer o que está nos autos. O fato é que de 6 a 8 entraram.
Perita diz que chegou nas manchas. Foi trabalhar em cima disto. Me mostra qual a dinamica pra esta loucura? (mostra a maquete)
Aí pergunto: não teria uma mancha no quarto de Isabella? Mas aqui não tem! (mostra maquete). Pq a sra não colocou aqui? A sra, a melhor do Brasil. Pq não dava pa por sem estragar nada? To aqui parado, olhando pra maquete. Embaixo do acrilico vi que colocaram uma indicação e aqui não. Ah, é só uma manchinha!
Qual conclusao a sra chegou pelas manchas? (descreve atos mostrados na simulação)
O quarto das crianças é encostado na janela, estranho. Olhem a dinamica. Lembro da manchinha, aqui não colocaram.
Esqueceram tambem de colocar sangue nesta dinamica. Pq esqueceram? Pedi pra explicarem a dinamica com aquela manchinha. Ela diz que como não consegue encaixar a mancha na dinamica, tirou a mancha.
Entao, esta dinamica não pode estar certa. (mostra foto aos jurados). Posso dizer que se compara a uma investigação dos EUA onde 2 pessoas podem ficar presas pela vida inteira?
Eu não tenho laudo, não tenho como explicar, entao vou trabalhar com a pericia deles. O que me parece é que mudaram cenario pra encaixar.
Ela diz, Dr, no corredor, a ultima mancha é aqui, entao esta mancha não significa nada pra mim.
Tudo começou no carro, na cadeirinha. Como em todo caminho não tem uma gota de sangue? Pq vale pra um e não vale pra outro? Explica isso. E ela não me deu explicação. A delegada diz que o perfil biologico de Isabella tava na cadeirinha, na pagina 1020.
Isso quer dizer que o sangue é dela? Aí ela mostrou aquela tabela e explicou que nos EUA, de acordo com a dinamica, pode ser de Isabella. Perfil genetico de quem? E ela diz que é de um da familia.
Mtas vezes laboratorio diz que não é sangue, mas ela diz que passou o Bluestar e ela concluiu que sim. E diz que usou Hexagon pq aponta que é sangue humano, mas não tem este produto aqui no Brasil. Verificamos e o estado nunca comprou. Agora ela aparece dizendo que usou este produto.
Cembranelli: ela falou sim que o haxegon foi usado. Falou na presença dos 3 advogados da defesa.
Eu tenho a cadeirinha que pode ter algum material da familia.
Uma chave que sumiu.
Cembranelli: o laudo não fala em chave, foi apenas um exemplo.
Aí a chave não é periciada. Havia uma possibilidade e tava na mao da delegada e pq não fez o exame? Aí a gente pergunta pra perita, pra entendida e ela diz que até 10 anos depois pode se fazer o exame. Fez?
Isto poderia exclui-los assim como a unha. Mas não foi. Aí Anna diz que perdeu a chave. Falou com porteiro, zelador? (Lê trecho de depo de uma decoradora que confirmou a perda da chave)
Cembranelli: nos 2 primeiros depos da Anna Jatoba, em nenhum momento ela diz isto. Bem depois aparece e aí vem esta decoradora e diz isto. Agora como se critica a delegada por não investigar algo que não tinha conhecimento?
É possivel que ela não tenha falado? Sim, claro. Ontem ela falou por 6h. Se vc perguntar hj se ela deixou de falar alguma coisa que queria, ela vai dizer que sim.
Pq os autores já estavam apontados no primeiro dia?
Quando entrei no processo disse que queria ver tudo o que tinha. Fui até o IC. Vejo alguem anotando lacres. Abre saco, quebra lacre, fotografa. Qdo peguei os numeros e fui fazer uma retrospectiva tinha que ter uma sequencia, mas estava tudo uma bagunça.
No saco onde tava a rede foi encontrado um fio de cabelo que não é de ninguem pq não se fez o DNA. Imagina se fosse de alguem que não estava na casa. Mas não foi feito.
Não fez na unha, sangue, cabelo. Agora sou maluco. Pq? Pq critiquei a genia que é a uncia do Brasil que sabe olhar a luminosidade. Não sei se nos EUA poderiamos ter as conclusoes que tivemos neste caso. Se refizermos a dinamica, a deles não bate. O que temos na realidade? Só estou falando de fatos.
1º tem chegada. Sabemos que horas o carro chegou. Ele disse que tinha GPS.
2º Hora da queda. Como se chegou lá? Ah, o sr Lucio. Quantos minutos? 12:58”
3º Anna diz que enquanto esperava Alexandre com as crianças no estacionamento entra um carro.
Policia chama morador pra depor. (lê depo de morador). Ele descreveu o que ela fala exatamente. Presumo que ela deveria estar ainda no carro. Aì esta a prova que ela estava na garagem.
Cembranelli: Ah, agora o tempo vai né? Agora o Dr quer bater o tempo, mas mesmo assim não bate.
27.3.10
Sentença do casal na integra
SENTENÇA DA CONDENAÇÃO NA ÍNTEGRA
VISTOS
2. Após o regular processamento do feito em Juízo, os réus acabaram sendo pronunciados, nos termos da denúncia, remetendo-se a causa assim a julgamento ao Tribunal do Júri, cuja decisão foi mantida em grau de recurso.
FUNDAMENTAÇÃO.
Assim sendo, frente a todas essas considerações, majoro a pena-base para cada um dos réus em relação ao crime de homicídio praticado por eles, qualificado pelo fato de ter sido cometido para garantir a ocultação de delito anterior (inciso V, do parágrafo segundo do art. 121 do Código Penal) no montante de 1/3 (um terço), o que resulta em 16 (dezesseis) anos de reclusão, para cada um deles.Como se trata de homicídio triplamente qualificado, as outras duas qualificadoras de utilização de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima (incisos III e IV, do parágrafo segundo do art. 121 do Código Penal), são aqui utilizadas como circunstâncias agravantes de pena, uma vez que possuem previsão específica no art. 61, inciso II, alíneas "c" e "d" do Código Penal.Assim, levando-se em consideração a presença destas outras duas qualificadoras, aqui admitidas como circunstâncias agravantes de pena, majoro as reprimendas fixadas durante a primeira fase em mais ¼ (um quarto), o que resulta em 20 (vinte) anos de reclusão para cada um dos réus.
Justifica-se a aplicação do aumento no montante aqui estabelecido de ¼ (um quarto), um pouco acima do patamar mínimo, posto que tanto a qualificadora do meio cruel foi caracterizada na hipótese através de duas ações autônomas (asfixia e sofrimento intenso), como também em relação à qualificadora da utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente na defenestração).Pelo fato do co-réu Alexandre ostentar a qualidade jurídica de genitor da vítima Isabella, majoro a pena aplicada anteriormente a ele em mais 1/6 (um sexto), tal como autorizado pelo art. 61, parágrafo segundo, alínea "e" do Código Penal, o que resulta em 23 (vinte e três) anos e 04 (quatro) meses de reclusão.
Quanto ao crime de fraude processual para o qual os réus também teriam concorrido, verifica-se que a reprimenda nesta primeira fase da fixação deve ser estabelecida um pouco acima do mínimo legal, já que as condições judiciais do art. 59 do Código Penal não lhe são favoráveis, como já discriminado acima, motivo pelo qual majoro em 1/3 (um terço) a pena-base prevista para este delito, o que resulta em 04 (quatro) meses de detenção e 12 (doze) dias-multa, sendo que o valor unitário de cada dia-multa deverá corresponder a 1/5 (um quinto) do valor do salário mínimo, uma vez que os réus demonstraram, durante o transcurso da presente ação penal, possuírem um padrão de vida compatível com o patamar aqui fixado.
6. Ausentes também as condições de ordem objetivas e subjetivas previstas no art. 77 do Código Penal, já que além das penas de reclusão aplicadas aos réus em relação ao crime de homicídio terem sido fixadas em quantidades superiores a 02 anos, as condições judiciais do art. 59 não são favoráveis a nenhum deles, como já especificado acima, o que demonstra que não faz jus também ao benefício da suspensão condicional do cumprimento de nenhuma destas penas privativas de liberdade que ora lhe foram aplicadas em relação a qualquer dos crimes.
8. Face à gravidade do crime de homicídio triplamente qualificado praticado pelos réus e à quantidade das penas privativas de liberdade que ora lhes foram aplicadas, ficam mantidas suas prisões preventivas para garantia da ordem pública, posto que subsistem os motivos determinantes de suas custódias cautelares, tal como previsto nos arts. 311 e 312 do Código de Processo Penal, devendo aguardar detidos o trânsito em julgado da presente decisão.Como este Juízo já havia consignado anteriormente, quando da prolação da sentença de pronúncia - respeitados outros entendimentos em sentido diverso - a manutenção da prisão processual dos acusados, na visão deste julgador, mostra-se realmente necessária para garantia da ordem pública, objetivando acautelar a credibilidade da Justiça em razão da gravidade do crime, da culpabilidade, da intensidade do dolo com que o crime de homicídio foi praticado por eles e a repercussão que o delito causou no meio social, uma vez que a prisão preventiva não tem como único e exclusivo objetivo prevenir a prática de novos crimes por parte dos agentes, como exaustivamente tem sido ressaltado pela doutrina pátria, já que evitar a reiteração criminosa constitui apenas um dos aspectos desta espécie de custódia cautelar.
Portanto, diante da hediondez do crime atribuído aos acusados, pelo fato de envolver membros de uma mesma família de boa condição social, tal situação teria gerado revolta à população não apenas desta Capital, mas de todo o país, que envolveu diversas manifestações coletivas, como fartamente divulgado pela mídia, além de ter exigido também um enorme esquema de segurança e contenção por parte da Polícia Militar do Estado de São Paulo na frente das dependências deste Fórum Regional de Santana durante estes cinco dias de realização do presente julgamento, tamanho o número de populares e profissionais de imprensa que para cá acorreram, daí porque a manutenção de suas custódias cautelares se mostra necessária para a preservação da credibilidade e da respeitabilidade do Poder Judiciário, as quais ficariam extremamente abaladas caso, agora, quando já existe decisão formal condenando os acusados pela prática deste crime, conceder-lhes o benefício de liberdade provisória, uma vez que permaneceram encarcerados durante toda a fase de instrução.
Nessa mesma linha de raciocínio também se apresentou o voto do não menos brilhante Desembargador revisor, Dr. Luís Soares de Mello que, de forma firme e consciente da função social das decisões do Poder Judiciário, assim deixou consignado:"Aquele que está sendo acusado, e com indícios veementes, volte-se a dizer, de tirar de uma criança, com todo um futuro pela frente, aquilo que é o maior 'bem' que o ser humano possui - 'a vida' - não pode e não deve ser tratado igualmente a tantos outros cidadãos de bem e que seguem sua linha de conduta social aceitável e tranqüila.E o Judiciário não pode ficar alheio ou ausente a esta preocupação, dês que a ele, em última instância, é que cabe a palavra e a solução.Ora.Aquele que está sendo acusado, 'em tese', mas por gigantescos indícios, de ser homicida de sua 'própria filha' - como no caso de Alexandre - e 'enteada' - aqui no que diz à Anna Carolina - merece tratamento severo, não fora o próprio exemplo ao mais da sociedade.Que é também função social do Judiciário.É a própria credibilidade da Justiça que se põe à mostra, assim." (sem grifos no original).
Por fim, como este Juízo já havia deixado consignado anteriormente, ainda que se reconheça que os réus possuem endereço fixo no distrito da culpa, posto que, como noticiado, o apartamento onde os fatos ocorreram foi adquirido pelo pai de Alexandre para ali estabelecessem seu domicílio, com ânimo definitivo, além do fato de Alexandre, como provedor da família, possuir profissão definida e emprego fixo, como ainda pelo fato de nenhum deles ostentarem outros antecedentes criminais e terem se apresentado espontaneamente à Autoridade Policial para cumprimento da ordem de prisão temporária que havia sido decretada inicialmente, isto somente não basta para assegurar-lhes o direito à obtenção de sua liberdade durante o restante do transcorrer da presente ação penal, conforme entendimento já pacificado perante a jurisprudência pátria, face aos demais aspectos mencionados acima que exigem a manutenção de suas custódias cautelares, o que, de forma alguma, atenta contra o princípio constitucional da presunção de inocência:"RHC - PROCESSUAL PENAL - PRISÃO PROVISÓRIA - A primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita não impedem, por si só, a prisão provisória" (STJ, 6ª Turma, v.u., ROHC nº 8566-SP, rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, julg. em 30.06.1999).
["HABEAS CORPUS . HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. ASSEGURAR A INSTRUÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA A TESTEMUNHAS. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. ORDEM DENEGADA.
Ademais, a falta de lisura no comportamento adotado pelos réus durante o transcorrer da presente ação penal, demonstrando que fariam tudo para tentar, de forma deliberada, frustrar a futura aplicação da lei penal, posto que após terem fornecido material sanguíneo para perícia no início da apuração policial e inclusive confessado este fato em razões de recurso em sentido estrito, apegaram-se a um mero formalismo, consistente na falta de assinatura do respectivo termo de coleta, para passarem a negar, de forma veemente, inclusive em Plenário durante este julgamento, terem fornecido aquelas amostras de sangue, o que acabou sendo afastado posteriormente, após nova coleta de material genético dos mesmos para comparação com o restante daquele material que ainda estava preservado no Instituto de Criminalística.Por todas essas razões, ficam mantidas as prisões preventivas dos réus que haviam sido decretadas anteriormente por este Juízo, negando-lhes assim o direito de recorrerem em liberdade da presente decisão condenatória.
DECISÃO.
VISTOS
1. ALEXANDRE ALVES NARDONI e ANNA CAROLINA TROTTA PEIXOTO JATOBÁ, qualificados nos autos, foram denunciados pelo Ministério Público porque no dia 29 de março de 2.008, por volta de 23:49 horas, na rua Santa Leocádia, nº 138, apartamento 62, vila Isolina Mazei, nesta Capital, agindo em concurso e com identidade de propósitos, teriam praticado crime de homicídio triplamente qualificado pelo meio cruel (asfixia mecânica e sofrimento intenso), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da ofendida (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente pela janela) e com o objetivo de ocultar crime anteriormente cometido (esganadura e ferimentos praticados anteriormente contra a mesma vítima) contra a menina ISABELLA OLIVEIRA NARDONI.
Aponta a denúncia também que os acusados, após a prática do crime de homicídio referido acima, teriam incorrido também no delito de fraude processual, ao alterarem o local do crime com o objetivo de inovarem artificiosamente o estado do lugar e dos objetos ali existentes, com a finalidade de induzir a erro o juiz e os peritos e, com isso, produzir efeito em processo penal que viria a ser iniciado.
2. Após o regular processamento do feito em Juízo, os réus acabaram sendo pronunciados, nos termos da denúncia, remetendo-se a causa assim a julgamento ao Tribunal do Júri, cuja decisão foi mantida em grau de recurso.
3. Por esta razão, os réus foram então submetidos a julgamento perante este Egrégio 2º Tribunal do Júri da Capital do Fórum Regional de Santana, após cinco dias de trabalhos, acabando este Conselho Popular, de acordo com o termo de votação anexo, reconhecendo que os acusados praticaram, em concurso, um crime de homicídio contra a vítima Isabella Oliveira Nardoni, pessoa menor de 14 anos, triplamente qualificado pelo meio cruel, pela utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e para garantir a ocultação de delito anterior, ficando assim afastada a tese única sustentada pela Defesa dos réus em Plenário de negativa de autoria.Além disso, reconheceu ainda o Conselho de Sentença que os réus também praticaram, naquela mesma ocasião, o crime conexo de fraude processual qualificado.
É a síntese do necessário.
FUNDAMENTAÇÃO.
4. Em razão dessa decisão, passo a decidir sobre a pena a ser imposta a cada um dos acusados em relação a este crime de homicídio pelo qual foram considerados culpados pelo Conselho de Sentença.Uma vez que as condições judiciais do art. 59 do Código Penal não se mostram favoráveis em relação a ambos os acusados, suas penas-base devem ser fixadas um pouco acima do mínimo legal.Isto porque a culpabilidade, a personalidade dos agentes, as circunstâncias e as conseqüências que cercaram a prática do crime, no presente caso concreto, excederam a previsibilidade do tipo legal, exigindo assim a exasperação de suas reprimendas nesta primeira fase de fixação da pena, como forma de reprovação social à altura que o crime e os autores do fato merecem.Com efeito, as circunstâncias específicas que envolveram a prática do crime ora em exame demonstram a presença de uma frieza emocional e uma insensibilidade acentuada por parte dos réus, os quais após terem passado um dia relativamente tranqüilo ao lado da vítima, passeando com ela pela cidade e visitando parentes, teriam, ao final do dia, investido de forma covarde contra a mesma, como se não possuíssem qualquer vínculo afetivo ou emocional com ela, o que choca o sentimento e a sensibilidade do homem médio, ainda mais porque o conjunto probatório trazido aos autos deixou bem caracterizado que esse desequilíbrio emocional demonstrado pelos réus constituiu a mola propulsora para a prática do homicídio.De igual forma relevante as conseqüências do crime na presente hipótese, notadamente em relação aos familiares da vítima.
Porquanto não se desconheça que em qualquer caso de homicídio consumado há sofrimento em relação aos familiares do ofendido, no caso específico destes autos, a angústia acima do normal suportada pela mãe da criança Isabella, Srª. Ana Carolina Cunha de Oliveira, decorrente da morte da filha, ficou devidamente comprovada nestes autos, seja através do teor de todos os depoimentos prestados por ela nestes autos, seja através do laudo médico-psiquiátrico que foi apresentado por profissional habilitado durante o presente julgamento, após realizar consulta com a mesma, o que impediu inclusive sua permanência nas dependências deste Fórum, por ainda se encontrar, dois anos após os fatos, em situação aguda de estresse (F43.0 - CID 10), face ao monstruoso assédio a que a mesma foi obrigada a ser submetida como decorrência das condutas ilícitas praticadas pelos réus, o que é de conhecimento de todos, exigindo um maior rigor por parte do Estado-Juiz quanto à reprovabilidade destas condutas.
Porquanto não se desconheça que em qualquer caso de homicídio consumado há sofrimento em relação aos familiares do ofendido, no caso específico destes autos, a angústia acima do normal suportada pela mãe da criança Isabella, Srª. Ana Carolina Cunha de Oliveira, decorrente da morte da filha, ficou devidamente comprovada nestes autos, seja através do teor de todos os depoimentos prestados por ela nestes autos, seja através do laudo médico-psiquiátrico que foi apresentado por profissional habilitado durante o presente julgamento, após realizar consulta com a mesma, o que impediu inclusive sua permanência nas dependências deste Fórum, por ainda se encontrar, dois anos após os fatos, em situação aguda de estresse (F43.0 - CID 10), face ao monstruoso assédio a que a mesma foi obrigada a ser submetida como decorrência das condutas ilícitas praticadas pelos réus, o que é de conhecimento de todos, exigindo um maior rigor por parte do Estado-Juiz quanto à reprovabilidade destas condutas.
A análise da culpabilidade, das personalidades dos réus e das circunstâncias e conseqüências do crime, como foi aqui realizado, além de possuir fundamento legal expresso no mencionado art. 59 do Código Penal, visa também atender ao princípio da individualização da pena, o qual constitui vetor de atuação dentro da legislação penal brasileira, na lição sempre lúcida do professor e magistrado Guilherme de Souza Nucci:"Quanto mais se cercear a atividade individualizadora do juiz na aplicação da pena, afastando a possibilidade de que analise a personalidade, a conduta social, os antecedentes, os motivos, enfim, os critérios que são subjetivos, em cada caso concreto, mais cresce a chance de padronização da pena, o que contraria, por natureza, o princípio constitucional da individualização da pena, aliás, cláusula pétrea" ("Individualização da Pena", Ed. RT, 2ª edição, 2007, pág. 195).
Assim sendo, frente a todas essas considerações, majoro a pena-base para cada um dos réus em relação ao crime de homicídio praticado por eles, qualificado pelo fato de ter sido cometido para garantir a ocultação de delito anterior (inciso V, do parágrafo segundo do art. 121 do Código Penal) no montante de 1/3 (um terço), o que resulta em 16 (dezesseis) anos de reclusão, para cada um deles.Como se trata de homicídio triplamente qualificado, as outras duas qualificadoras de utilização de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima (incisos III e IV, do parágrafo segundo do art. 121 do Código Penal), são aqui utilizadas como circunstâncias agravantes de pena, uma vez que possuem previsão específica no art. 61, inciso II, alíneas "c" e "d" do Código Penal.Assim, levando-se em consideração a presença destas outras duas qualificadoras, aqui admitidas como circunstâncias agravantes de pena, majoro as reprimendas fixadas durante a primeira fase em mais ¼ (um quarto), o que resulta em 20 (vinte) anos de reclusão para cada um dos réus.
Justifica-se a aplicação do aumento no montante aqui estabelecido de ¼ (um quarto), um pouco acima do patamar mínimo, posto que tanto a qualificadora do meio cruel foi caracterizada na hipótese através de duas ações autônomas (asfixia e sofrimento intenso), como também em relação à qualificadora da utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente na defenestração).Pelo fato do co-réu Alexandre ostentar a qualidade jurídica de genitor da vítima Isabella, majoro a pena aplicada anteriormente a ele em mais 1/6 (um sexto), tal como autorizado pelo art. 61, parágrafo segundo, alínea "e" do Código Penal, o que resulta em 23 (vinte e três) anos e 04 (quatro) meses de reclusão.
Como não existem circunstâncias atenuantes de pena a serem consideradas, torno definitivas as reprimendas fixadas acima para cada um dos réus nesta fase.Por fim, nesta terceira e última fase de aplicação de pena, verifica-se a presença da qualificadora prevista na parte final do parágrafo quarto, do art. 121 do Código Penal, pelo fato do crime de homicídio doloso ter sido praticado contra pessoa menor de 14 anos, daí porque majoro novamente as reprimendas estabelecidas acima em mais 1/3 (um terço), o que resulta em 31 (trinta e um) anos, 01 (um) mês e 10 (dez) dias de reclusão para o co-réu Alexandre e 26 (vinte e seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão para a co-ré Anna Jatobá.Como não existem outras causas de aumento ou diminuição de pena a serem consideradas nesta fase, torno definitivas as reprimendas fixadas acima.
Quanto ao crime de fraude processual para o qual os réus também teriam concorrido, verifica-se que a reprimenda nesta primeira fase da fixação deve ser estabelecida um pouco acima do mínimo legal, já que as condições judiciais do art. 59 do Código Penal não lhe são favoráveis, como já discriminado acima, motivo pelo qual majoro em 1/3 (um terço) a pena-base prevista para este delito, o que resulta em 04 (quatro) meses de detenção e 12 (doze) dias-multa, sendo que o valor unitário de cada dia-multa deverá corresponder a 1/5 (um quinto) do valor do salário mínimo, uma vez que os réus demonstraram, durante o transcurso da presente ação penal, possuírem um padrão de vida compatível com o patamar aqui fixado.
Inexistem circunstâncias agravantes ou atenuantes de pena a serem consideradas.Presente, contudo, a causa de aumento de pena prevista no parágrafo único do art. 347 do Código Penal, pelo fato da fraude processual ter sido praticada pelos réus com o intuito de produzir efeito em processo penal ainda não iniciado, as penas estabelecidas acima devem ser aplicadas em dobro, o que resulta numa pena final para cada um deles em relação a este delito de 08 (oito) meses de detenção e 24 (vinte e quatro) dias-multa, mantido o valor unitário de cada dia-multa estabelecido acima.
5. Tendo em vista que a quantidade total das penas de reclusão ora aplicadas aos réus pela prática do crime de homicídio triplamente qualificado ser superior a 04 anos, verifica-se que os mesmos não fazem jus ao benefício da substituição destas penas privativas de liberdade por restritivas de direitos, a teor do disposto no art. 44, inciso I do Código Penal.Tal benefício também não se aplica em relação às penas impostas aos réus pela prática do delito de fraude processual qualificada, uma vez que as além das condições judiciais do art. 59 do Código Penal não são favoráveis aos réus, há previsão específica no art. 69, parágrafo primeiro deste mesmo diploma legal obstando tal benefício de substituição na hipótese.
6. Ausentes também as condições de ordem objetivas e subjetivas previstas no art. 77 do Código Penal, já que além das penas de reclusão aplicadas aos réus em relação ao crime de homicídio terem sido fixadas em quantidades superiores a 02 anos, as condições judiciais do art. 59 não são favoráveis a nenhum deles, como já especificado acima, o que demonstra que não faz jus também ao benefício da suspensão condicional do cumprimento de nenhuma destas penas privativas de liberdade que ora lhe foram aplicadas em relação a qualquer dos crimes.
7. Tendo em vista o disposto no art. 33, parágrafo segundo, alínea "a" do Código Penal e também por ter o crime de homicídio qualificado a natureza de crimes hediondos, a teor do disposto no artigo 2o, da Lei n° 8.072/90, com a nova redação que lhe foi dada pela Lei n. 11.464/07, os acusados deverão iniciar o cumprimento de suas penas privativas de liberdade em regime prisional FECHADO.Quanto ao delito de fraude processual qualificada, pelo fato das condições judiciais do art. 59 do Código Penal não serem favoráveis a qualquer dos réus, deverão os mesmos iniciar o cumprimento de suas penas privativas de liberdade em relação a este delito em regime prisional SEMI-ABERTO, em consonância com o disposto no art. 33, parágrafo segundo, alínea "c" e seu parágrafo terceiro, daquele mesmo Diploma Legal.
8. Face à gravidade do crime de homicídio triplamente qualificado praticado pelos réus e à quantidade das penas privativas de liberdade que ora lhes foram aplicadas, ficam mantidas suas prisões preventivas para garantia da ordem pública, posto que subsistem os motivos determinantes de suas custódias cautelares, tal como previsto nos arts. 311 e 312 do Código de Processo Penal, devendo aguardar detidos o trânsito em julgado da presente decisão.Como este Juízo já havia consignado anteriormente, quando da prolação da sentença de pronúncia - respeitados outros entendimentos em sentido diverso - a manutenção da prisão processual dos acusados, na visão deste julgador, mostra-se realmente necessária para garantia da ordem pública, objetivando acautelar a credibilidade da Justiça em razão da gravidade do crime, da culpabilidade, da intensidade do dolo com que o crime de homicídio foi praticado por eles e a repercussão que o delito causou no meio social, uma vez que a prisão preventiva não tem como único e exclusivo objetivo prevenir a prática de novos crimes por parte dos agentes, como exaustivamente tem sido ressaltado pela doutrina pátria, já que evitar a reiteração criminosa constitui apenas um dos aspectos desta espécie de custódia cautelar.
Tanto é assim que o próprio Colendo Supremo Tribunal Federal já admitiu este fundamento como suficiente para a manutenção de decreto de prisão preventiva:
"HABEAS CORPUS. QUESTÃO DE ORDEM. PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR. ALEGADA NULIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE. DECRETO DE PRISÃO CAUTELAR QUE SE APÓIA NA GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO SUPOSTAMENTE PRATICADO, NA NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO DA "CREDIBILIDADE DE UM DOS PODERES DA REPÚBLICA", NO CLAMOR POPULAR E NO PODER ECONÔMICO DO ACUSADO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO NA CONCLUSÃO DO PROCESSO.""O plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC 80.717, fixou a tese de que o sério agravo à credibilidade das instituições públicas pode servir de fundamento idôneo para fins de decretação de prisão cautelar, considerando, sobretudo, a repercussão do caso concreto na ordem pública." (STF, HC 85298-SP, 1ª Turma, rel. Min. Carlos Aires Brito, julg. 29.03.2005, sem grifos no original).
"HABEAS CORPUS. QUESTÃO DE ORDEM. PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR. ALEGADA NULIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE. DECRETO DE PRISÃO CAUTELAR QUE SE APÓIA NA GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO SUPOSTAMENTE PRATICADO, NA NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO DA "CREDIBILIDADE DE UM DOS PODERES DA REPÚBLICA", NO CLAMOR POPULAR E NO PODER ECONÔMICO DO ACUSADO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO NA CONCLUSÃO DO PROCESSO.""O plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC 80.717, fixou a tese de que o sério agravo à credibilidade das instituições públicas pode servir de fundamento idôneo para fins de decretação de prisão cautelar, considerando, sobretudo, a repercussão do caso concreto na ordem pública." (STF, HC 85298-SP, 1ª Turma, rel. Min. Carlos Aires Brito, julg. 29.03.2005, sem grifos no original).
Portanto, diante da hediondez do crime atribuído aos acusados, pelo fato de envolver membros de uma mesma família de boa condição social, tal situação teria gerado revolta à população não apenas desta Capital, mas de todo o país, que envolveu diversas manifestações coletivas, como fartamente divulgado pela mídia, além de ter exigido também um enorme esquema de segurança e contenção por parte da Polícia Militar do Estado de São Paulo na frente das dependências deste Fórum Regional de Santana durante estes cinco dias de realização do presente julgamento, tamanho o número de populares e profissionais de imprensa que para cá acorreram, daí porque a manutenção de suas custódias cautelares se mostra necessária para a preservação da credibilidade e da respeitabilidade do Poder Judiciário, as quais ficariam extremamente abaladas caso, agora, quando já existe decisão formal condenando os acusados pela prática deste crime, conceder-lhes o benefício de liberdade provisória, uma vez que permaneceram encarcerados durante toda a fase de instrução.
Esta posição já foi acolhida inclusive pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, como demonstra a ementa de acórdão a seguir transcrita:"LIBERDADE PROVISÓRIA - Benefício pretendido - Primariedade do recorrente - Irrelevância - Gravidade do delito - Preservação do interesse da ordem pública - Constrangimento ilegal inocorrente." (In JTJ/Lex 201/275, RSE nº 229.630-3, 2ª Câm. Crim., rel. Des. Silva Pinto, julg. em 09.06.97).
O Nobre Desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, naquele mesmo voto condutor do v. acórdão proferido no mencionado recurso de "habeas corpus", resume bem a presença dos requisitos autorizadores da prisão preventiva no presente caso concreto:
"Mas, se um e outro, isto é, se clamor público e necessidade da preservação da respeitabilidade de atuação jurisdicional se aliarem à certeza quanto à existência do fato criminoso e a veementes indícios de autoria, claro que todos esses pressupostos somados haverão de servir de bom, seguro e irrecusável fundamento para a excepcionalização da regra constitucional que presumindo a inocência do agente não condenado, não tolera a prisão antecipada do acusado."E, mais à frente, arremata:"Há crimes, na verdade, de elevada gravidade, que, por si só, justificam a prisão, mesmo sem que se vislumbre risco ou perspectiva de reiteração criminosa. E, por aqui, todos haverão de concordar que o delito de que se trata, por sua gravidade e característica chocante, teve incomum repercussão, causou intensa indignação e gerou na população incontrolável e ansiosa expectativa de uma justa contraprestação jurisdicional. A prevenção ao crime exige que a comunidade respeite a lei e a Justiça, delitos havendo, tal como o imputado aos pacientes, cuja gravidade concreta gera abalo tão profundo naquele sentimento, que para o restabelecimento da confiança no império da lei e da Justiça exige uma imediata reação. A falta dela mina essa confiança e serve de estímulo à prática de novas infrações, não sendo razoável, por isso, que acusados por crimes brutais permaneçam livre, sujeitos a uma conseqüência remota e incerta, como se nada tivessem feito." (sem grifos no original).
"Mas, se um e outro, isto é, se clamor público e necessidade da preservação da respeitabilidade de atuação jurisdicional se aliarem à certeza quanto à existência do fato criminoso e a veementes indícios de autoria, claro que todos esses pressupostos somados haverão de servir de bom, seguro e irrecusável fundamento para a excepcionalização da regra constitucional que presumindo a inocência do agente não condenado, não tolera a prisão antecipada do acusado."E, mais à frente, arremata:"Há crimes, na verdade, de elevada gravidade, que, por si só, justificam a prisão, mesmo sem que se vislumbre risco ou perspectiva de reiteração criminosa. E, por aqui, todos haverão de concordar que o delito de que se trata, por sua gravidade e característica chocante, teve incomum repercussão, causou intensa indignação e gerou na população incontrolável e ansiosa expectativa de uma justa contraprestação jurisdicional. A prevenção ao crime exige que a comunidade respeite a lei e a Justiça, delitos havendo, tal como o imputado aos pacientes, cuja gravidade concreta gera abalo tão profundo naquele sentimento, que para o restabelecimento da confiança no império da lei e da Justiça exige uma imediata reação. A falta dela mina essa confiança e serve de estímulo à prática de novas infrações, não sendo razoável, por isso, que acusados por crimes brutais permaneçam livre, sujeitos a uma conseqüência remota e incerta, como se nada tivessem feito." (sem grifos no original).
Nessa mesma linha de raciocínio também se apresentou o voto do não menos brilhante Desembargador revisor, Dr. Luís Soares de Mello que, de forma firme e consciente da função social das decisões do Poder Judiciário, assim deixou consignado:"Aquele que está sendo acusado, e com indícios veementes, volte-se a dizer, de tirar de uma criança, com todo um futuro pela frente, aquilo que é o maior 'bem' que o ser humano possui - 'a vida' - não pode e não deve ser tratado igualmente a tantos outros cidadãos de bem e que seguem sua linha de conduta social aceitável e tranqüila.E o Judiciário não pode ficar alheio ou ausente a esta preocupação, dês que a ele, em última instância, é que cabe a palavra e a solução.Ora.Aquele que está sendo acusado, 'em tese', mas por gigantescos indícios, de ser homicida de sua 'própria filha' - como no caso de Alexandre - e 'enteada' - aqui no que diz à Anna Carolina - merece tratamento severo, não fora o próprio exemplo ao mais da sociedade.Que é também função social do Judiciário.É a própria credibilidade da Justiça que se põe à mostra, assim." (sem grifos no original).
Por fim, como este Juízo já havia deixado consignado anteriormente, ainda que se reconheça que os réus possuem endereço fixo no distrito da culpa, posto que, como noticiado, o apartamento onde os fatos ocorreram foi adquirido pelo pai de Alexandre para ali estabelecessem seu domicílio, com ânimo definitivo, além do fato de Alexandre, como provedor da família, possuir profissão definida e emprego fixo, como ainda pelo fato de nenhum deles ostentarem outros antecedentes criminais e terem se apresentado espontaneamente à Autoridade Policial para cumprimento da ordem de prisão temporária que havia sido decretada inicialmente, isto somente não basta para assegurar-lhes o direito à obtenção de sua liberdade durante o restante do transcorrer da presente ação penal, conforme entendimento já pacificado perante a jurisprudência pátria, face aos demais aspectos mencionados acima que exigem a manutenção de suas custódias cautelares, o que, de forma alguma, atenta contra o princípio constitucional da presunção de inocência:"RHC - PROCESSUAL PENAL - PRISÃO PROVISÓRIA - A primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita não impedem, por si só, a prisão provisória" (STJ, 6ª Turma, v.u., ROHC nº 8566-SP, rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, julg. em 30.06.1999).
["HABEAS CORPUS . HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. ASSEGURAR A INSTRUÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA A TESTEMUNHAS. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. ORDEM DENEGADA.
1. A existência de indícios de autoria e a prova de materialidade, bem como a demonstração concreta de sua necessidade, lastreada na ameaça de testemunhas, são suficientes para justificar a decretação da prisão cautelar para garantir a regular instrução criminal, principalmente quando se trata de processo de competência do Tribunal do Júri.
2. Nos processos de competência do Tribunal Popular, a instrução criminal exaure-se definitivamente com o julgamento do plenário (arts. 465 a 478 do CPP).
3. Eventuais condições favoráveis ao paciente - tais como a primariedade, bons antecedentes, família constituída, emprego e residência fixa - não impedem a segregação cautelar, se o decreto prisional está devidamente fundamentado nas hipóteses que autorizam a prisão preventiva. Nesse sentido: RHC 16.236/SP, Rel. Min. FELIX FISCHER, DJ de 17/12/04; RHC 16.357/PR, Rel. Min. GILSON DIPP, DJ de 9/2/05; e RHC 16.718/MT, de minha relatoria, DJ de 1º/2/05).4. Ordem denegada. (STJ, 5ª Turma, v.u., HC nº 99071/SP, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julg. em 28.08.2008).
Ademais, a falta de lisura no comportamento adotado pelos réus durante o transcorrer da presente ação penal, demonstrando que fariam tudo para tentar, de forma deliberada, frustrar a futura aplicação da lei penal, posto que após terem fornecido material sanguíneo para perícia no início da apuração policial e inclusive confessado este fato em razões de recurso em sentido estrito, apegaram-se a um mero formalismo, consistente na falta de assinatura do respectivo termo de coleta, para passarem a negar, de forma veemente, inclusive em Plenário durante este julgamento, terem fornecido aquelas amostras de sangue, o que acabou sendo afastado posteriormente, após nova coleta de material genético dos mesmos para comparação com o restante daquele material que ainda estava preservado no Instituto de Criminalística.Por todas essas razões, ficam mantidas as prisões preventivas dos réus que haviam sido decretadas anteriormente por este Juízo, negando-lhes assim o direito de recorrerem em liberdade da presente decisão condenatória.
DECISÃO.
9. Isto posto, por força de deliberação proferida pelo Conselho de Sentença que JULGOU PROCEDENTE a acusação formulada na pronúncia contra os réus ALEXANDRE ALVES NARDONI e ANNA CAROLINA TROTTA PEIXOTO JATOBÁ, ambos qualificados nos autos, condeno-os às seguintes penas:
a) co-réu ALEXANDRE ALVES NARDONI:- pena de 31 (trinta e um) anos, 01 (um) mês e 10 (dez) dias de reclusão, pela prática do crime de homicídio contra pessoa menor de 14 anos, triplamente qualificado, agravado ainda pelo fato do delito ter sido praticado por ele contra descendente, tal como previsto no art. 121, parágrafo segundo, incisos III, IV e V c.c. o parágrafo quarto, parte final, art. 13, parágrafo segundo, alínea "a" (com relação à asfixia) e arts. 61, inciso II, alínea "e", segunda figura e 29, todos do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional FECHADO, sem direito a "sursis";- pena de 08 (oito) meses de detenção, pela prática do crime de fraude processual qualificada, tal como previsto no art. 347, parágrafo único do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional SEMI-ABERTO, sem direito a "sursis" e 24 (vinte e quatro) dias-multa, em seu valor unitário mínimo.
B) co-ré ANNA CAROLINA TROTTA PEIXOTO JATOBÁ:- pena de 26 (vinte e seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão, pela prática do crime de homicídio contra pessoa menor de 14 anos, triplamente qualificado, tal como previsto no art. 121, parágrafo segundo, incisos III, IV e V c.c. o parágrafo quarto, parte final e art. 29, todos do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional FECHADO, sem direito a "sursis";- pena de 08 (oito) meses de detenção, pela prática do crime de fraude processual qualificada, tal como previsto no art. 347, parágrafo único do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional SEMI-ABERTO, sem direito a "sursis" e 24 (vinte e quatro) dias-multa, em seu valor unitário mínimo.10. Após o trânsito em julgado, feitas as devidas anotações e comunicações, lancem-se os nomes dos réus no livro Rol dos Culpados, devendo ser recomendados, desde logo, nas prisões em que se encontram recolhidos, posto que lhes foi negado o direito de recorrerem em liberdade da presente decisão.11. Esta sentença é lida em público, às portas abertas, na presença dos réus, dos Srs. Jurados e das partes, saindo os presentes intimados.Plenário II do 2º Tribunal do Júri da Capital, às 00:20 horas, do dia 27 de março de 2.010.
B) co-ré ANNA CAROLINA TROTTA PEIXOTO JATOBÁ:- pena de 26 (vinte e seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão, pela prática do crime de homicídio contra pessoa menor de 14 anos, triplamente qualificado, tal como previsto no art. 121, parágrafo segundo, incisos III, IV e V c.c. o parágrafo quarto, parte final e art. 29, todos do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional FECHADO, sem direito a "sursis";- pena de 08 (oito) meses de detenção, pela prática do crime de fraude processual qualificada, tal como previsto no art. 347, parágrafo único do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional SEMI-ABERTO, sem direito a "sursis" e 24 (vinte e quatro) dias-multa, em seu valor unitário mínimo.10. Após o trânsito em julgado, feitas as devidas anotações e comunicações, lancem-se os nomes dos réus no livro Rol dos Culpados, devendo ser recomendados, desde logo, nas prisões em que se encontram recolhidos, posto que lhes foi negado o direito de recorrerem em liberdade da presente decisão.11. Esta sentença é lida em público, às portas abertas, na presença dos réus, dos Srs. Jurados e das partes, saindo os presentes intimados.Plenário II do 2º Tribunal do Júri da Capital, às 00:20 horas, do dia 27 de março de 2.010.
Registre-se e cumpra-se.
MAURÍCIO FOSSEN
Juiz de Direito
Agradecimento
Não podemos deixar de agradecer a todas as pessoas que nos apoiaram, mandando emails, comentários, pelo blog e pelo twitter. Agradecemos tb as críticas construtivas que sempre nos fizeram tentar melhorar. São centenas e centenas de comentários. Faremos o possível para que as mensagens enviadas para nosso Twitter, mas destinadas para outras pessoas, cheguem aos seus destinatários.
Ainda não agradecemos ao Dr Francisco Cembranelli pois este merece um post especial.
Desde já adianto: Dr Francisco terá eternamente nossa admiração.
Muito obrigada!
Ainda não agradecemos ao Dr Francisco Cembranelli pois este merece um post especial.
Desde já adianto: Dr Francisco terá eternamente nossa admiração.
Muito obrigada!
Podval parte 3
Podval relata sobre os depoimentos dos vizinhos , uma diz que ouviu pessoas gritando , outra diz que não ouviu nada, o Sr Lúcio diz que ouviu uma criança gritando : Para pai , para e interpreta que a criança pedia para o pai parar . Ele diz que uma outra vizinha do prédio da frente também ouviu.
A senhora Geralda em seu depoimento afirma ter ouvido a mesma frase, porém com uma interpretação diferente. Para ela, a criança gritava como se estivesse chamando pelo pai: para pai! Para.
Por outro lado, na descrição da pericia a menina estava asfixiada, portanto não poderia gritar na interpretação deles foi o Pietro. É possível? Não tem muito sentido, pois lá embaixo o menino de quatro anos não fala nada, mesmo quando questionado.
Uma outra testemunha disse que era por volta de meia noite, pois ela ia dar remédio pra sua filha nesse horário quando escutou um barulho que ela acha que era uma porta de incêndio. Ontem em depoimento, a delegada disse que era como se fosse um barulho de uma porta.
Nesse momento, Podval leu o depoimento da testemunha – ouviu uma batida seca como se fosse uma porta de incêndio.
Nesse panorama eu não consigo imaginar nada conclusivo, dá para tirar. (Cembranelli interrompeu e diz: o senhor está sugerindo que era um terceiro que desceu do sexto andar e fugiu por essa porta?)
Podval responde, pode ser que a porta tenha batido , pode ser que alguém tenha fugido , pode ser que alguém tenha ido jogar o lixo , o que realmente foi eu não sei.
Tem uma coisa estranha que não fecha, se a versão do casal não fecha a da acusação também não.
A acusação esta tentando dizer que tudo isso aconteceu por causa do ciúme da ré , mas a mãe também tinha ,ela em depoimento disse que quando desmanchou o relacionamento ficou parada na frente da casa dele até as 4 da manhã.
Mas a Oliveira diz que a Jatobá jogou o filho no berço , ah ela soube pela dona Cida que contou pra Dona Rosa que contou pra ela.
A acusação vem retrando a Ana Jatobá como uma moça triste, porca , infeliz , deprimida , que não consegue dormir pois o filho chorava muito , criaram uma ponte para destruir a imagem dela , o que fizeram com ela ontem foi cruel , muita maldade , o que nós não fizemos com a mãe a acusação fez com a minha cliente.
A acusação quer destruir a imagem do casal , mostrando o Alexandre como um crápula .
(Nesse momento o Podval infla e começa a falar com mais vigor.)
Mas o casal fez o quartinho do jeito que ela queria ( vai até a maquete) , todo lilás, com baú da Hello Kity, porque ?
A perícia não confirma a autoria , então é ele? É ela? Pode ser um terceiro? Pode ser aquele dono do fio de cabelo que não foi periciado?
Pode ser qualquer um , mas não o casal que fez esse quartinho pra ela.
E agora vem a sociedade pedir justiça , pobre da nossa sociedade .
( Podval compara o caso Isabella com o caso Madeleine, cujos pais foram suspeitos do sumiço da menina).
Não posso acabar sem falar isso , não posso .
Não vou usar as palavras da Jatobá, e sim as da própria mãe.
Relembrem como ela relatou a quarta e a sexta feira , quando ela ligou pra ré para que ela fosse buscar a Isa pois ela não queria ficar com a avó.
E a mãe não se dá com a maluca , com a deprimida , mas é ela que sai da escola do filho , sem saber como chegar na casa da Oliveira, vai falando com o marido que ensina o caminho , chega pega a Isabella , leva para o apto deles , mesmo tendo compromisso de instalar as cortinas ela leva a menina na piscina ,tendendo a pedido dela. Ela faz isso com a filha da outra que vem aqui acusá-la de assassina.
Eu li os autos Dr Cembranelli , eu estudei , eu sei o que eu to falando.
Essa madrasta que brincou com a menina, levou na piscina, deu comida, foi pegar a amiguinha pois a Isabella queria brincar, foi levar a amiguinha para conhecer a escola, voltou deu comida e dormiram. No dia seguinte acontece uma atrocidade dessa?
Agora escracham a madrasta e o pai?
Só porque eles brigavam ?
Levam o pai para a delegacia e perguntam do tempo , que horas vc chegou , que horas você desceu , quanto tempo demorou? E o tempo não fecha e dizem que ele é mentiroso.
A proposta do acordo policial foi falado aqui e não foi negado .
O London é super seguro ? Aonde , eu fui lá ...
Cembranelli pede ao juiz para falar e diz : Todos os moradores do prédio afirmam que o portão é liberado somente pelo porteiro e fica fechado a grade, ai sim abre-se com a chave quem a tem.
Podval le sobre uma mulher que diz ter entrado no LOndon sem pedir permissão.
Aí vem um jornalista e faz uma matéria , ele veio aqui e disse que foi nas imediações, não em todas as casas, mas que viu um casebre, casinha e entrevista o pedreiro que disse que a obra foi arrombada .
Ai ele checou no centro de polícia e a polícia disse que não entrou lá.
Dá para saber o que aconteceu lá?
Dá para saber quem fez?
Daria se tivesse feito um trabalho como deveria ser feito , não o que fizeram.
Ele lê a reportagem da folha do Rogério Pagnan com o Pedreiro Gabriel , em seguida mostra aos jurados a mesma dizendo , vejam é da Folha de São Paulo , um jornal importante , um jornal sério.
( os autos passam nas mãos de todos os jurados)
Em seguida Podval lê um documento dizendo ser um relato da policia sobre os trabalhos efetuados naquela noite e que não vistoriaram o barraco .
O casal foi pressionado na delegacia e mesmo assim não aceitaram acordo , seguem negando a autoria, não quiseram se beneficiar e hoje estão longe dos filhos .
Podval volta a falar sobre a policia ter forçado os dois a negociarem o homicídio culposo.
Cembranelli interrompe : O senhor está sendo de uma canalhice,leviandade e baixaria.
Não é o delegado que estabelece o tipo de crime , o seu cliente como bacharel sabe disso e esta tentando me colocar lá mesmo omissivamente.
Podval então ele rele o depoimento de Alexandre sendo interrogado aonde ele diz que o promotor estava do lado no momento da pressão e também os antigos advogados deles .Mas que o promotor não se manifestou.
Cembranelli interrompe novamente: reafirmo o que disse , uma canalhice sem precedentes
A senhora Geralda em seu depoimento afirma ter ouvido a mesma frase, porém com uma interpretação diferente. Para ela, a criança gritava como se estivesse chamando pelo pai: para pai! Para.
Por outro lado, na descrição da pericia a menina estava asfixiada, portanto não poderia gritar na interpretação deles foi o Pietro. É possível? Não tem muito sentido, pois lá embaixo o menino de quatro anos não fala nada, mesmo quando questionado.
Uma outra testemunha disse que era por volta de meia noite, pois ela ia dar remédio pra sua filha nesse horário quando escutou um barulho que ela acha que era uma porta de incêndio. Ontem em depoimento, a delegada disse que era como se fosse um barulho de uma porta.
Nesse momento, Podval leu o depoimento da testemunha – ouviu uma batida seca como se fosse uma porta de incêndio.
Nesse panorama eu não consigo imaginar nada conclusivo, dá para tirar. (Cembranelli interrompeu e diz: o senhor está sugerindo que era um terceiro que desceu do sexto andar e fugiu por essa porta?)
Podval responde, pode ser que a porta tenha batido , pode ser que alguém tenha fugido , pode ser que alguém tenha ido jogar o lixo , o que realmente foi eu não sei.
Tem uma coisa estranha que não fecha, se a versão do casal não fecha a da acusação também não.
A acusação esta tentando dizer que tudo isso aconteceu por causa do ciúme da ré , mas a mãe também tinha ,ela em depoimento disse que quando desmanchou o relacionamento ficou parada na frente da casa dele até as 4 da manhã.
Mas a Oliveira diz que a Jatobá jogou o filho no berço , ah ela soube pela dona Cida que contou pra Dona Rosa que contou pra ela.
A acusação vem retrando a Ana Jatobá como uma moça triste, porca , infeliz , deprimida , que não consegue dormir pois o filho chorava muito , criaram uma ponte para destruir a imagem dela , o que fizeram com ela ontem foi cruel , muita maldade , o que nós não fizemos com a mãe a acusação fez com a minha cliente.
A acusação quer destruir a imagem do casal , mostrando o Alexandre como um crápula .
(Nesse momento o Podval infla e começa a falar com mais vigor.)
Mas o casal fez o quartinho do jeito que ela queria ( vai até a maquete) , todo lilás, com baú da Hello Kity, porque ?
A perícia não confirma a autoria , então é ele? É ela? Pode ser um terceiro? Pode ser aquele dono do fio de cabelo que não foi periciado?
Pode ser qualquer um , mas não o casal que fez esse quartinho pra ela.
E agora vem a sociedade pedir justiça , pobre da nossa sociedade .
( Podval compara o caso Isabella com o caso Madeleine, cujos pais foram suspeitos do sumiço da menina).
Não posso acabar sem falar isso , não posso .
Não vou usar as palavras da Jatobá, e sim as da própria mãe.
Relembrem como ela relatou a quarta e a sexta feira , quando ela ligou pra ré para que ela fosse buscar a Isa pois ela não queria ficar com a avó.
E a mãe não se dá com a maluca , com a deprimida , mas é ela que sai da escola do filho , sem saber como chegar na casa da Oliveira, vai falando com o marido que ensina o caminho , chega pega a Isabella , leva para o apto deles , mesmo tendo compromisso de instalar as cortinas ela leva a menina na piscina ,tendendo a pedido dela. Ela faz isso com a filha da outra que vem aqui acusá-la de assassina.
Eu li os autos Dr Cembranelli , eu estudei , eu sei o que eu to falando.
Essa madrasta que brincou com a menina, levou na piscina, deu comida, foi pegar a amiguinha pois a Isabella queria brincar, foi levar a amiguinha para conhecer a escola, voltou deu comida e dormiram. No dia seguinte acontece uma atrocidade dessa?
Agora escracham a madrasta e o pai?
Só porque eles brigavam ?
Levam o pai para a delegacia e perguntam do tempo , que horas vc chegou , que horas você desceu , quanto tempo demorou? E o tempo não fecha e dizem que ele é mentiroso.
A proposta do acordo policial foi falado aqui e não foi negado .
O London é super seguro ? Aonde , eu fui lá ...
Cembranelli pede ao juiz para falar e diz : Todos os moradores do prédio afirmam que o portão é liberado somente pelo porteiro e fica fechado a grade, ai sim abre-se com a chave quem a tem.
Podval le sobre uma mulher que diz ter entrado no LOndon sem pedir permissão.
Aí vem um jornalista e faz uma matéria , ele veio aqui e disse que foi nas imediações, não em todas as casas, mas que viu um casebre, casinha e entrevista o pedreiro que disse que a obra foi arrombada .
Ai ele checou no centro de polícia e a polícia disse que não entrou lá.
Dá para saber o que aconteceu lá?
Dá para saber quem fez?
Daria se tivesse feito um trabalho como deveria ser feito , não o que fizeram.
Ele lê a reportagem da folha do Rogério Pagnan com o Pedreiro Gabriel , em seguida mostra aos jurados a mesma dizendo , vejam é da Folha de São Paulo , um jornal importante , um jornal sério.
( os autos passam nas mãos de todos os jurados)
Em seguida Podval lê um documento dizendo ser um relato da policia sobre os trabalhos efetuados naquela noite e que não vistoriaram o barraco .
O casal foi pressionado na delegacia e mesmo assim não aceitaram acordo , seguem negando a autoria, não quiseram se beneficiar e hoje estão longe dos filhos .
Podval volta a falar sobre a policia ter forçado os dois a negociarem o homicídio culposo.
Cembranelli interrompe : O senhor está sendo de uma canalhice,leviandade e baixaria.
Não é o delegado que estabelece o tipo de crime , o seu cliente como bacharel sabe disso e esta tentando me colocar lá mesmo omissivamente.
Podval então ele rele o depoimento de Alexandre sendo interrogado aonde ele diz que o promotor estava do lado no momento da pressão e também os antigos advogados deles .Mas que o promotor não se manifestou.
Cembranelli interrompe novamente: reafirmo o que disse , uma canalhice sem precedentes
Sobre o julgamento
Desde o início tivemos a sensação de que haviam sido eles .
Onde estava o desespero daquele pai acusado de ter matado a filha de forma tão cruel?
Chamou nossa atenção a inacreditável história contada pelo casal, contrariando os fortes índicios e achados periciais que mostravam somente eles no local e no momento do crime.
Talvez pela absurda crueldade do crime, a indignação pela conduta do casal após o fato, enfim, passamos a procurar tudo o que havia disponível para podermos entender como isto aconteceu.
Foi assim que conseguimos juntar o amplo material que vcs puderam encontrar aqui.
Então, decidimos disponibilizar pra todos os interessados tudo o que tinhamos em mãos.
Foi assim que aguardamos este julgamento.
Desde os primeiros minutos da madrugada, quando soubemos da sentença, tivemos a sensação de dever cumprido.
Mais tarde vamos acabar de postar as partes do julgamento que faltam.
Pedimos só mais um pouco de paciencia e agradecemos a compreensão de vcs.
Alexandre Nardoni : 31 anos, um mês e dez dias em regime fechado, enquanto Anna Carolina Jatobá: 26 anos e oito meses.
Nao precisa falar mais nada...
Onde estava o desespero daquele pai acusado de ter matado a filha de forma tão cruel?
Chamou nossa atenção a inacreditável história contada pelo casal, contrariando os fortes índicios e achados periciais que mostravam somente eles no local e no momento do crime.
Talvez pela absurda crueldade do crime, a indignação pela conduta do casal após o fato, enfim, passamos a procurar tudo o que havia disponível para podermos entender como isto aconteceu.
Foi assim que conseguimos juntar o amplo material que vcs puderam encontrar aqui.
Então, decidimos disponibilizar pra todos os interessados tudo o que tinhamos em mãos.
Foi assim que aguardamos este julgamento.
Desde os primeiros minutos da madrugada, quando soubemos da sentença, tivemos a sensação de dever cumprido.
Mais tarde vamos acabar de postar as partes do julgamento que faltam.
Pedimos só mais um pouco de paciencia e agradecemos a compreensão de vcs.
Alexandre Nardoni : 31 anos, um mês e dez dias em regime fechado, enquanto Anna Carolina Jatobá: 26 anos e oito meses.
Nao precisa falar mais nada...
26.3.10
Esclarecimento
Estamos aguardando o final do recesso e a divulgação do veredito e da sentença pra podermos voltar a postar.
Como vcs podem imaginar, depois de 2 anos de trabalho diario e constante, estamos muito ansiosas com a expectativa do resultado deste juri e vamos aguardar o final pra voltar a postar.
Porém, queremos, desde já, agradecer a todos que nos apoiaram nesta reta final:
Ao professor Luiz Flavio Gomes e seus assessores Danilo e Josy.
Aos funcionários do Ministério Público e do Tribunal.
Aos funcionários que trabalham na sala da OAB do forum de Santana, por disponibilizarem um espaço para nós.
À imprensa, que entendeu nosso papel ali, sempre nos tratando com respeito.
Ás queridas Gloria Perez e Ilana Casoy, por nos acompanharem nesta jornada e pelo apoio no Blog.
Aos nossos maridos, namorados, filhos e familiares, pela compreensão.
E aos companheiros e amigos da nossa comunidade do orkut (Nardonis: Insanos ou Cruéis)que, mesmo não estando aqui, lutaram ao nosso lado durante estes dois anos.
Como vcs podem imaginar, depois de 2 anos de trabalho diario e constante, estamos muito ansiosas com a expectativa do resultado deste juri e vamos aguardar o final pra voltar a postar.
Porém, queremos, desde já, agradecer a todos que nos apoiaram nesta reta final:
Ao professor Luiz Flavio Gomes e seus assessores Danilo e Josy.
Aos funcionários do Ministério Público e do Tribunal.
Aos funcionários que trabalham na sala da OAB do forum de Santana, por disponibilizarem um espaço para nós.
À imprensa, que entendeu nosso papel ali, sempre nos tratando com respeito.
Ás queridas Gloria Perez e Ilana Casoy, por nos acompanharem nesta jornada e pelo apoio no Blog.
Aos nossos maridos, namorados, filhos e familiares, pela compreensão.
E aos companheiros e amigos da nossa comunidade do orkut (Nardonis: Insanos ou Cruéis)que, mesmo não estando aqui, lutaram ao nosso lado durante estes dois anos.
Debate - Dr Podval, parte 1
As 14:45 recomeçam os debates. Podval com a palavra.
O Sr Promotor me intimida. Intimida pela experiencia em juris, pela organização, pela forma como se dedicou ao caso. Sei que quando ofereceu a denúncia, não o fez de forma leviana, fez pq acredita no que está defendendo. Tb acho que temos que dar uma resposta à sociedade. Por isto quero agradecer à Vossa Excelência, pela competencia, pela educação e atenção comigo. Quando este forum foi eleito pra abrigar este júri, muitos criticaram. Não é um forum que eu tenho muito hábito de frequentar, mas, coincidentemente, foi aqui que fiz meus 2 maiores júris. Não venho muito aqui, mas fui muito bem tratado.
Este é um caso triste, feio, onde temos dificuldade de ler os autos, as páginas.
Quero agradecer os funcionários daqui, a polícia. Agradeço também a OAB por estar aqui. Mesmo eu não sendo uma pessoa agressiva, não vamos ter problemas, e ainda porque eu era contrário a eles, da chapa contrária. Só tenho que agradecer. Agradeço aos amigos da imprensa, mas tb faço uma crítica. Acho que isto não precisava ter chegado onde chegou. Acho que talvez seja um momento de reflexão.
Agradeço ainda minha equipe. Eles trabalharam muito comigo nestes últimos dias. Me apoiando em tudo (ele chora).
Vim pra este júri certo de que o meu trabalho seria ter que implorar a vcs para que me ouvissem. No começo eu não acreditava que vcs pudessem me ouvir. Vcs foram massacrados por 2 anos, eu não tinha esperanças de conseguir ser ouvido. A maior dificuldade não seria a defesa em si e sim o pré-julgamento. Então tudo não valeria nada e meu papel seria apenas representar.
Durante estes 5 dias, cada um de vcs me deu esperanças.
Desisti sim das testemunhas. O promotor diz que eu não conheço o processo e é verdade. Ele estava aqui desde o começo. Eu atendi um pai desesperado. Nem sabia quem eram estas testemunhas. Não vou criticar os que saíram. Sei o peso que é.
Quando me perguntam qual o coelho tenha na cartola? Na grande hora, o que vou fazer, qual mágica? Não dá. Está tudo feito. O trabalho aqui foi feito desde o primeiro momento. Qual mágica eu ia fazer? Numa das poucas vezes que estive com os dois, expliquei tudo. Disse, falem o que for bom e o que for ruim. O que vemos aqui? Monstros? É a rotina, o cotidiano do brasileiro: casar, ter filhos, separar, casar com outra, ter filhos com outra, rotina, brigas, é o nomal.
Quando acontece uma tragédia, chamam o rapaz e querem que ele saiba o nome da professora da filha. Se ele não sabe, é execrado.
Os vizinhos, que nunca falaram com ele, correm pra DP pra falar que viram brigas.
Aí eu fico pensando, se fosse comigo, seria execrado.
Como defender? Vamos relacionar as testemunhas? Não vou falar da mãe. Tá machucada, ferida. Quer achar um responsável pela situação.
A delegada Dra Renata. Porque ela ia pré-julgar? Não aconteceu isso. Ela foi ouvida. O que ela disse? Foi chamada, chegou lá, uma história estranha. Se não foram eles, quem foi? Todos passam a investigar pra chegar em quem foi, mas não fecha. Ela pensa o que tá acontecendo?
O casal, sem serem investigados, ficam horas na DP. Mandam os 2 fazerem testes de DNA. Porque? Pra saber se o sangue era deles. Vai investigando e o que? Chega neles.
Perito veio aqui e deu uma aula. Explica porque não podia ser acidente. Diante das conclusões, diz que ela foi jogada no chão. Será que é verdade? Ele diz que ela tinha marca na nuca. Se foram eles, pq não levaram pra fazer teste? Como ele diz que uma cosquinha deixaria marca? Um homem sério…Se tivessem feito o exame, poderia saber que foram eles.
Renata, o tempo todo aponta conclusões técnicas. Perguntei pra ela o que ela usou pra justificar o pedido de prisão deles. Ela não sabe explicar porque não é perita. De onde tiraram? Fizeram uma reunião informal? Porque informal?
Aí ela diz que este é mais um caso pra ela, que não significou nada. No meio desta história toda Anna é convidada pra ir à casa dela. Vcs ouviram ela falar. Ela estava esperando dois anos pra falar.
Aí conta: chego na minha casa, está lá, dez pessoas tomando café que a Delegada disse não ter sido feito lá. Imagina se vc vê isso na sua casa. Que falta de respeito! Tinham que ter respeito pelo local! O que aconteceu lá? No primeiro dia as autoridades começaram a gritar comigo, ela disse. Falar pra confessar. E ela é a que grita, xinga, é a maluca, mas diz que não pode falar o que não viu.
Ela foi honesta porque disse que um investigador a tratou bem. Deixou ela ligar pro sogro.
O Sr Promotor me intimida. Intimida pela experiencia em juris, pela organização, pela forma como se dedicou ao caso. Sei que quando ofereceu a denúncia, não o fez de forma leviana, fez pq acredita no que está defendendo. Tb acho que temos que dar uma resposta à sociedade. Por isto quero agradecer à Vossa Excelência, pela competencia, pela educação e atenção comigo. Quando este forum foi eleito pra abrigar este júri, muitos criticaram. Não é um forum que eu tenho muito hábito de frequentar, mas, coincidentemente, foi aqui que fiz meus 2 maiores júris. Não venho muito aqui, mas fui muito bem tratado.
Este é um caso triste, feio, onde temos dificuldade de ler os autos, as páginas.
Quero agradecer os funcionários daqui, a polícia. Agradeço também a OAB por estar aqui. Mesmo eu não sendo uma pessoa agressiva, não vamos ter problemas, e ainda porque eu era contrário a eles, da chapa contrária. Só tenho que agradecer. Agradeço aos amigos da imprensa, mas tb faço uma crítica. Acho que isto não precisava ter chegado onde chegou. Acho que talvez seja um momento de reflexão.
Agradeço ainda minha equipe. Eles trabalharam muito comigo nestes últimos dias. Me apoiando em tudo (ele chora).
Vim pra este júri certo de que o meu trabalho seria ter que implorar a vcs para que me ouvissem. No começo eu não acreditava que vcs pudessem me ouvir. Vcs foram massacrados por 2 anos, eu não tinha esperanças de conseguir ser ouvido. A maior dificuldade não seria a defesa em si e sim o pré-julgamento. Então tudo não valeria nada e meu papel seria apenas representar.
Durante estes 5 dias, cada um de vcs me deu esperanças.
Desisti sim das testemunhas. O promotor diz que eu não conheço o processo e é verdade. Ele estava aqui desde o começo. Eu atendi um pai desesperado. Nem sabia quem eram estas testemunhas. Não vou criticar os que saíram. Sei o peso que é.
Quando me perguntam qual o coelho tenha na cartola? Na grande hora, o que vou fazer, qual mágica? Não dá. Está tudo feito. O trabalho aqui foi feito desde o primeiro momento. Qual mágica eu ia fazer? Numa das poucas vezes que estive com os dois, expliquei tudo. Disse, falem o que for bom e o que for ruim. O que vemos aqui? Monstros? É a rotina, o cotidiano do brasileiro: casar, ter filhos, separar, casar com outra, ter filhos com outra, rotina, brigas, é o nomal.
Quando acontece uma tragédia, chamam o rapaz e querem que ele saiba o nome da professora da filha. Se ele não sabe, é execrado.
Os vizinhos, que nunca falaram com ele, correm pra DP pra falar que viram brigas.
Aí eu fico pensando, se fosse comigo, seria execrado.
Como defender? Vamos relacionar as testemunhas? Não vou falar da mãe. Tá machucada, ferida. Quer achar um responsável pela situação.
A delegada Dra Renata. Porque ela ia pré-julgar? Não aconteceu isso. Ela foi ouvida. O que ela disse? Foi chamada, chegou lá, uma história estranha. Se não foram eles, quem foi? Todos passam a investigar pra chegar em quem foi, mas não fecha. Ela pensa o que tá acontecendo?
O casal, sem serem investigados, ficam horas na DP. Mandam os 2 fazerem testes de DNA. Porque? Pra saber se o sangue era deles. Vai investigando e o que? Chega neles.
Perito veio aqui e deu uma aula. Explica porque não podia ser acidente. Diante das conclusões, diz que ela foi jogada no chão. Será que é verdade? Ele diz que ela tinha marca na nuca. Se foram eles, pq não levaram pra fazer teste? Como ele diz que uma cosquinha deixaria marca? Um homem sério…Se tivessem feito o exame, poderia saber que foram eles.
Renata, o tempo todo aponta conclusões técnicas. Perguntei pra ela o que ela usou pra justificar o pedido de prisão deles. Ela não sabe explicar porque não é perita. De onde tiraram? Fizeram uma reunião informal? Porque informal?
Aí ela diz que este é mais um caso pra ela, que não significou nada. No meio desta história toda Anna é convidada pra ir à casa dela. Vcs ouviram ela falar. Ela estava esperando dois anos pra falar.
Aí conta: chego na minha casa, está lá, dez pessoas tomando café que a Delegada disse não ter sido feito lá. Imagina se vc vê isso na sua casa. Que falta de respeito! Tinham que ter respeito pelo local! O que aconteceu lá? No primeiro dia as autoridades começaram a gritar comigo, ela disse. Falar pra confessar. E ela é a que grita, xinga, é a maluca, mas diz que não pode falar o que não viu.
Ela foi honesta porque disse que um investigador a tratou bem. Deixou ela ligar pro sogro.
Debate Promotor Cembranelli - parte 1
Debate Dr Cembranelli
Início da sessão as 10:15 , entrada dos réus, Alexandre sorri .
Dona Rosa foi obrigada a se retirar do salão do júri para tirar a camiseta com a foto de Isabella.
Juiz explica aos jurados e platéia como será e como funcionam os debates.
Promotor entra e saúda a equipe de defesa em especial ao Dr Podval , permita-me chamá-lo de amigo , as portas do gabinete do promotor sempre estarão abertas.
Dirigiu-se ao Conselho de Sentença saudando também o público.
Não é exagero dizer que os olhos do Brasil estão voltados para esse julgamento. A prova ouvida aqui foi arrasadora para as pretensões da defesa. Esta é a minha função no dia de hoje : contar a história do Caso Isabella ( nesse momento ele pede que Deus possa nos iluminar) e voltando-se para os jurados ele diz : As pessoas não querem vingança não, querem Justiça como eu.
As pessoas não conhecem o processo, não sabem que a promotoria não cometeria arbitrariedades.
A defesa lançou mão de inúmeros recursos para desqualificar a instrução.
A verdade é que cheguei aqui hj, conforme a denúncia, sem qualquer abalo. Hoje chegamos em condições de apresentar o caso para que os senhores possam valorar o caso. A prisão foi decretada e desde então foi avaliada por todos os Tribunais e mantida por todos.
Não estou de olho em promoções como muitos dizem, pois já poderia estar, há mais de ano, na Procuradoria de Justiça. Então, abandonem esta idéia de que este promotor está em busca de aparecimento na mídia. Nunca precisei disto.
A delegada responsável pela instauração do inquérito policial executou apenas o que está na lei. Foi acusada pelos réus, entre tantas mentiras, de ter coagido os réus, não houve nem intenção da Promotoria ou da Polícia de eleger um culpado. Se fosse um ladrão que defenestrasse a menina, que defesa teria esse ladrão? Seria um júri extremamente simples, até o estagiário o faria.
Os advogados de defesa já no dia 30 de março de 2008 tinham procuração até o Tribunal.
Eu não pedirei decisão em cima de crenças, mas vou apresentar fatos cientificamente provados. Esses profissionais tiveram suas vidas devassadas e se mantiveram calados.Se precisarmos de uma perícia, iremos atrás de profissionais especializados naquela especificidade, assim como a perita Rosangela,a melhor especialista em Polícia científica.
Tentaram desqualificar os peritos oficiais por peritos que receberam poupudas retribuições com remunerações com laudos e conclusões pífias que não serão sequer utilizados para a defesa.
Os 3 médicos legistas estiveram frente a frente com o cadáver de Isabella.
A esganadura apresenta ferimentos. Isso já acabaria com a tese de que ela caiu, numa peraltice se desequilibrou. Essa é a tese de um charlatão que nem sei de onde veio.
A outra prova trazida pela promotoria para reduzir a escombros a tese da defesa, é o testetumho do perito Dorea da Bahia.
A Dra Renata localizou todas as pessoas mencionadas, apontadas, suspeitas: antenista, gesseiro, porteiro, pedreiro (citando o nome de cada um deles)
Dra Renata foi atrás de uma denúncia anônima de um tal de Paulo de Guarulhos.
Não é verdade que a investigação se dirigiu apenas aos réus e não investigou outros caminhos. Investigou todas as denúncias anônimas.
A investigação extraiu a hora exata: 23:36:11 pelo GPS, isto é prova cientifica. Isto é fato e fatos não se discute.
Promotor mostra os horários na tela.
A queda foi ouvida pelo Sr Antonio Lucio e por alguém do terceiro andar.
O porteiro ouviu o barulho da queda, que parecia batida de carro, saiu da guarita e viu Isabella. Interfonou para o Sr Antonio Lucio. Ele e o porteiro não sabiam de que apto ela era. O Sr Lucio fez o que nem o próprio pai fez: ligou para o resgate.
Eu pularia do sexto andar para socorrer meu filho, eu não apertaria botão pra esperar pacientemente o elevador.
A hora oficial do Brasil é alinhada com a hora do satélite. No momento que o Sr Lucio ligou, 23:49:59, o Sr Jose Carlos (do terceiro andar) também ligou para o resgate. Isto é fato!!!
Nas duas conversas, isto está no processo, pela gravação foi possível estabelecer o exato momento em que o réu apareceu lá embaixo.
Ele lê este trecho que foi transcrito:
Atendente: Voz de Antonio Lucio – Pelo amor de Deus, tem ladrão no prédio. Jogaram uma menina lá de cima.”
Sr Lucio quando viu Alexandre, e que no sexto andar só o apto dele estava habitado, e Alexandre dizendo que Isabella tinha sido jogada, raciocinou que a menina só poderia ser a filha de Alexandre.
Por isso que foi possível estabelecer milimetricamente, a hora em que Alexandre aparece lá embaixo.
As duas pessoas que ouviram o barulho da queda de Isabella, Valdomiro (porteiro) Sr Lucio, calcularam que o tempo que Alexandre levou para aparecer foi de um minuto.
Para que Alexandre saísse do hall de entrada e aparecesse no campo de visão do Sr Lucio, ele teve que fazer um trajeto, incluíndo aí o tempo de espera, de descida do elevador que é de 52 segundos, somando isto tudo dá um minuto e pouco.
(Com voz firme e mais alta) No momento que Isa foi defenestrada, eles estavam dentro do apto;
Ligações de jatobá do telefone fixo. No momento em que o marido chegava lá embaixo, o telefone fixo estava sendo usado.
Quando a ligação do Sr Lucio terminou, o telefone fixo do apto continuava sendo usado.
O morador do terceiro andar, com a versão do réu de que havia um ladrão, ficou tão apavorado que se trancou no apto e pegou um espeto pra se defender.
A PM entrou na construção dos fundos, policiais da ROTA investigaram tudo na construção dos fundos. Abriram tapumes. O pedreiro, não sabendo de nada, chega na segunda feira para trabalhar, vê os tapumes abertos e deduziu que teria havido arrombamento. NÃO HOUVE ARROMBAMENTO!!! Houve uma investigação feita pela ROTA.
Ana C. Jatobá, já lá em baixo, faz duas ligações na lateral do prédio, para Antônio Nardoni e Ana C. Oliveira.
Os vizinhos, Luciana e Valdir Ferrari, os quais têm as janelas de seu apartamento alinhadas com a altura das janelas do casal Nardoni, ouviram uma discussão. A voz dela era mais evidente que a dele, que quase não era percebida. Ouviam-se muitos palavrões. Alguns minutos depois ouviram uma gritaria de que haviam jogado uma criança e Luciana Ferrari reconheceu a mesma voz da mulher na discussão que se dera poucos minutos antes e também os mesmos palavrões. Da mesma forma, falava ao telefone aos gritos e também usando palavrões. QUE RAZÕES TERIAM LUCIANA E VALDIR PARA INCRIMINAR DUAS PESSOAS INOCENTES???
A Corregedoria da Policia Militar fica ao lado do prédio. Um morador bateu na Corregedoria e pediu ajuda. O PM Soldado Mauricio foi o primeiro a chegar, coloca a mão na carótida e não sente os batimentos cardíacos, não há respiração. Havia parada cardiorrespiratória.
00:08h – Chega o 2º Resgate; a seguir, chega o terceiro resgate com a Dra. Rosangela, com equipamentos mais modernos, monitora os sinais de Isabella e constata que não há sinal de batimentos cardíacos, tenta medicação intravenosa e a medicação não se move, sinal de que não há circulação. O coração de Isabella pára de bater entre a chegada de Ana C. Oliveira e a chegada da primeira viatura de resgate. Durante o trajeto até o hospital são tentadas manobras de ressuscitação, sem êxito. ISABELLA FOI DECLARADA MORTA!
Isabella tinha secreção amarelada (vômito) na camiseta, compatível com a secreção encontrada nas narinas.
As duas testemunhas que viram Alexandre chegar após a queda de Isabella, precisam essa chegada em não mais do que 2 min.
A Drª Rosângela cronometra o procedimento do Sr. Antônio Lucio até este ligar para o COPOM: 1 minuto.
Ela cronometra o tempo do elevador que Alexandre usou para descer: 52 segundos, mais o tempo de deslocamento até alcançar o campo de visão do Sr. Antônio Lucio e obtém 1min e pouco. Conclusão contundente do Promotor: “NO MOMENTO EM QUE ISABELLA FOI DEFENESTRADA, O CASAL ESTAVA DENTRO DO APARTAMENTO.”!!! Isto é prova científica, não admite contestação!
Início da sessão as 10:15 , entrada dos réus, Alexandre sorri .
Dona Rosa foi obrigada a se retirar do salão do júri para tirar a camiseta com a foto de Isabella.
Juiz explica aos jurados e platéia como será e como funcionam os debates.
Promotor entra e saúda a equipe de defesa em especial ao Dr Podval , permita-me chamá-lo de amigo , as portas do gabinete do promotor sempre estarão abertas.
Dirigiu-se ao Conselho de Sentença saudando também o público.
Não é exagero dizer que os olhos do Brasil estão voltados para esse julgamento. A prova ouvida aqui foi arrasadora para as pretensões da defesa. Esta é a minha função no dia de hoje : contar a história do Caso Isabella ( nesse momento ele pede que Deus possa nos iluminar) e voltando-se para os jurados ele diz : As pessoas não querem vingança não, querem Justiça como eu.
As pessoas não conhecem o processo, não sabem que a promotoria não cometeria arbitrariedades.
A defesa lançou mão de inúmeros recursos para desqualificar a instrução.
A verdade é que cheguei aqui hj, conforme a denúncia, sem qualquer abalo. Hoje chegamos em condições de apresentar o caso para que os senhores possam valorar o caso. A prisão foi decretada e desde então foi avaliada por todos os Tribunais e mantida por todos.
Não estou de olho em promoções como muitos dizem, pois já poderia estar, há mais de ano, na Procuradoria de Justiça. Então, abandonem esta idéia de que este promotor está em busca de aparecimento na mídia. Nunca precisei disto.
A delegada responsável pela instauração do inquérito policial executou apenas o que está na lei. Foi acusada pelos réus, entre tantas mentiras, de ter coagido os réus, não houve nem intenção da Promotoria ou da Polícia de eleger um culpado. Se fosse um ladrão que defenestrasse a menina, que defesa teria esse ladrão? Seria um júri extremamente simples, até o estagiário o faria.
Os advogados de defesa já no dia 30 de março de 2008 tinham procuração até o Tribunal.
Eu não pedirei decisão em cima de crenças, mas vou apresentar fatos cientificamente provados. Esses profissionais tiveram suas vidas devassadas e se mantiveram calados.Se precisarmos de uma perícia, iremos atrás de profissionais especializados naquela especificidade, assim como a perita Rosangela,a melhor especialista em Polícia científica.
Tentaram desqualificar os peritos oficiais por peritos que receberam poupudas retribuições com remunerações com laudos e conclusões pífias que não serão sequer utilizados para a defesa.
Os 3 médicos legistas estiveram frente a frente com o cadáver de Isabella.
A esganadura apresenta ferimentos. Isso já acabaria com a tese de que ela caiu, numa peraltice se desequilibrou. Essa é a tese de um charlatão que nem sei de onde veio.
A outra prova trazida pela promotoria para reduzir a escombros a tese da defesa, é o testetumho do perito Dorea da Bahia.
A Dra Renata localizou todas as pessoas mencionadas, apontadas, suspeitas: antenista, gesseiro, porteiro, pedreiro (citando o nome de cada um deles)
Dra Renata foi atrás de uma denúncia anônima de um tal de Paulo de Guarulhos.
Não é verdade que a investigação se dirigiu apenas aos réus e não investigou outros caminhos. Investigou todas as denúncias anônimas.
A investigação extraiu a hora exata: 23:36:11 pelo GPS, isto é prova cientifica. Isto é fato e fatos não se discute.
Promotor mostra os horários na tela.
A queda foi ouvida pelo Sr Antonio Lucio e por alguém do terceiro andar.
O porteiro ouviu o barulho da queda, que parecia batida de carro, saiu da guarita e viu Isabella. Interfonou para o Sr Antonio Lucio. Ele e o porteiro não sabiam de que apto ela era. O Sr Lucio fez o que nem o próprio pai fez: ligou para o resgate.
Eu pularia do sexto andar para socorrer meu filho, eu não apertaria botão pra esperar pacientemente o elevador.
A hora oficial do Brasil é alinhada com a hora do satélite. No momento que o Sr Lucio ligou, 23:49:59, o Sr Jose Carlos (do terceiro andar) também ligou para o resgate. Isto é fato!!!
Nas duas conversas, isto está no processo, pela gravação foi possível estabelecer o exato momento em que o réu apareceu lá embaixo.
Ele lê este trecho que foi transcrito:
Atendente: Voz de Antonio Lucio – Pelo amor de Deus, tem ladrão no prédio. Jogaram uma menina lá de cima.”
Sr Lucio quando viu Alexandre, e que no sexto andar só o apto dele estava habitado, e Alexandre dizendo que Isabella tinha sido jogada, raciocinou que a menina só poderia ser a filha de Alexandre.
Por isso que foi possível estabelecer milimetricamente, a hora em que Alexandre aparece lá embaixo.
As duas pessoas que ouviram o barulho da queda de Isabella, Valdomiro (porteiro) Sr Lucio, calcularam que o tempo que Alexandre levou para aparecer foi de um minuto.
Para que Alexandre saísse do hall de entrada e aparecesse no campo de visão do Sr Lucio, ele teve que fazer um trajeto, incluíndo aí o tempo de espera, de descida do elevador que é de 52 segundos, somando isto tudo dá um minuto e pouco.
(Com voz firme e mais alta) No momento que Isa foi defenestrada, eles estavam dentro do apto;
Ligações de jatobá do telefone fixo. No momento em que o marido chegava lá embaixo, o telefone fixo estava sendo usado.
Quando a ligação do Sr Lucio terminou, o telefone fixo do apto continuava sendo usado.
O morador do terceiro andar, com a versão do réu de que havia um ladrão, ficou tão apavorado que se trancou no apto e pegou um espeto pra se defender.
A PM entrou na construção dos fundos, policiais da ROTA investigaram tudo na construção dos fundos. Abriram tapumes. O pedreiro, não sabendo de nada, chega na segunda feira para trabalhar, vê os tapumes abertos e deduziu que teria havido arrombamento. NÃO HOUVE ARROMBAMENTO!!! Houve uma investigação feita pela ROTA.
Ana C. Jatobá, já lá em baixo, faz duas ligações na lateral do prédio, para Antônio Nardoni e Ana C. Oliveira.
Os vizinhos, Luciana e Valdir Ferrari, os quais têm as janelas de seu apartamento alinhadas com a altura das janelas do casal Nardoni, ouviram uma discussão. A voz dela era mais evidente que a dele, que quase não era percebida. Ouviam-se muitos palavrões. Alguns minutos depois ouviram uma gritaria de que haviam jogado uma criança e Luciana Ferrari reconheceu a mesma voz da mulher na discussão que se dera poucos minutos antes e também os mesmos palavrões. Da mesma forma, falava ao telefone aos gritos e também usando palavrões. QUE RAZÕES TERIAM LUCIANA E VALDIR PARA INCRIMINAR DUAS PESSOAS INOCENTES???
A Corregedoria da Policia Militar fica ao lado do prédio. Um morador bateu na Corregedoria e pediu ajuda. O PM Soldado Mauricio foi o primeiro a chegar, coloca a mão na carótida e não sente os batimentos cardíacos, não há respiração. Havia parada cardiorrespiratória.
00:08h – Chega o 2º Resgate; a seguir, chega o terceiro resgate com a Dra. Rosangela, com equipamentos mais modernos, monitora os sinais de Isabella e constata que não há sinal de batimentos cardíacos, tenta medicação intravenosa e a medicação não se move, sinal de que não há circulação. O coração de Isabella pára de bater entre a chegada de Ana C. Oliveira e a chegada da primeira viatura de resgate. Durante o trajeto até o hospital são tentadas manobras de ressuscitação, sem êxito. ISABELLA FOI DECLARADA MORTA!
Isabella tinha secreção amarelada (vômito) na camiseta, compatível com a secreção encontrada nas narinas.
As duas testemunhas que viram Alexandre chegar após a queda de Isabella, precisam essa chegada em não mais do que 2 min.
A Drª Rosângela cronometra o procedimento do Sr. Antônio Lucio até este ligar para o COPOM: 1 minuto.
Ela cronometra o tempo do elevador que Alexandre usou para descer: 52 segundos, mais o tempo de deslocamento até alcançar o campo de visão do Sr. Antônio Lucio e obtém 1min e pouco. Conclusão contundente do Promotor: “NO MOMENTO EM QUE ISABELLA FOI DEFENESTRADA, O CASAL ESTAVA DENTRO DO APARTAMENTO.”!!! Isto é prova científica, não admite contestação!
Depoimento Anna jatoba, primeira parte
Depoimento da Ana Carolina Jatobá –
*Porteiro perguntou para Alexandre quando ele desceu com as crianças, se ela (Isabella) era filha dele. As crianças ficaram andando de moto, enquanto subi para trocar Cauã. As crianças pediram para ir pra piscina.
* Mais ou menos 17:00 hs eu liguei para minha mãe em Guarulhos.
*Brincavam na cama pulando.
* Alexandre foi fazer o cartão, enquanto eu andava no shopping com as crianças. Depois fomos para a casa dos meus pais, porque meu irmão mais novo (Vitinho) estava sozinho e com dor de cabeça.
*Alexandre deu uma coca-cola para Isabella num copo de vidro. Ela se sujou, mas pedi para minha mãe uma blusa, porém recebi uma blusa do vitinho
.
*Todos saímos da casa da minha mãe, meu pai, minha mãe e meu marido.
*Quando estávamos em Jaçanã, Isa pediu para dormir. Próximo de casa, aproximadamente às 23:19 hs, meu celular tocou. Estávamos na rua Leonel com Mediterrâneo. Achei que fosse a Carol, pois ela não tinha ligado ainda o que era estranho.
*Quando chegamos no prédio Alexandre levou a Isa para cima. Somos uma família normal. A mala deles estava atrás e deixo claro que não tinha fralda.
*O Alexandre subiu com a Isabella e ela aguardou com cauã e Pietro dentro do carro.
Nisso chegou uma caminhonete preta. Carro alto e som alto, Alexandre desceu e esperamos um pouco para não acordar o Cauã por causa do som, e depois fomos todos para o elevador. Subimos sem brigas, eu com Cauã e ele com Pietro.
Ela disse que notou a luz da cozinha acesa, mas ela sempre deixava a do hall acesa. A luz do quarto dela estava acesa, ele perguntou da Isa então ela falou para que olhasse no quarto do Pietro, pq as vezes a Isa acordava e ia para o quarto dos irmãos, notou um buraco na tela e viram a gota de sangue no lençol, ela relata que Alexandre estava com Pietro no colo e foi até a janela com a criança no colo ( nesse momento demonstra bastante nervosismo em falar a posição de crianças no colo de quem) e então ela diz exatamente assim: ele olhou na tela com Pietro no COLO, virou para mim e disse – Carolina, Isabella está lá embaixo, ela começou a gritar e colocou o joelho na cama, gritava muito e ele disse
- liga para o meu pai e para o teu pai.
Ela foi para a sala e pegou o telefone sem fio. Aí as crianças acordaram e choraram. Cauã estava no colo dela, Alexandre estava com Pietro.
Ela ligou para o sogro e para o pai, e Alexandre foi chamar o elevador e ficou esperando. Desceram juntos, ela esperou no hall com Pietro e Cauã.
Quando ela viu, Cauã correu para fora e ficou ao lado de Alexandre perto do corpinho da Isa. Eu disse que iria ligar para Carol. Ligou para mãe de Isabella e ainda ficou um tempo no hall
O juiz pede mais explicações sobre o tempo que ela ficou, e ela não soube dizer mas disse que viu o porteiro “suado e transpirando muito” e ela fala novamente, que ligou para Carol, e disse que jogaram Isabella e ela gritava muito e Carol mandava ela parar de gritar e pediu o endereço, nisso ela já estava na rua, já tinha descido as escadas. Quando Carol chegou não tinha policiais ainda, ela chegou correndo e perguntando pela filha. Ela estava acompanhada do irmão, de uma amiga e do namorado.
Quando os policiais chegaram , pediram para Jatobá subir com eles, meu sogro chegou praticamente junto com Carol. O policial disse que um dos dois tinha que subir, Alexandre mandou que ela fosse. Ela gritava muito, andava de um lado para o outro dentro do prédio, disse que Carol gritou com ela e mandou que ela calasse a boca. E ela disse:
- Eu só estou preocupada com a sua filha. Chegou o resgate, o Cauã estava no colo do vizinho do primeiro andar. Depois os pais dela que ficaram com os dois filhos.
Os policiais chegaram e pediram para evacuar o prédio. Ela disse que gritava de pés descalços no meio da rua.
Cristiane ligou para saber o que tinha acontecido, logo chegou a Cristiane e o Júnior.
Isa estava com o resgate, e ela foi para casa dos pais. Alexandre deu a notícia. O pai dela pegou o celular dela, e falou com Alexandre, e este pediu que eles fossem à delegacia.
Foram para a casa da sogra para tomar banho e se arrumar. Quando chegou lá, Alexandre estava chorando, e ela chorou também.
Foram para a delegacia, Alexandre, ela, pai, sogro, Júnior e Cristiane.
Dra Renata chamou Alexandre para sala dela, e ela ficou na recepção com o pai dela. Esperaram um bom tempo. Uma morena chamou para entrar numa sala e ela esperou por 1:30 hs , depois pediu para desenhar o local (queda, prédio). Foi chamada pela Dra Renata que queria saber o que tinha acontecido, e encaminhada ao IML.O pai foi junto.
Alexandre já tinha ido, e ela foi depois, fizeram o exame de corpo delito, perguntaram se eu tinha algum machucado, ela disse que não, e falou que eles disseram que iriam confiar. Ela fez coleta de urina e de sangue. Voltou à delegacia, e o marido dela já estava lá. Sogro, cunhado e Júnior também a esperavam..
Depois o investigador com o nome de Jair a chamou , e pediu para ela descer. Disseram
que ela iria fazer uma diligência sozinha, sem celular. O investigador Valdir, dirigindo, os levou para o prédio. Disse que depois pediram para ela abaixar.
Ao entrarem no apartamento, notou que estava cheio de investigadores e peritos.
Um deles coletando sangue no apartamento. Muitas pessoas no apartamento. O investigador disse para refazer o momento da chegada.
Tirou o tênis (época do colegial) no hall. Estava de bata preta. Na cozinha a louça estava suja, pois fazia dois dias que não lavava. Fez uma reconstituição do que tinha acontecido. Dra Renata pegou o tamanco da Isa embaixo da cama. Perguntou das roupas e da mala da Isa. Carol (mãe de Isa) mandava as roupas dela. Sentiu o cheiro de café na sala e viu mais ou menos 3 peritos e o investigador Jair. Viu Dra Renata sentada no rack e mandaram ela sentar, o investigador também sentou, disse que pediram para ela falar que foi o Alexandre. Dra Renata disse que o Alexandre era psicopata. Sofreu pressão do investigador Theo. Ela disse que não iria falar nada que não presenciou.
Dra Renata disse que ia pedir a prisão temporária. A hora que ela chegou ao local foi mais ou menos 13 horas. O outro tamanco estava na lavanderia. Na cozinha, o investigador pegou o papel filme. E perguntou: mocinha, o que é isso? Referindo-se a tesoura de cortar frango. Ela respondeu que usava para cortar carne e não frango.
Um perito veio e colocou a tesoura dentro de um saquinho.
Foi encontrado um pano com gotas de sangue, e ela disse que havia dado para Isa e Pietro limparem o rack, ela disse que o pano era novo. No quarto dela as coisas de valores estavam lá, vários relógios do Alexandre, filmadora, câmera digital, mas o noteboock não estava lá. Os aparelhos de DVDs estavam no quarto de Isa para serem instalados. No quarto de Pietro e Cauã, ela disse que subiu na cama para pegar as roupas para o Pietro e Cauã, para levar para casa dos pais dela. Ficou por cerca de 1 hora no apartamento.
Voltou para delegacia mais ou menos 3 ou 4 horas, e a delegada falou em prisão temporária para ela e para o marido prisão preventiva. Depois chamou o sogro e pediu para ele mandar advogado, pois estava achando tudo estranho. Tomaram o celular dela, esperou muito na sala, e depois foi prestar depoimento só a noite. Dr Ricardo chegou com o pai dela.
INTERROGATÓRIO
J- Como foi o interrogatório na delegacia?
C J- não foi com a Dra Renata Pontes.
J- E na hora do depoimento?
CJ- Estava acompanhada por advogado (Dr. Ricardo), o Dr. Cembranelli estava junto. Ela assinou documento. Depois foi para outra sala com outro investigador e disse que ela estava encobrindo o Alexandre.
Quando chegaram para o enterro, Carol, mãe de Isabella, não estava ainda. Depois, Carol chegou, e abraçou ela forte, e disse: “Ontem você nem ligou para ela”. Depois do velório Alexandre não encontrou mais com a Carol.
J- Como era o relacionamento com o Alexandre?
CJ- 7 anos juntos, antes do primeiro filho discutia muito com ele.
J- Antes do Pietro quanto tempo juntos?
CJ- Início de 2003 e começo de 2005 – brigas
J- Quais os motivos das brigas?
CJ- Brigas normais de casal.
J- Como era o relacionamento com a mãe de Isabella?
CJ- Falava sempre pelo MSN todos os dias, elas conversavam sobre vários assuntos, e disse que tem as conversas arquivadas. Ela disse que Carol vivia infernizando a vida dela e que Carol disse que a sogra contava tudo pra ela. Ela, Alexandre e as crianças foram para praia. Ela perguntou para a sogra pq ela falava dela para a mãe de Isabella. A sogra ligou para ela e xingou a Carol! A Carol foi para o Guarujá buscar a Isa. Levou-a embora.
J- Como era o relacionamento entre Isabella e a senhora?
CJ- (chorando) Era como uma filha. Isa nas férias não queria ir mais nem para a casa da sogra.
J- Como era o relacionamento com o Alexandre?
CJ- Era maravilhoso o relacionamento com o pai.
INTERVALO 15 min.
*Porteiro perguntou para Alexandre quando ele desceu com as crianças, se ela (Isabella) era filha dele. As crianças ficaram andando de moto, enquanto subi para trocar Cauã. As crianças pediram para ir pra piscina.
* Mais ou menos 17:00 hs eu liguei para minha mãe em Guarulhos.
*Brincavam na cama pulando.
* Alexandre foi fazer o cartão, enquanto eu andava no shopping com as crianças. Depois fomos para a casa dos meus pais, porque meu irmão mais novo (Vitinho) estava sozinho e com dor de cabeça.
*Alexandre deu uma coca-cola para Isabella num copo de vidro. Ela se sujou, mas pedi para minha mãe uma blusa, porém recebi uma blusa do vitinho
.
*Todos saímos da casa da minha mãe, meu pai, minha mãe e meu marido.
*Quando estávamos em Jaçanã, Isa pediu para dormir. Próximo de casa, aproximadamente às 23:19 hs, meu celular tocou. Estávamos na rua Leonel com Mediterrâneo. Achei que fosse a Carol, pois ela não tinha ligado ainda o que era estranho.
*Quando chegamos no prédio Alexandre levou a Isa para cima. Somos uma família normal. A mala deles estava atrás e deixo claro que não tinha fralda.
*O Alexandre subiu com a Isabella e ela aguardou com cauã e Pietro dentro do carro.
Nisso chegou uma caminhonete preta. Carro alto e som alto, Alexandre desceu e esperamos um pouco para não acordar o Cauã por causa do som, e depois fomos todos para o elevador. Subimos sem brigas, eu com Cauã e ele com Pietro.
Ela disse que notou a luz da cozinha acesa, mas ela sempre deixava a do hall acesa. A luz do quarto dela estava acesa, ele perguntou da Isa então ela falou para que olhasse no quarto do Pietro, pq as vezes a Isa acordava e ia para o quarto dos irmãos, notou um buraco na tela e viram a gota de sangue no lençol, ela relata que Alexandre estava com Pietro no colo e foi até a janela com a criança no colo ( nesse momento demonstra bastante nervosismo em falar a posição de crianças no colo de quem) e então ela diz exatamente assim: ele olhou na tela com Pietro no COLO, virou para mim e disse – Carolina, Isabella está lá embaixo, ela começou a gritar e colocou o joelho na cama, gritava muito e ele disse
- liga para o meu pai e para o teu pai.
Ela foi para a sala e pegou o telefone sem fio. Aí as crianças acordaram e choraram. Cauã estava no colo dela, Alexandre estava com Pietro.
Ela ligou para o sogro e para o pai, e Alexandre foi chamar o elevador e ficou esperando. Desceram juntos, ela esperou no hall com Pietro e Cauã.
Quando ela viu, Cauã correu para fora e ficou ao lado de Alexandre perto do corpinho da Isa. Eu disse que iria ligar para Carol. Ligou para mãe de Isabella e ainda ficou um tempo no hall
O juiz pede mais explicações sobre o tempo que ela ficou, e ela não soube dizer mas disse que viu o porteiro “suado e transpirando muito” e ela fala novamente, que ligou para Carol, e disse que jogaram Isabella e ela gritava muito e Carol mandava ela parar de gritar e pediu o endereço, nisso ela já estava na rua, já tinha descido as escadas. Quando Carol chegou não tinha policiais ainda, ela chegou correndo e perguntando pela filha. Ela estava acompanhada do irmão, de uma amiga e do namorado.
Quando os policiais chegaram , pediram para Jatobá subir com eles, meu sogro chegou praticamente junto com Carol. O policial disse que um dos dois tinha que subir, Alexandre mandou que ela fosse. Ela gritava muito, andava de um lado para o outro dentro do prédio, disse que Carol gritou com ela e mandou que ela calasse a boca. E ela disse:
- Eu só estou preocupada com a sua filha. Chegou o resgate, o Cauã estava no colo do vizinho do primeiro andar. Depois os pais dela que ficaram com os dois filhos.
Os policiais chegaram e pediram para evacuar o prédio. Ela disse que gritava de pés descalços no meio da rua.
Cristiane ligou para saber o que tinha acontecido, logo chegou a Cristiane e o Júnior.
Isa estava com o resgate, e ela foi para casa dos pais. Alexandre deu a notícia. O pai dela pegou o celular dela, e falou com Alexandre, e este pediu que eles fossem à delegacia.
Foram para a casa da sogra para tomar banho e se arrumar. Quando chegou lá, Alexandre estava chorando, e ela chorou também.
Foram para a delegacia, Alexandre, ela, pai, sogro, Júnior e Cristiane.
Dra Renata chamou Alexandre para sala dela, e ela ficou na recepção com o pai dela. Esperaram um bom tempo. Uma morena chamou para entrar numa sala e ela esperou por 1:30 hs , depois pediu para desenhar o local (queda, prédio). Foi chamada pela Dra Renata que queria saber o que tinha acontecido, e encaminhada ao IML.O pai foi junto.
Alexandre já tinha ido, e ela foi depois, fizeram o exame de corpo delito, perguntaram se eu tinha algum machucado, ela disse que não, e falou que eles disseram que iriam confiar. Ela fez coleta de urina e de sangue. Voltou à delegacia, e o marido dela já estava lá. Sogro, cunhado e Júnior também a esperavam..
Depois o investigador com o nome de Jair a chamou , e pediu para ela descer. Disseram
que ela iria fazer uma diligência sozinha, sem celular. O investigador Valdir, dirigindo, os levou para o prédio. Disse que depois pediram para ela abaixar.
Ao entrarem no apartamento, notou que estava cheio de investigadores e peritos.
Um deles coletando sangue no apartamento. Muitas pessoas no apartamento. O investigador disse para refazer o momento da chegada.
Tirou o tênis (época do colegial) no hall. Estava de bata preta. Na cozinha a louça estava suja, pois fazia dois dias que não lavava. Fez uma reconstituição do que tinha acontecido. Dra Renata pegou o tamanco da Isa embaixo da cama. Perguntou das roupas e da mala da Isa. Carol (mãe de Isa) mandava as roupas dela. Sentiu o cheiro de café na sala e viu mais ou menos 3 peritos e o investigador Jair. Viu Dra Renata sentada no rack e mandaram ela sentar, o investigador também sentou, disse que pediram para ela falar que foi o Alexandre. Dra Renata disse que o Alexandre era psicopata. Sofreu pressão do investigador Theo. Ela disse que não iria falar nada que não presenciou.
Dra Renata disse que ia pedir a prisão temporária. A hora que ela chegou ao local foi mais ou menos 13 horas. O outro tamanco estava na lavanderia. Na cozinha, o investigador pegou o papel filme. E perguntou: mocinha, o que é isso? Referindo-se a tesoura de cortar frango. Ela respondeu que usava para cortar carne e não frango.
Um perito veio e colocou a tesoura dentro de um saquinho.
Foi encontrado um pano com gotas de sangue, e ela disse que havia dado para Isa e Pietro limparem o rack, ela disse que o pano era novo. No quarto dela as coisas de valores estavam lá, vários relógios do Alexandre, filmadora, câmera digital, mas o noteboock não estava lá. Os aparelhos de DVDs estavam no quarto de Isa para serem instalados. No quarto de Pietro e Cauã, ela disse que subiu na cama para pegar as roupas para o Pietro e Cauã, para levar para casa dos pais dela. Ficou por cerca de 1 hora no apartamento.
Voltou para delegacia mais ou menos 3 ou 4 horas, e a delegada falou em prisão temporária para ela e para o marido prisão preventiva. Depois chamou o sogro e pediu para ele mandar advogado, pois estava achando tudo estranho. Tomaram o celular dela, esperou muito na sala, e depois foi prestar depoimento só a noite. Dr Ricardo chegou com o pai dela.
INTERROGATÓRIO
J- Como foi o interrogatório na delegacia?
C J- não foi com a Dra Renata Pontes.
J- E na hora do depoimento?
CJ- Estava acompanhada por advogado (Dr. Ricardo), o Dr. Cembranelli estava junto. Ela assinou documento. Depois foi para outra sala com outro investigador e disse que ela estava encobrindo o Alexandre.
Quando chegaram para o enterro, Carol, mãe de Isabella, não estava ainda. Depois, Carol chegou, e abraçou ela forte, e disse: “Ontem você nem ligou para ela”. Depois do velório Alexandre não encontrou mais com a Carol.
J- Como era o relacionamento com o Alexandre?
CJ- 7 anos juntos, antes do primeiro filho discutia muito com ele.
J- Antes do Pietro quanto tempo juntos?
CJ- Início de 2003 e começo de 2005 – brigas
J- Quais os motivos das brigas?
CJ- Brigas normais de casal.
J- Como era o relacionamento com a mãe de Isabella?
CJ- Falava sempre pelo MSN todos os dias, elas conversavam sobre vários assuntos, e disse que tem as conversas arquivadas. Ela disse que Carol vivia infernizando a vida dela e que Carol disse que a sogra contava tudo pra ela. Ela, Alexandre e as crianças foram para praia. Ela perguntou para a sogra pq ela falava dela para a mãe de Isabella. A sogra ligou para ela e xingou a Carol! A Carol foi para o Guarujá buscar a Isa. Levou-a embora.
J- Como era o relacionamento entre Isabella e a senhora?
CJ- (chorando) Era como uma filha. Isa nas férias não queria ir mais nem para a casa da sogra.
J- Como era o relacionamento com o Alexandre?
CJ- Era maravilhoso o relacionamento com o pai.
INTERVALO 15 min.
Debate Promotor Cembranelli - parte 2
Cembranelli continuação
Dizer que não subiu na cama é querer desmoralizar o maravilhoso trabalho da Dra Rosangela. Ela fez uma perícia de excelência, e como a defesa não pode contestar, tenta desmoralizar a Dra Rosangela e pede para retirá-la do processo
Podval chama Dra Rosangela de "perita dos ossos".
Cembranelli diz que ele está confundindo, a "perita dos ossos" que ele tenta desmoralizar é a Dra Norma, a que retirou a saliva e o cabelo e constatou que a defesa mente quando diz que não tiraram sangue.Cembranelli acrescenta: É isso que dá não conhecer o processo.
Ele vem aqui, e como não pode contestar as provas científicas, como não pode desmoralizar o trabalho da perícia, ele tenta desmoralizar o profissional. A defesa tentou retirá-la do processo. Tentou desmoralizar uma perita que deu uma aula a todos nós aqui.
Foram feitas inúmeras promessas pela defesa, que seria um verdadeiro Tsunami, e o que eu vi foi uma onda de criança. Contra as 20 testemunhas da defesa, eu trouxe apenas 4.
Dra Renata para falar da investigação, Dr Tiepo para falar sobre a esganadura, Dra Rosangela para falar das provas científicas e Ana oliveira que conhece muito bem o histórico de vida dessas pessoas.
A defesa entrou com 20 testemunhas, caiu para 15, passaram a 10 e acabaram em 2.
Um reporter que não acrescentou em nada, e vai ser sempre lembrado por ter vindo aqui apenas para quebrar um pedaço da maquete, e um investigador que estava fazendo o trabalho dele. Esse é o Tsunami que defesa iria trazer.
Já perdemos a conta de quantos HCs e recursos negados. Esse é um caso do início ao fim, cheio de recursos, com uma única coisa em comum: Perderam todos.
Se o BlueStar fosse falho, jamais o EUA iria usar...correndo o risco até de condenar uma cozinheira descuidada que deixou cair um pouco de cenoura no chão.
A perícia fez tudo que cabia fazer e pode ser confrontada com perícias adversárias, e foi. Não apareceu aquele trapalhão do Sanguinetti? Mas quando perceberam que ele estavam só tentando se divulgar, foi afastado. Alguém viu ele aqui depondo?
Levamos tudo para laboratório e deu positivo para sangue.
Isabella entrou no apartamento sangrando e essas manchas estão lá e demonstram toda a trajetória.
Teste positivo para sangue.
Teste positivo para sangue humano.
Teste positivo para DNA.
Nem os réus negam que viram sangue ao lado da cama.
A defesa quer que acreditemos que o sangue apresentado era suco de alho.
O perito Dorea tem um estudo que é referência no Brasil, que determina exatamente da altura que as gotas caíram, a 1,25 metros no mínimo e a Isabella não tinha esse tamanho , se ela vivesse certamente iria ter.
Que credibilidade tem alguém que vai para um congresso e compra um kit que precisa de toda uma especialização para usar e vem aqui para pingar gotas em banana?
Dá a idéia que se eu entender que tem que fazer uma operação no cerébro de alguém eu vou ali compro um bisturi, duvido que alguém queira se submeter a esse tipo de envergadura .
Se alguém quiser construir um viaduto pode me chamar que eu vou fazer os cálculos.
Só não aconselho ninguém a passar por baixo desse viaduto. Vamos chamar um médico para vir aqui lavrar uma sentença.
Se fosse verdade o tempo na versão deles, eles chegariam lá embaixo depois de meia noite.
Eles tentaram passar uma imagem de um casal normal com brigas “normais”. Amor vai sair hoje? Não vai jogar bola ?
Cembranelli mexe nos autos e mostra que tem vários relatos de vizinhos.
As brigas eram constantes sendo preciso as vezes chamar os pais dela, outras vezes os pais dele e as vezes os dois.
Cembranelli mostra uns trechos de depoimentos de vizinhos, entre eles do Paulo Cesar Colombo aonde diz: Discutiam muito e por várias vezes ouvia a Jatobá dizer que Alexandre teria lhe dado dois filhos e que ela era infeliz e seria para sempre.
Temos também o episódio da lavanderia, aonde ela briga com ele e vai na lavanderia e quebra a janela , ferindo-se no braço.
Todas as discussões eram por um mesmo motivo , o ciúmes da madrastra da mãe de Isabella.
Cembranelli lê nos relatos de vizinhos que as brigas dos dois eram mais constante nos finais de semana que a Isabella estava com os dois e agora vem para cá tentar posar de casal de harmonioso, com a idéia que viviam muito bem com a Oliveira.
Num dos relatos de outro vizinho do prédio antigo, a testemunha diz como ela se referia a mãe de Isabella( Cembranelli pergunta ao juiz se pode falar os palavrões e o juiz autoriza): de vagabunda e de um nome que começa com F.
“ Não me venha com essa balela de que viviam bem, não me venha com essa balela que ela amadureceu depois do nascimento do filho”
Não vamos vir aqui mostrar uma pessoa que não existe.
O relacionamento deles começou com uma traição em cima de Ana Oliveira, visto que o término ocorreu em março de 2003 e Jatobá diz que iniciou o relacionamento com ele em novembro de 2002.
Ela já apresentava histórico de violência familiar, por vezes era ela fazendo BO contra o próprio pai , xingamentos do pai para ela , ela própria admite os BOs contra o pai.
Durante 2 anos e meio viveram em meio de brigas, assim é relatada a vida dele no Vila Verde.
“ Nós quebravamos o pau todos os dias “ – ela mesma dá a frase sintomática.
Aí vem aqui dizer que viviam em harmonia?
Passou a ser dependente da família Nardoni, desde a marca do papel higiênico até a comida que eles comiam. Alexandre era proibido de falar com a Ana Oliveira, temos o relato da própria Anna Jatobá que numa dessas brigas por causa de um telefonema de Ana, acabou jogando o bebê contra o berço, sendo o mesmo socorrido por Isabella que contou o ocorrido.
Encontramos um bilhete na lixeira que foi remontado, um bilhete altamente depressivo onde ela se colocava numa vida infeliz ,uma mulher extremamente esgotada, sem empregada, sem dinheiro e com dois filhos.
A prova é a receita médica, dois remédios depressivos , um tranquilizante que foram receitados mas não foram comprados.
Ela é uma pessoa extrema, tanto quando ri ela ri mesmo e quando xinga , xinga mesmo, quando chora, chora mesmo, quando agride, agride mesmo, não me venha aqui se apresentar como um ser equilibrado.
Ela chamava a Ana Oliveira de vagabunda na frente de Isabella e das outras crianças , temos o relato de vizinhos que não deixavam que Isabella brincasse com os seus filhos por causa dos palavrões da madrasta.
Os vizinhos do Vila Verde nada tem a ver com o London e mencionam os mesmos palavrões.
Não foi acidental, senão não teríamos todas as marcas no pescoço que foram mostradas e que o Dr Tieppo explicou e muito bem.
Terceira pessoa?
Vamos imaginar que alguém entrou, vamos dizer que dentro do apartamento já estivesse alguém que tivesse uma chave ou alguma forma de entrar.
Isabella acordou e o surpreendeu e ele teria que eliminá-la para não ser reconhecido posteriormente.
Um algoz não mataria Isabella com um pequeno corte na testa .
Ele mataria tranquilamente e a deixaria na cama. Mas não !!!! Essa pessoa preferiu procurar uma tesoura, cortar a tela e mesmo sabendo que tinha um prédio da corregedoria ao lado , resolveu jogar Isabella para chamar a atenção para a sua saída, além do que teria que agir descalço pois as únicas marcas que tinham eram dos chinelos de Alexandre.
Por um gesto de humanidade e solidariedade, visto que , o apartamento estava de "pernas pro ar" ele resolve dar uma ajuda e limpar o sangue, e ainda num gesto humano, vendo milhares de roupas sujas coloca a fralda de molho. Muito educadamente sai, tranca a porta e num gesto derradeiro de gentileza ele apaga a luz.
Podval diz que ninguém pode dizer a autoria da asfixia.
Cembranelli , diz Ahhhhhhhhhhhh mas a asfixia existe, então se não foi ela foi ele?
Ah então foi ele, só tinham os dois dentro do apartamento.
Se fosse ele, olha o tamanho dele ... ( aponta para Alexandre ), ele teria matado ela instantaneamente.
O senhor dá uma opnião, a asfixia existe e isso é uma prova técnica, é uma prova científica.
Eu usei a sua versão para mostrar que na versão deles, na linha do tempo eles chegariam lá embaixo depois de meia noite.
Sob a alegaçao do princípio de não produzir provas contra si mesmo, recusaram –se a ir a reconstituição por que teriam muitas coisas que não saberiam explicar. A ordem é inversa, vem na contra mão, se a pessoa é inocente faz questão de ir a reconstituição se apresentar para ajudar o trabalho da perícia .
A cronometragem do tempo mostra que a versão deles é impossível e eu trago provas que em cima da cama só tinha as pegadas dele e também os registros do Copom.
Vai xingar a Dra Rosangela? Vai xingar a Dra Norma? Mas não pode xingar o Copom porque a telefônica indica exatamente o horário da ligação feita de dentro do apartamento.
Esse caso vai ser um divisor de águas , estamos aqui trazendo provas científicas,vamos ver se daqui pra frente vamos preferir essa tecnologia segura, high tech, porque foi essa a tecnologia que foi utilizada no caso Isabella , ou vamos andar para atrás tendo que confiar em testemunha que pode não enxergar bem. O Dr Podval está aqui para dizer que nossa perícia é um lixo mas não conseguiu contestá-la, tanto que estão há dois anos tentando e não conseguiram contestar as provas.
Temos provas cientificas, testemunhas que não tinham relacionamento ruim com o casal , registros do Copom, históricos de vida pregressa .....
No final Cembranelli explica que o MP não tem a obrigação de acusar , ele pegou um caso aonde não conhecia a família , não sabia nada, acompanhou as investigações e chegou a conclusão de que eles eram culpados e ofereceu a denúncia, hoje a obrigação dele como representante da sociedade é colocar a familia Oliveira sobre a proteção dele e fazer com que se cumpra a justiça.
Ana Oliveira também convicta por conhecer todo histórico pregresso dessa família e pelas provas apresentadas, me apoia , tanto que colocou a Dra Christina para acompanhar o caso ao lado dele, por que ela quer justiça para a sua filha.
Falando sobre a mísera pensão que Alexandre pagava para isabella , ele diz: “ Tenho certeza que aquele charlatão de Maceió recebeu o que Isabella precisaria de 15 anos de vida para receber”.
O Brasil que está lá fora olha por essa sala e espera que vocês ( jurados ), juízes constitucionais façam JUSTIÇA.
Dizer que não subiu na cama é querer desmoralizar o maravilhoso trabalho da Dra Rosangela. Ela fez uma perícia de excelência, e como a defesa não pode contestar, tenta desmoralizar a Dra Rosangela e pede para retirá-la do processo
Podval chama Dra Rosangela de "perita dos ossos".
Cembranelli diz que ele está confundindo, a "perita dos ossos" que ele tenta desmoralizar é a Dra Norma, a que retirou a saliva e o cabelo e constatou que a defesa mente quando diz que não tiraram sangue.Cembranelli acrescenta: É isso que dá não conhecer o processo.
Ele vem aqui, e como não pode contestar as provas científicas, como não pode desmoralizar o trabalho da perícia, ele tenta desmoralizar o profissional. A defesa tentou retirá-la do processo. Tentou desmoralizar uma perita que deu uma aula a todos nós aqui.
Foram feitas inúmeras promessas pela defesa, que seria um verdadeiro Tsunami, e o que eu vi foi uma onda de criança. Contra as 20 testemunhas da defesa, eu trouxe apenas 4.
Dra Renata para falar da investigação, Dr Tiepo para falar sobre a esganadura, Dra Rosangela para falar das provas científicas e Ana oliveira que conhece muito bem o histórico de vida dessas pessoas.
A defesa entrou com 20 testemunhas, caiu para 15, passaram a 10 e acabaram em 2.
Um reporter que não acrescentou em nada, e vai ser sempre lembrado por ter vindo aqui apenas para quebrar um pedaço da maquete, e um investigador que estava fazendo o trabalho dele. Esse é o Tsunami que defesa iria trazer.
Já perdemos a conta de quantos HCs e recursos negados. Esse é um caso do início ao fim, cheio de recursos, com uma única coisa em comum: Perderam todos.
Se o BlueStar fosse falho, jamais o EUA iria usar...correndo o risco até de condenar uma cozinheira descuidada que deixou cair um pouco de cenoura no chão.
A perícia fez tudo que cabia fazer e pode ser confrontada com perícias adversárias, e foi. Não apareceu aquele trapalhão do Sanguinetti? Mas quando perceberam que ele estavam só tentando se divulgar, foi afastado. Alguém viu ele aqui depondo?
Levamos tudo para laboratório e deu positivo para sangue.
Isabella entrou no apartamento sangrando e essas manchas estão lá e demonstram toda a trajetória.
Teste positivo para sangue.
Teste positivo para sangue humano.
Teste positivo para DNA.
Nem os réus negam que viram sangue ao lado da cama.
A defesa quer que acreditemos que o sangue apresentado era suco de alho.
O perito Dorea tem um estudo que é referência no Brasil, que determina exatamente da altura que as gotas caíram, a 1,25 metros no mínimo e a Isabella não tinha esse tamanho , se ela vivesse certamente iria ter.
Que credibilidade tem alguém que vai para um congresso e compra um kit que precisa de toda uma especialização para usar e vem aqui para pingar gotas em banana?
Dá a idéia que se eu entender que tem que fazer uma operação no cerébro de alguém eu vou ali compro um bisturi, duvido que alguém queira se submeter a esse tipo de envergadura .
Se alguém quiser construir um viaduto pode me chamar que eu vou fazer os cálculos.
Só não aconselho ninguém a passar por baixo desse viaduto. Vamos chamar um médico para vir aqui lavrar uma sentença.
Se fosse verdade o tempo na versão deles, eles chegariam lá embaixo depois de meia noite.
Eles tentaram passar uma imagem de um casal normal com brigas “normais”. Amor vai sair hoje? Não vai jogar bola ?
Cembranelli mexe nos autos e mostra que tem vários relatos de vizinhos.
As brigas eram constantes sendo preciso as vezes chamar os pais dela, outras vezes os pais dele e as vezes os dois.
Cembranelli mostra uns trechos de depoimentos de vizinhos, entre eles do Paulo Cesar Colombo aonde diz: Discutiam muito e por várias vezes ouvia a Jatobá dizer que Alexandre teria lhe dado dois filhos e que ela era infeliz e seria para sempre.
Temos também o episódio da lavanderia, aonde ela briga com ele e vai na lavanderia e quebra a janela , ferindo-se no braço.
Todas as discussões eram por um mesmo motivo , o ciúmes da madrastra da mãe de Isabella.
Cembranelli lê nos relatos de vizinhos que as brigas dos dois eram mais constante nos finais de semana que a Isabella estava com os dois e agora vem para cá tentar posar de casal de harmonioso, com a idéia que viviam muito bem com a Oliveira.
Num dos relatos de outro vizinho do prédio antigo, a testemunha diz como ela se referia a mãe de Isabella( Cembranelli pergunta ao juiz se pode falar os palavrões e o juiz autoriza): de vagabunda e de um nome que começa com F.
“ Não me venha com essa balela de que viviam bem, não me venha com essa balela que ela amadureceu depois do nascimento do filho”
Não vamos vir aqui mostrar uma pessoa que não existe.
O relacionamento deles começou com uma traição em cima de Ana Oliveira, visto que o término ocorreu em março de 2003 e Jatobá diz que iniciou o relacionamento com ele em novembro de 2002.
Ela já apresentava histórico de violência familiar, por vezes era ela fazendo BO contra o próprio pai , xingamentos do pai para ela , ela própria admite os BOs contra o pai.
Durante 2 anos e meio viveram em meio de brigas, assim é relatada a vida dele no Vila Verde.
“ Nós quebravamos o pau todos os dias “ – ela mesma dá a frase sintomática.
Aí vem aqui dizer que viviam em harmonia?
Passou a ser dependente da família Nardoni, desde a marca do papel higiênico até a comida que eles comiam. Alexandre era proibido de falar com a Ana Oliveira, temos o relato da própria Anna Jatobá que numa dessas brigas por causa de um telefonema de Ana, acabou jogando o bebê contra o berço, sendo o mesmo socorrido por Isabella que contou o ocorrido.
Encontramos um bilhete na lixeira que foi remontado, um bilhete altamente depressivo onde ela se colocava numa vida infeliz ,uma mulher extremamente esgotada, sem empregada, sem dinheiro e com dois filhos.
A prova é a receita médica, dois remédios depressivos , um tranquilizante que foram receitados mas não foram comprados.
Ela é uma pessoa extrema, tanto quando ri ela ri mesmo e quando xinga , xinga mesmo, quando chora, chora mesmo, quando agride, agride mesmo, não me venha aqui se apresentar como um ser equilibrado.
Ela chamava a Ana Oliveira de vagabunda na frente de Isabella e das outras crianças , temos o relato de vizinhos que não deixavam que Isabella brincasse com os seus filhos por causa dos palavrões da madrasta.
Os vizinhos do Vila Verde nada tem a ver com o London e mencionam os mesmos palavrões.
Não foi acidental, senão não teríamos todas as marcas no pescoço que foram mostradas e que o Dr Tieppo explicou e muito bem.
Terceira pessoa?
Vamos imaginar que alguém entrou, vamos dizer que dentro do apartamento já estivesse alguém que tivesse uma chave ou alguma forma de entrar.
Isabella acordou e o surpreendeu e ele teria que eliminá-la para não ser reconhecido posteriormente.
Um algoz não mataria Isabella com um pequeno corte na testa .
Ele mataria tranquilamente e a deixaria na cama. Mas não !!!! Essa pessoa preferiu procurar uma tesoura, cortar a tela e mesmo sabendo que tinha um prédio da corregedoria ao lado , resolveu jogar Isabella para chamar a atenção para a sua saída, além do que teria que agir descalço pois as únicas marcas que tinham eram dos chinelos de Alexandre.
Por um gesto de humanidade e solidariedade, visto que , o apartamento estava de "pernas pro ar" ele resolve dar uma ajuda e limpar o sangue, e ainda num gesto humano, vendo milhares de roupas sujas coloca a fralda de molho. Muito educadamente sai, tranca a porta e num gesto derradeiro de gentileza ele apaga a luz.
Podval diz que ninguém pode dizer a autoria da asfixia.
Cembranelli , diz Ahhhhhhhhhhhh mas a asfixia existe, então se não foi ela foi ele?
Ah então foi ele, só tinham os dois dentro do apartamento.
Se fosse ele, olha o tamanho dele ... ( aponta para Alexandre ), ele teria matado ela instantaneamente.
O senhor dá uma opnião, a asfixia existe e isso é uma prova técnica, é uma prova científica.
Eu usei a sua versão para mostrar que na versão deles, na linha do tempo eles chegariam lá embaixo depois de meia noite.
Sob a alegaçao do princípio de não produzir provas contra si mesmo, recusaram –se a ir a reconstituição por que teriam muitas coisas que não saberiam explicar. A ordem é inversa, vem na contra mão, se a pessoa é inocente faz questão de ir a reconstituição se apresentar para ajudar o trabalho da perícia .
A cronometragem do tempo mostra que a versão deles é impossível e eu trago provas que em cima da cama só tinha as pegadas dele e também os registros do Copom.
Vai xingar a Dra Rosangela? Vai xingar a Dra Norma? Mas não pode xingar o Copom porque a telefônica indica exatamente o horário da ligação feita de dentro do apartamento.
Esse caso vai ser um divisor de águas , estamos aqui trazendo provas científicas,vamos ver se daqui pra frente vamos preferir essa tecnologia segura, high tech, porque foi essa a tecnologia que foi utilizada no caso Isabella , ou vamos andar para atrás tendo que confiar em testemunha que pode não enxergar bem. O Dr Podval está aqui para dizer que nossa perícia é um lixo mas não conseguiu contestá-la, tanto que estão há dois anos tentando e não conseguiram contestar as provas.
Temos provas cientificas, testemunhas que não tinham relacionamento ruim com o casal , registros do Copom, históricos de vida pregressa .....
No final Cembranelli explica que o MP não tem a obrigação de acusar , ele pegou um caso aonde não conhecia a família , não sabia nada, acompanhou as investigações e chegou a conclusão de que eles eram culpados e ofereceu a denúncia, hoje a obrigação dele como representante da sociedade é colocar a familia Oliveira sobre a proteção dele e fazer com que se cumpra a justiça.
Ana Oliveira também convicta por conhecer todo histórico pregresso dessa família e pelas provas apresentadas, me apoia , tanto que colocou a Dra Christina para acompanhar o caso ao lado dele, por que ela quer justiça para a sua filha.
Falando sobre a mísera pensão que Alexandre pagava para isabella , ele diz: “ Tenho certeza que aquele charlatão de Maceió recebeu o que Isabella precisaria de 15 anos de vida para receber”.
O Brasil que está lá fora olha por essa sala e espera que vocês ( jurados ), juízes constitucionais façam JUSTIÇA.
Depoimento da Jatoba - Juiz arguindo ao final
Juiz: Não foi feito mesmo, em momento algum, o exame de sangue?
J: Não, fiquei indignada por saber que se confirmou esta informação, sendo que não fizemos coleta
Juiz: Descreva o tamanho do buraco da tela. Era do tamanho de uma cabeça?
J: sim, até achei engraçado pq era do tamanho de uma cabeça.
Juiz: Vc viu as pessoas do veículo que estava na garagem com o som alto e que vcs esperaram parar o som pra subir pro apto?
J: Não, não vi como eram.
Juiz: Sobre a tesoura, vc usou naquele dia?
J: sim, só a tesoura. A faca não.
J: Não, fiquei indignada por saber que se confirmou esta informação, sendo que não fizemos coleta
Juiz: Descreva o tamanho do buraco da tela. Era do tamanho de uma cabeça?
J: sim, até achei engraçado pq era do tamanho de uma cabeça.
Juiz: Vc viu as pessoas do veículo que estava na garagem com o som alto e que vcs esperaram parar o som pra subir pro apto?
J: Não, não vi como eram.
Juiz: Sobre a tesoura, vc usou naquele dia?
J: sim, só a tesoura. A faca não.
Depoimento de Jatoba arguida por Podval, advogado de Defesa
Podval:Vc teria coragem de matar Isabella pra se livrar de um obstaculo?
J: não, nunca., jamais.
Podval: Vc alguem dia machucou, bateu nela?
J: Não, sempre cuidei dela com muito amor e carinho?
Podval: Naquele dia no almoço vc usou a tesoura pra cortar carne?
J: Sempre uso pra cortar carne picadinha.
Podval: Pq vc estava descalça?
J: Pq cheguei da rua e tirei o sapato.
Podval: Vc foi descalça pra casa dos seus pais apos queda?
J: Sim, qdo cheguei la que coloquei um tenis muito velho. Qdo Dra Renata afirmou que havia sangue no fiquei indignada.
Podval: Vc sabe qto tempo o elevador leva pra subir e descer?
J: Nunca fiquei marcando no relogio.
Podval: Vcs entregaram roupa pra policia no dia do crime?
J: Tomamos banho e as roupas ficaram lá, não foram lavadas.
Podval: É verdade que na hora que Ana Oliveira e vc discutiram, vc disse pra ela que a culpa de tudo era de Isabella?
J: Não, eu falei p ela que tava fazendo aquilo pq tava preocupada com a vida da filha dela.
Jatobá chora ao descrever o quarto da Isa, ao falar dos filhos e de como foram escolhidas o apto e as coisas dele.
Podval: Vc lembra de como foi o almoço?
J: não , so lembro que fiz o macarrao que ficou muito salgado e joguei no lixo.
Podval: Sobre a falta de higiene do seu apto, sobre um absorvente que foi achado no meio dos brinquedos das crianças, como a sra descaratava seus absorventes?
J: Fiquei passada com isso. Sempre enrolava no papel higienico.
Podval: Vc teria motivos pra maltratar Isabella?
J: Nunca tive. Isabella era um doce de criança.
Podval: Já foi busca-la no colegio?
J: Algumas vezes com minha sogra e outras sozinha.
Podval: Já que ela foi esganada, pediram pra fazer exames nas suas maos?
J: Em momento algum. Ate perguntei pra delegada se ia fazer e ela disse que não.
Podval: Sobre a chave, foi feita pericia?
J: Não,ficou na gaveta da delegada.
Podval: Depois do nascimento dos seus filhos, vc amadureceu?
J: Fui amadurecendo aos poucos.
Podval: E ficou feliz com o nascimento de seus filhos?
J: Sim, muito feliz.
Podval: Vc andava muito estressada pq seu filho mais novo chorava muito? É verdade?
J: Sim, eu andava muito estressada pq de 4 a 6 meses ele chorava dia e noite.
Podval: E vc assim cansada como estava, mesmo assim já agrediu seus filhos?
J: Nunca
Podval: Vc tem dividas na faculdade?
J: Sim, meu pai ate hj não pagou,
Podval: Como era seu padrao de vida?
J: Tinhamos um padrao alto e de repente meu pai perdeu tudo.
Podval: Vc disputava o Alexandre com Isa?
J: Não. Só tive ciumes dela no começo.
Podval: Qdo vc desceu apos a queda., o que vc viu?
J: Tava todo mundo muito nervoso, pessoas entrando e saindo, uma bagunça;
Podval: O que Alexandre estava fazendo?
J: Fazia mtas perguntas ao porteiro pq pensou que podia ter entrado ladrão.
Podval: Seus filhos tiveram que sair da escola depois disto?
J: sim e agora voltaram e tiveram que trocar os nomes para *** (por motivos obvios não vamos divulgar)
J: não, nunca., jamais.
Podval: Vc alguem dia machucou, bateu nela?
J: Não, sempre cuidei dela com muito amor e carinho?
Podval: Naquele dia no almoço vc usou a tesoura pra cortar carne?
J: Sempre uso pra cortar carne picadinha.
Podval: Pq vc estava descalça?
J: Pq cheguei da rua e tirei o sapato.
Podval: Vc foi descalça pra casa dos seus pais apos queda?
J: Sim, qdo cheguei la que coloquei um tenis muito velho. Qdo Dra Renata afirmou que havia sangue no fiquei indignada.
Podval: Vc sabe qto tempo o elevador leva pra subir e descer?
J: Nunca fiquei marcando no relogio.
Podval: Vcs entregaram roupa pra policia no dia do crime?
J: Tomamos banho e as roupas ficaram lá, não foram lavadas.
Podval: É verdade que na hora que Ana Oliveira e vc discutiram, vc disse pra ela que a culpa de tudo era de Isabella?
J: Não, eu falei p ela que tava fazendo aquilo pq tava preocupada com a vida da filha dela.
Jatobá chora ao descrever o quarto da Isa, ao falar dos filhos e de como foram escolhidas o apto e as coisas dele.
Podval: Vc lembra de como foi o almoço?
J: não , so lembro que fiz o macarrao que ficou muito salgado e joguei no lixo.
Podval: Sobre a falta de higiene do seu apto, sobre um absorvente que foi achado no meio dos brinquedos das crianças, como a sra descaratava seus absorventes?
J: Fiquei passada com isso. Sempre enrolava no papel higienico.
Podval: Vc teria motivos pra maltratar Isabella?
J: Nunca tive. Isabella era um doce de criança.
Podval: Já foi busca-la no colegio?
J: Algumas vezes com minha sogra e outras sozinha.
Podval: Já que ela foi esganada, pediram pra fazer exames nas suas maos?
J: Em momento algum. Ate perguntei pra delegada se ia fazer e ela disse que não.
Podval: Sobre a chave, foi feita pericia?
J: Não,ficou na gaveta da delegada.
Podval: Depois do nascimento dos seus filhos, vc amadureceu?
J: Fui amadurecendo aos poucos.
Podval: E ficou feliz com o nascimento de seus filhos?
J: Sim, muito feliz.
Podval: Vc andava muito estressada pq seu filho mais novo chorava muito? É verdade?
J: Sim, eu andava muito estressada pq de 4 a 6 meses ele chorava dia e noite.
Podval: E vc assim cansada como estava, mesmo assim já agrediu seus filhos?
J: Nunca
Podval: Vc tem dividas na faculdade?
J: Sim, meu pai ate hj não pagou,
Podval: Como era seu padrao de vida?
J: Tinhamos um padrao alto e de repente meu pai perdeu tudo.
Podval: Vc disputava o Alexandre com Isa?
J: Não. Só tive ciumes dela no começo.
Podval: Qdo vc desceu apos a queda., o que vc viu?
J: Tava todo mundo muito nervoso, pessoas entrando e saindo, uma bagunça;
Podval: O que Alexandre estava fazendo?
J: Fazia mtas perguntas ao porteiro pq pensou que podia ter entrado ladrão.
Podval: Seus filhos tiveram que sair da escola depois disto?
J: sim e agora voltaram e tiveram que trocar os nomes para *** (por motivos obvios não vamos divulgar)
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